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Carcereiros alvejados
MAIS DO que ataques a indivíduos, os atentados
atribuídos à facção criminosa PCC contra agentes carcerários são uma agressão ao Estado. Tal atitude não pode ser tolerada. Ao que tudo indica, os
servidores foram covardemente
assassinados por serem representantes do poder público e desempenharem a função de manter a disciplina nos presídios.
Infelizmente, não estamos
diante de casos isolados, mas do
que parece ser uma estratégia
para disseminar o terror entre os
agentes prisionais e, por extensão, outros grupos que lidam
com a segurança pública.
O Estado de São Paulo registrou, no domingo, o quarto assassinato em cinco dias. O carro
de um quinto agente também foi
alvejado no fim de semana, mas o
carcereiro conseguiu escapar ileso. Ao dirigir suas ações contra
representantes do poder público, o PCC vai assumindo um perfil claramente terrorista. São atitudes que lembram as da Máfia e
de outros sindicatos do crime.
Nenhum deles, vale lembrar,
triunfou sobre o Estado.
A afronta aberta pelo comando
criminoso legitima uma ação
mais incisiva de parte das autoridades. Não se trata de agir ao arrepio da lei, mas de intensificar a
vigilância sobre a população carcerária. É importante identificar
novas lideranças da quadrilha e
isolá-las imediatamente em regimes prisionais mais rígidos, os
quais impeçam completamente
a comunicação do preso com
seus comandados.
Na outra ponta, cabe ao Estado
tomar providências para reforçar a segurança dos servidores
das penitenciárias. Os que tiverem razões para sentir-se pessoalmente ameaçados devem receber proteção especial.
A sociedade não pode ceder à
chantagem de criminosos que
pretendem transformar celas
em escritórios de comando para
suas atividades ilícitas.
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