São Paulo, sexta-feira, 04 de junho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Amistoso da seleção
É incrível existir um país como o Zimbábue.
Está sob regime ditatorial desde 1980. Cerca de 63% de sua paupérrima população está abaixo do nível de pobreza. A elite governante provavelmente é muito rica e poderosa.
E o Brasil aceitou o convite para fazer lá um jogo treino mediante o pagamento de US$ 2 milhões à CBF! É de estarrecer que essa oferta tenha sido feita e que o Brasil a tenha aceitado.
CARLOS EDUARDO DE BARROS RODRIGUES (São Paulo, SP)

 

O técnico Dunga acertou de cara ao se negar a apresentar a seleção para o ditador Robert Mugabe.
Aliás, esse tipo de relacionamento tem sido muito bem desempenhado pelo presidente Lula. Os irmãos Castro, em Cuba, e Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, que o digam!
Um baita exemplo nos deu o técnico Dunga.
Pode até perder no futebol, mas, na diplomacia, já marcou um golaço.
CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG)

Vices
Embora o raciocínio sobre os vice-presidentes seja válido, Carlos Heitor Cony, em sua coluna "Receita de vice" (Opinião, 1º/6), resvalou ao colocar Jango, José Sarney e Itamar Franco no mesmo saco.
Ninguém votou em Sarney -nem em Tancredo Neves, já que este foi eleito ainda pelo voto indireto. Itamar veio a reboque de Collor, uma vez que fazia parte de sua coligação.
Mas, na eleição de Jânio e Jango, presidente e vice eram votados separadamente. Pertencentes a partidos opostos, ambos foram eleitos pelo povo com ampla maioria.
Ou seja, diferentemente do que ocorreu com Sarney e com Itamar, herdados por "osmose", foi o povo que elegeu João Goulart para vice-presidente. Se ambas as escolhas (Jânio e Jango) foram boas ou não é outra história, mas daquela vez o povo teve participação.
Se voltasse a prática de eleger o vice separadamente, não existiriam charges como a infantil, mas brilhante, "Uni-duni-tê", de João Montanaro (Opinião, sábado).
OTACÍLIO D'ASSUNÇÃO, cartunista (Rio de Janeiro, RJ)

Voto
O voto obrigatório é coisa de regime ditatorial, e não de uma democracia plena e verdadeira.
Se o Brasil deseja se mostrar ao mundo como uma democracia de fato, então está mais do que na hora de abolir o voto obrigatório. E o Congresso Nacional precisa ser menos omisso sobre esse assunto.
Afinal de contas, a quem realmente interessa a continuidade do voto obrigatório no Brasil? Certamente à grande maioria dos brasileiros é que não é.
E dizer que ainda não estamos preparados para o voto facultativo é uma afronta à inteligência dos eleitores deste país.
ARY BRAZ LUNA (Sumaré, SP)

 

O voto facultativo é pedagógico? Para os jovens com menos de 18 anos certamente é. Mas, adotado para a totalidade da população, será a consagração do "voto de curral" nas áreas atrasadas, onde o alto comparecimento é "induzido", enquanto a abstenção nas demais áreas estaria facultada.
O voto deve ser facultativo também para quem tem mais de 50 anos, pois não adianta mesmo obrigar a votar quem até essa idade ainda não compreendeu a importância cívica que tem o voto.
ROGERIO BELDA (São Paulo, SP)

Destoantes
Não vejo motivo razoável para que Clóvis Rossi, ao falar de política nacional, precise pôr um parênteses e se "defender" do que chama de "petistas hidrófobos e debiloides" ("Tão pobres e tão contentes", Opinião, ontem).
Para começar, usar o qualificativo "hidrófobos e debiloides" é pouco polido e pouco respeitável com seus leitores -sejam eles petistas ou não. E é antes um ataque, uma provocação, do que uma eventual defesa prévia.
Além disso, qual é o problema de as pessoas terem opiniões destoantes das do colunista ou até mesmo contrárias às dele? Ainda mais quando se escreve para um jornal que busca o pluralismo.
DANIEL GORTE-DALMORO (Campinas, SP)

Educação
As escolas técnicas estão se tornando, no discurso político, uma nova panaceia, que resolveria o problema da qualidade da educação brasileira.
Nunca é demais lembrar que, em grande medida, a alardeada qualidade das escolas técnicas, vinculadas à Secretaria da Ciência e Tecnologia em São Paulo, deve-se ao vestibulinho que seleciona os alunos mais vocacionados para a escolarização, o que não ocorre na rede pública em geral.
Além disso a política salarial é diferenciada para os professores. Note-se que a ideia de selecionar os professores por meio de uma prova foi abandonada recentemente, pois, na rede da Secretaria de Educação, os salários não são atraentes e, por esse motivo, não atraíram os profissionais necessários.
DARCY GOMIDE (Guarulhos, SP)

Fiesp
Acredito que o senhor José Henrique Barreto (" Perfídia na Fiesp", "Tendências/Debates", 31/5) não frequente a mesma entidade à qual me dedico como vice-presidente, diretor do Departamento de Segurança e membro do conselho de representantes.
Afirmar que a Fiesp é uma entidade que não exerce sua influência no território nacional em todas as áreas -política, social ou econômica- é no mínimo inverter a verdade e mostrar que se trata de problema pessoal.
Para dar um pequeno exemplo, basta ver a CPMF, assunto sobre o qual o referido autor teve posicionamento contrário à decisão de diretoria, tomada em reunião plenária.
Como sabe o senhor Barreto que a Fiesp deixou de ser frequentada por quem quer que seja se o referido senhor esteve na entidade no ano corrente apenas nove vezes nestes cinco meses?
Lançar-se na política é um direito legítimo de qualquer cidadão, ainda mais de um líder que se tem destacado pela eficiência, transparência e seriedade à frente da Fiesp, do Ciesp, do IRS, do Sesi e do Senai.
RICARDO LERNER, vice-presidente eleito da Fiesp e vice-presidente do Sindijoias-Sindicato das Indústrias de Joalheria, Bijuteria e Lapidação de Gemas do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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