São Paulo, quinta-feira, 04 de outubro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Assalto nos jardins
"Sinceramente, é muito difícil entender o raciocínio de alguns leitores da Folha neste painel.
Parece ser "pecado" ou "crime" Luciano Huck ("Pensamentos quase póstumos", "Tendências/Debates", 1º/10) ser rico e famoso. Será que a dor, o medo e a tristeza desse pai de família não são levados em conta? Por ser abonado, todo sentimento dele é "café com leite", não vale ou é só brincadeira de riquinho? Só quem freqüenta a fila do SUS, mora na favela, estuda em escola pública etc. é que tem sofrimentos?
Se Luciano Huck não enriqueceu desviando dinheiro público (isso, sim, criminoso e vergonhoso) e não ficou famoso por quebrar ilegalmente o sigilo de um caseiro, vamos ouvir o seu protesto e juntar com todos os outros, independentemente da classe social e econômica, e vamos cobrar dos Legislativos projetos práticos para esta nação."
MARGARETH REZENDE ROQUE (Aparecida, SP)

 


"Na próxima vez que em for assaltado (tomara que isso não aconteça), Luciano Huck deve escrever um artigo elogiando e, principalmente, agradecendo aos pobres ladrões, pois eles são vítimas da burguesia e das elites. Quem sabe assim consiga aplacar o ódio e a inveja de alguns leitores, com certeza simpatizantes do PT. Triste país o nosso, onde ter uma ótima condição financeira virou crime."
FERNANDO ALMEIDA (São Paulo, SP)

 


"Depois da longa explanação de Luciano Huck, confesso que esperava, no último parágrafo, um desfecho sensacional, que explicitasse que todo o arcabouço elitista do qual lançou mão fosse mero jogo de ironias, numa crítica à burguesia brasileira. Que ingenuidade a minha! Tudo não passava do "desabafo" de um homem assaltado, "envergonhado" de ser brasileiro -mas que de brasileiro pouco tem. A análise simplista causa indignação.
"O lugar deles é na cadeia", diz ele. "Está na hora de discutir segurança pública", diz ele. Ele deveria continuar: Agora como vou viver sem meu Rolex? Como passearei pelos Jardins sem preocupação? Talvez esteja na hora de mudar-me para Bogotá. Este país não faz parte da minha realidade"."
MARCELO PEREIRA INTROÍNI (Campinas, SP)

 


"Luciano Huck, em seu artigo, desabafou contra o assalto que sofreu em São Paulo. Até aí, tudo bem. No entanto, estranhei a seguinte frase: "Pensei no presidente, mas não sei no que ele está pensando".
Por que o presidente? O responsável pela polícia paulista é o governador, no caso, José Serra. Ao citar Lula, Huck errou o alvo de seu justo desabafo."
JASSON DE OLIVEIRA ANDRADE ( Mogi-Guaçu, SP)

 


"Como ainda existe preconceito neste país! Para ter um Rolex, Luciano Huck trabalhou muito -e ainda vai trabalhar muito, se Deus quiser. Ele é um dos mais humanos apresentadores da TV, e simplesmente desabafou, como qualquer um. Não tem culpa de ter recebido de Papai do Céu talento e oportunidade.
Ainda bem que, naquele momento, com um 38 na cabeça, se lembrou da família, coisa que muita gente colocou de lado nos últimos tempos -e por isso estamos vendo tanta violência.
Conte comigo, meu amigo!"
PAULO BARBOZA , Rádio Capital (São Paulo, SP)

 


"Fico indignada quando leio depoimentos como o de Luciano Huck. Ele mostra que é mais um pobre moço rico que não conhece nem um pouco a realidade do país em que vive. Parece que só agora, quando foi assaltado, é que tomou conhecimento de um problema antigo que afeta todos os cidadãos. Quantas mulheres já ficaram viúvas e quantas crianças já ficaram órfãs com a violência nas grandes cidades brasileiras?
Agora que o apresentador sentiu na pele o problema, quer achar uma solução para a situação, como se ela não existisse antes e como se ele fosse a pessoa mais importante do mundo, a ponto de receber várias homenagens.
É realmente horrível ser assaltado, mas Huck não foi o primeiro e infelizmente não será o último.
Espero que agora ele resolva se juntar aos "cidadãos comuns" na luta contra a violência. Até porque ele, mais do que ninguém, tem recursos para isso.
Antes tarde do que nunca."
CAROLINA SOBRAL MALHADO (São Paulo, SP)

CPMF
"Como leitor da Folha, fiquei um tanto desapontado com a manchete "Lula condiciona nomeações à CPMF" (Primeira Página de ontem).
Na minha opinião, a manchete deveria ter sido: "Lula chantageia Congresso"."
GILBERTO BARBOUR (São Paulo, SP)

Cortadores de cana
""Atrás das cortinas no teatro do etanol" ("Tendências/Debates", 2/ 10), da professora Maria Aparecida de Moraes e Silva,é leitura valiosa e imprescindível.
De forma irrepreensível, pois fundado em argumentos e inquestionáveis dados empíricos, o artigo revela a brutalidade das condições vividas e sofridas pelos miseráveis cortadores de cana no Estado de São Paulo.
Apenas aqueles que preferem os tapetes vermelhos e se deslumbram com as festivas recepções de Davos podem afirmar que os usineiros, hoje, se transformaram em "heróis nacionais"."
CAIO N. DE TOLEDO , Unicamp (Campinas, SP)

Hobsbawm
"A entrevista com Eric Hobsbawm ("Superioridade americana é fenômeno temporário", Mundo, 30/9), coerente e firme aos 90 anos, representa forte estímulo aos que ainda sonham com um mundo melhor, mais justo e mais humano, livre da prepotência do imperialismo norte-americano.
Parabéns ao emérito historiador e principalmente à Folha, que nos concedeu o prazer de lê-lo."
TALES CASTELO BRANCO (São Paulo, SP)

Educação
"A educação foi o mote da edição da Folha de 1º/10.
A manchete na Primeira Página dizia: "Aluno acaba 2º grau, mas sabe como o da 8ª série". Na seção "Tendências/Debates", havia o artigo "A farsa da avaliação de desempenho". Acho que o autor do artigo, Carlos Giannazi, já explica a razão da manchete.
Nós, professores, não agüentamos mais sermos considerados os culpados pela falência do ensino público, pois as condições de trabalho são péssimas. Somos obrigados a elaborar projetos atrás de projetos, criados por pessoas que estão fora das salas de aula há tempos ou por pessoas que nunca estiveram dentro dela a não ser como alunos.
A malfadada progressão continuada, que envia para a série seguinte alunos não alfabetizados, implantada durante a gestão Covas-Rose, é a base de toda a ruína da educação em São Paulo. Discorde quem quiser, mas isso é reconhecido por qualquer professor do ensino estadual."
MARÍLIA BRAGA DIAS , professora aposentada do magistério estadual (São Carlos, SP)

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