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Amistoso da seleção
É incrível existir um país como
o Zimbábue.
Está sob regime ditatorial desde 1980. Cerca de 63% de sua
paupérrima população está abaixo do nível de pobreza. A elite
governante provavelmente é
muito rica e poderosa.
E o Brasil aceitou o convite para fazer lá um jogo treino mediante o pagamento de US$ 2 milhões à CBF!
É de estarrecer que essa oferta
tenha sido feita e que o Brasil a
tenha aceitado.
CARLOS EDUARDO DE BARROS RODRIGUES
(São Paulo, SP)
O técnico Dunga acertou de
cara ao se negar a apresentar a
seleção para o ditador Robert
Mugabe.
Aliás, esse tipo de relacionamento tem sido muito bem desempenhado pelo presidente Lula. Os irmãos Castro, em Cuba, e
Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, que o digam!
Um baita exemplo nos deu o
técnico Dunga.
Pode até perder no futebol,
mas, na diplomacia, já marcou
um golaço.
CARLOS ALBERTO BELLOZI (Belo Horizonte, MG)
Vices
Embora o raciocínio sobre os
vice-presidentes seja válido, Carlos Heitor Cony, em sua coluna
"Receita de vice" (Opinião,
1º/6), resvalou ao colocar Jango,
José Sarney e Itamar Franco no
mesmo saco.
Ninguém votou em Sarney
-nem em Tancredo Neves, já que
este foi eleito ainda pelo voto indireto. Itamar veio a reboque de Collor, uma vez que fazia parte de sua
coligação.
Mas, na eleição de Jânio e Jango, presidente e vice eram votados
separadamente. Pertencentes a
partidos opostos, ambos foram
eleitos pelo povo com ampla
maioria.
Ou seja, diferentemente do que
ocorreu com Sarney e com Itamar,
herdados por "osmose", foi o povo
que elegeu João Goulart para vice-presidente. Se ambas as escolhas
(Jânio e Jango) foram boas ou não
é outra história, mas daquela vez o
povo teve participação.
Se voltasse a prática de eleger o
vice separadamente, não existiriam charges como a infantil, mas
brilhante, "Uni-duni-tê", de João
Montanaro (Opinião, sábado).
OTACÍLIO D'ASSUNÇÃO, cartunista
(Rio de Janeiro, RJ)
Voto
O voto obrigatório é coisa de
regime ditatorial, e não de uma
democracia plena e verdadeira.
Se o Brasil deseja se mostrar
ao mundo como uma democracia de fato, então está mais do
que na hora de abolir o voto obrigatório. E o Congresso Nacional
precisa ser menos omisso sobre
esse assunto.
Afinal de contas, a quem realmente interessa a continuidade
do voto obrigatório no Brasil?
Certamente à grande maioria dos
brasileiros é que não é.
E dizer que ainda não estamos
preparados para o voto facultativo é uma afronta à inteligência
dos eleitores deste país.
ARY BRAZ LUNA (Sumaré, SP)
O voto facultativo é pedagógico? Para os jovens com menos de
18 anos certamente é. Mas, adotado para a totalidade da população, será a consagração do
"voto de curral" nas áreas atrasadas, onde o alto comparecimento é "induzido", enquanto a
abstenção nas demais áreas estaria facultada.
O voto deve ser facultativo
também para quem tem mais de
50 anos, pois não adianta mesmo obrigar a votar quem até essa
idade ainda não compreendeu
a importância cívica que tem o
voto.
ROGERIO BELDA (São Paulo, SP)
Destoantes
Não vejo motivo razoável para
que Clóvis Rossi, ao falar de política nacional, precise pôr um parênteses e se "defender" do que
chama de "petistas hidrófobos e
debiloides" ("Tão pobres e tão
contentes", Opinião, ontem).
Para começar, usar o qualificativo "hidrófobos e debiloides" é
pouco polido e pouco respeitável
com seus leitores -sejam eles petistas ou não. E é antes um ataque,
uma provocação, do que uma
eventual defesa prévia.
Além disso, qual é o problema
de as pessoas terem opiniões destoantes das do colunista ou até
mesmo contrárias às dele? Ainda
mais quando se escreve para um
jornal que busca o pluralismo.
DANIEL GORTE-DALMORO (Campinas, SP)
Educação
As escolas técnicas estão se
tornando, no discurso político,
uma nova panaceia, que resolveria o problema da qualidade da
educação brasileira.
Nunca é demais lembrar que,
em grande medida, a alardeada
qualidade das escolas técnicas,
vinculadas à Secretaria da Ciência e Tecnologia em São Paulo,
deve-se ao vestibulinho que seleciona os alunos mais vocacionados para a escolarização, o que
não ocorre na rede pública em
geral.
Além disso a política salarial é
diferenciada para os professores.
Note-se que a ideia de selecionar
os professores por meio de uma
prova foi abandonada recentemente, pois, na rede da Secretaria de Educação, os salários não
são atraentes e, por esse motivo,
não atraíram os profissionais necessários.
DARCY GOMIDE (Guarulhos, SP)
Fiesp
Acredito que o senhor José
Henrique Barreto (" Perfídia na
Fiesp", "Tendências/Debates",
31/5) não frequente a mesma entidade à qual me dedico como vice-presidente, diretor do Departamento de Segurança e membro
do conselho de representantes.
Afirmar que a Fiesp é uma entidade que não exerce sua influência no território nacional
em todas as áreas -política, social ou econômica- é no mínimo
inverter a verdade e mostrar que
se trata de problema pessoal.
Para dar um pequeno exemplo, basta ver a CPMF, assunto
sobre o qual o referido autor teve
posicionamento contrário à decisão de diretoria, tomada em reunião plenária.
Como sabe o senhor Barreto
que a Fiesp deixou de ser frequentada por quem quer que seja se o referido senhor esteve na
entidade no ano corrente apenas
nove vezes nestes cinco meses?
Lançar-se na política é um direito legítimo de qualquer cidadão, ainda mais de um líder que
se tem destacado pela eficiência,
transparência e seriedade à frente da Fiesp, do Ciesp, do IRS, do
Sesi e do Senai.
RICARDO LERNER, vice-presidente eleito da Fiesp
e vice-presidente do Sindijoias-Sindicato das Indústrias de Joalheria, Bijuteria e Lapidação de Gemas do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)
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