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Deputados faltosos
"Deputados usam "missão oficial"
para abonar faltas/ Em 4 anos, Câmara perdoou 37,5 mil ausências, a
maioria perto de feriados" (manchete da Folha de domingo, 3/12).
Quando os senhores políticos se
conscientizarão de que os cargos
que ocupam são representativos do
povo que os elegeu? E que deveria
ser um serviço que se presta em nome do povo, com orgulho e dignidade, e não como uma fonte de renda,
aliás, bem polpuda?
Que tal voltarmos no tempo e fazer dessa "benesse" uma atividade
gratuita, realmente de prestação de
serviços ao seu Estado? E cada um
ter seu emprego a par da representatividade? Não seria, realmente, o
exercício honroso de cidadania?
Será que algum "representante do
povo" topa essa real prestação de
serviços e verdadeiro exercício de
cidadania?"
WALDEMAR GIANNOTTI (São Paulo, SP)
PIB
"Agora, governo admite PIB
abaixo de 3%" (Dinheiro, pág. B1,
2/12). Se o sr. ministro da Fazenda
não sabia o que dizer, desde abril,
deveria ao menos ter poupado as
críticas aos que sabiam, como o
FMI.
Diante do fiasco das declarações
de abril, setembro e outubro, qual
seria a credibilidade para o próximo ano?"
LAURO CAVERSAN (Curitiba, PR)
Empregão
"Ciro Gomes afirmou que o
PMDB é um elefante com dislexia,
que não vai a canto nenhum e só se
impõe pelo "tamanhão" (Brasil,
pág. A19, 2/12). Quem não tem problema de dislexia é o nobre deputado, que foi para o canto do Lula logo
que perdeu a eleição de 2002 e ganhou um belo "empregão" de ministro."
JOSÉ CARLOS TONIN (Indaiatuba, SP)
Saúde
"Fiquei decepcionado com a decisão de Lula de entregar o Ministério da Saúde para o PMDB. A esquerda tem uma tradição no projeto de implantação do SUS desde a oitava Conferência de Saúde. Não
podemos aceitar que a saúde não
avance na proporção que vêm avançando os projetos e movimentos sociais no Brasil. O movimento sanitário tem que ter maior voz nessa
escolha, pois, cada vez mais, o SUS
vem sendo ameaçado pela iniciativa
privada, seja pela privatização disfarçada das OS (organizações sociais), seja pelo grupos corporativos
dos "convênios de saúde". Saúde é
um direito público de todos."
PEDRO CARNEIRO , médico, representante dos movimentos sociais de saúde mental na Comissão Intersetorial de Saúde Mental do Conselho Nacional de Saúde (São Paulo, SP)
José Dirceu
"Se os representantes soberanos
do povo (nossos) já julgaram, por
maioria, e decidiram que o senhor
José Dirceu perdesse seus direitos
políticos, por que seria dado aos 11
ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) o direito de mudar essa
resolução? Não estariam interferindo em outro poder da República?"
NEWTON BOLÍVAR GONÇALVES DE OLIVEIRA (São
Paulo, SP)
Vôlei
"Nosso presidente deveria esquecer as analogias com o futebol e se
inspirar na seleção de vôlei do Brasil, a qual coleciona títulos oriundos
da aplicação, disciplina e tantas outras virtudes que a tornam extremamente competente.
A seleção de vôlei, sim, deveria
ser recebida com honras no Palácio
do Planalto."
FLÁVIO HENRIQUE SILVA (São Carlos, SP)
Hospital das Clínicas
"Na reportagem "Funcionários de
hospital do Rio já perderam 3 t"
(Cotidiano, pág. C5, 3/12), a Folha
incorreu num único erro. Suficiente, porém, para comprometer o
conteúdo e deixar os leitores num
"buraco negro" da informação.
O "Hospital das Clínicas do Rio"
referido no título e no texto é, na
realidade, o Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
(HCFMUSP), pioneiro em programa (chamado de Calorias Inteligentes) de reeducação alimentar no
país. O Instituto Central citado é do
HCFMUSP; o funcionário entrevistado que emagreceu 23 quilos é do
HCFMUSP, assim como o total de
três toneladas perdidas pelos participantes do programa. Ou seja: todos os fatos são registrados em São
Paulo. Jamais no Rio de Janeiro."
FERNANDO ZAMITH , assessor de imprensa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia abaixo a
seção "Erramos".
Juros
"Estudo revela que o Brasil poderia economizar R$ 67 bilhões, que
estão sendo desperdiçados com o
pagamento das altas taxas de juros
(Dinheiro, pág. B5, 2/12). Não se
admite que a economia do país seja
dominada por "rentistas", usurários
que sugam o sangue do povo brasileiro e vivem à custa do esforço e do
trabalho alheio. Com esses R$ 67
bilhões, que estão indo parar nas
mãos de banqueiros e especuladores do mercado financeiro, o Brasil
resolveria todos os seus problemas
sociais, acabaria com a fome, geraria empregos e voltaria a crescer
nos níveis desejados."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)
Febem
"Como é próprio de um assessor
de comunicação da Febem-SP, Lucas Tavares faz seu trabalho de relações públicas ("Painel do Leitor", 2/
12) e ilumina os títulos sem aprofundar devidamente o conteúdo da
questão. Assim, subestima a inteligência do leitor desta Folha, pois
tenta nos convencer que a descentralização da Febem para pequenas
unidades poderia resolver o problema dessa instituição superada desde muito tempo. Claro que as unidades pequenas são importantes e
representam nada mais que um
ajuste terrivelmente atrasado às resoluções do Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Contudo, as pequenas unidades sozinhas nunca darão
conta do equívoco representado
pela instituição chamada Febem.
Esta sofre de um "vício de origem",
pois nasce a partir de um parâmetro exclusivamente autoritário. E
todos os ajustes ou reformas possíveis serão insuficientes para superar essa condição original."
BEAT WEHRLE , secretário de gestão do Centro de
Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente
de Interlagos (São Paulo, SP)
Tecnologia
"Muito bom o artigo do sr. ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio
Machado Rezende ("Inovação tecnológica: um salto à frente", "Tendências/Debates", 3/12). O avanço
tecnológico é o que impulsiona o
crescimento econômico do país,
além de abrir portas para nossos
universitários da área de tecnologia, que são muito carentes de recursos financeiros para suas pesquisas.
O governo federal deveria investir mais nesse setor. Conheço muitos universitários que têm que enfrentar uma burocracia grandiosa
para conseguir bolsas para as pesquisas. É uma vergonha!"
ÍCARO LUÍS FRACAROLLI VILA (Brodowski, SP)
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