São Paulo, sexta-feira, 04 de novembro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Grécia
Enquanto os líderes mundiais reunidos em Cannes, na França, estão atordoados com a Grécia e sem saber o que fazer para evitar uma crise cada vez maior, os gregos, em uma corajosa ação, desafiam o euro e o mercado de ações propondo que a decisão sobre o futuro do país seja tomada da forma mais democrática possível: com um referendo. Mas a reação europeia é de opressão a essa liberdade, deixando claro o que vem primeiro entre o euro e a liberdade democrática.
GUILHERME VILELA MARTINS (São Paulo, SP)

 

A crise na Grécia tem data certa para terminar: quando os líderes políticos e econômicos da zona do euro acreditarem que ela deve acabar.
Não se pode ter ilusão em relação à realidade da Europa: o projeto do euro, em vigor há quase dez anos, é muito maior do que a crise fiscal do Estado grego. Tanto isso é verdade que a França e a Alemanha estão com suas garras sobre o primeiro-ministro grego, George Papandreou.
Por mais que seja legítima a tentativa de Papandreou de consultar a população grega sobre as decisões econômicas sugeridas pela União Europeia, a farra administrativa deixada por sucessivos governos gregos, inclusive o do próprio Papandreou, formaram um rastro de irresponsabilidades sem precedentes, que pode arrastar as economias interconectadas do mundo para o buraco sem fundo do endividamento.
O próximo capítulo dessa história é a Grécia aceitar as decisões que a França e a Alemanha impuseram como resposta decisiva para o benefício dessa criação coletiva chamada Europa.
VINÍCIUS MIGUEL COSTA (São Paulo, SP)

 

Parabéns ao colunista Clóvis Rossi pelo magnífico artigo "O fuzilamento da Grécia" (Mundo, ontem). Ele reproduz com coragem a ingerência sofrida pelo povo grego. Ameaçar com retaliação, caso ocorra um referendo na Grécia no qual as pessoas dirão como preferem "sofrer" nos próximos anos, é puro fascismo. A União Europeia e o FMI querem legislar no Parlamento grego.
ANTONIO MATTAR VILLELA (Rio de Janeiro, RJ)

Justiça
A reportagem "Investigação aponta lentidão e desvios na Promotoria de SP" (Poder, ontem) traz informações equivocadas.
O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) realizou inspeção no Ministério Público de SP em setembro de 2010 e o relatório, aprovado em julho deste ano, não detectou ilegalidade ou irregularidade, tanto que não houve anulação de qualquer ato ou decisão do Ministério Público nem instauração de procedimento para apurar responsabilidades. Os supostos atrasos processuais foram ou estão sendo apurados pela Corregedoria local.
Como informado aos repórteres, nunca houve estagiários contratados ocupando cargos de servidores concursados. Isso nem sequer consta do relatório. Os cargos em comissão são providos de acordo com critérios previstos em lei. Já as contratações citadas foram realizadas segundo as exigências legais e as práticas administrativas adotadas têm gerado economia de recursos públicos.
Não é verdade ainda que dois processos sumiram da Procuradoria-Geral de Justiça, uma vez que tramitavam pela Procuradoria de Justiça Cível.
É de lamentar ainda que, das sete "irregularidades" apontadas no infográfico que acompanhou a reportagem, apenas duas delas tenham tido as respostas do Ministério Público divulgadas, o que não contribui para o leitor formar sua convicção sobre o que foi apontado e sobre a atuação da instituição, a maior do país, com relevantes serviços prestados à sociedade.
FERNANDO GRELLA VIEIRA, procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

RESPOSTA DOS REPÓRTERES ROGÉRIO PAGNAN E AFONSO BENITES - O Conselho Nacional do Ministério Público determinou que os vários problemas detectados na inspeção sejam regularizados. Há risco de punição se nada for feito. O relatório dos corregedores aponta sete casos de estagiários que trabalharam como assessores jurídicos sem ter passado por concurso público.

USP
As últimas invasões de prédios na USP são o reflexo da irresponsabilidade de seus dirigentes.
Qualquer rusga na universidade, atualmente, é motivo para uma assembleia, tipicamente em "petit comité", onde alguns poucos decidem invadir o prédio mais próximo "como forma de protesto". O último pretexto é o desejo de uma minoria de manter a universidade eternamente num "estado de exceção", em que as leis não devem valer.
Invasão de prédio público não é uma manifestação legítima. A leniência dos administradores criou uma nova aberração: os invasores itinerantes. Ao serem derrotados numa assembleia, nem esperaram o apagar das luzes para decretar o início de outra. Foi assim que decidiram invadir a reitoria. Até quando a população deve tolerar isso?
PAULO A. NUSSENZVEIG, professor do Instituto de Física da USP (São Paulo, SP)

 

Acredito que as leis existem para serem cumpridas. Se não é boa, então a lei deve ser mudada pelos canais corretos. Nenhum estudante da USP tem o direito de exigir regalias acima da lei. Vamos acabar com a "vista grossa" para que o Brasil possa realmente se tornar uma potência.
PAULO FARINA (São Bernardo do Campo, SP)

Código Florestal
Sou sinceramente simpático à proposta de preservar nossas florestas, matas e rios para as gerações vindouras. Porém, como quase tudo que leio contra a aprovação do novo Código Florestal, o texto "Terça-feria, 8, um dia muito especial" ("Tendências/Debates", ontem), do respeitável professor José Eli da Veiga, é de uma falta de clareza e objetividade lamentáveis.
Creio que os defensores dessa tese deveriam esclarecer ao público leigo, do qual faço parte, de forma clara e sem o tom professoral usual, o que é ruim para as nossas matas e rios, por que e, acima de tudo, como poderíamos fazer para que os que plantam e colhem, bem como os que criam e abatem, possam fazê-lo sem o sacrifício das futuras gerações. Simples assim!
JOSÉ HENRIQUE VALÊNCIO (São Paulo, SP)

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