São Paulo, sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Os pagadores
"Tem havido muita controvérsia sobre a compra desse caças. Como, em princípio, quem deveria definir qual é a melhor opção é a Aeronáutica, e como parece que esse fator importante não é o determinante, sugiro que quem dê a palavra final sejam aqueles que vão pagar essa compra bilionária, ou seja, nós, os pagadores de impostos."
ANTONIO JULIO AMARO (São Caetano do Sul, SP)

Chuvas
"Na reportagem "Famílias só deixam Jd. Pantanal sob promessa de que vão voltar" (Cotidiano, ontem), a repórter Laura Capriglione insinua que a prefeitura esteja mentindo para fazer a população aderir ao auxílio aluguel. A atitude supostamente equivocada de uma atendente do plantão não sustenta a afirmação do texto, atitude que não foi devidamente informada à prefeitura para que houvesse algum posicionamento, como sugere o "Outro Lado".
Em visita à Sehab, a jornalista foi informada de que as famílias desabrigadas que estiverem em terreno particular e fora da linha de desapropriação do futuro parque poderão retornar às suas casas após vistoria. Porém, as que estiverem em área pública invadida -área de risco, frise-se-, receberão o auxílio até que sejam acomodadas em unidades habitacionais a serem construídas. A repórter foi orientada também sobre o processo de cadastramento, que não consiste apenas na distribuição de cheques, mas inclui entrevista com assistente social, vistoria técnica da casa e comparecimento à Sehab."
SÉRGIO DURAN, assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Habitação (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Laura Capriglione - Funcionários das empresas Diagonal e Cobrape, a serviço da prefeitura, estão informando erroneamente os moradores de áreas que serão desapropriadas para a construção do parque Várzeas do Tietê. Esta repórter viu -e gravou- a informação incorreta ser dada à população nos postos da Chácara Três Meninas, do Jardim Romano, no Itaim Paulista, e em um posto móvel. Também está gravada a entrevista feita pela repórter com o missivista. Nela consta o instante em que ele, como representante da prefeitura, foi detalhadamente informado sobre a ocorrência dos fatos narrados na reportagem.

Viver
"A crônica de Carlos Heitor Cony de ontem ("Viver custa caro') resume o sentimento de todos os brasileiros que pagamos impostos absurdos e ainda temos que recorrer a planos de saúde, ao contrário de Lula. O texto está leve e agradável, mas é de uma profundidade severa."
LAURENTINO GONÇALVES DIAS JÚNIOR (São Paulo, SP)

Mulher
"Enquanto o mundo combate a violência contra a mulher, a Folha, na edição de 26/1, nos brinda com uma tirinha em que uma delas é espancada (Ilustrada). Que tal uma agora em que o marido é preso e enquadrado na Lei Maria da Penha?"
SÉRGIO APARECIDO NARDELLI (São Paulo, SP)

Inquérito policial
"Ao ler o texto "Procurador defende poder de investigar" (Brasil, 2/2), eu, que defendi título de pós-graduação sobre o inquérito policial (na USP, em 1984) sem encontrar nenhuma obra científica sobre esse procedimento penal, existente no Brasil desde 1871, sou levado a duas indagações essenciais.
Por que ainda não foi criada na universidade brasileira, como cadeira autônoma, a matéria "direito policial", ou "policiologia'? Se bacharéis saem das faculdades totalmente neófitos em matéria de polícia, e sendo o inquérito um procedimento formal de investigação, ao abrigo da Constituição Federal e do Código de Processo Penal, como poderá o Ministério Público, como parte no processo, "investigar" e denunciar sem que haja desequilíbrio para o acusado e desrespeito aos direitos individuais, em prejuízo da justiça?"
BISMAEL B. MORAES, mestre em direito processual pela USP, professor universitário aposentado (Guarulhos, SP)

Goiânia
"Há informações equivocadas na reportagem "Empreiteira ganha 1.957% a mais que no 1º ano de Lula" (Brasil, 31/1).
Sobre o asfaltamento de ruas, não houve contrato realizado sem licitação. Em 2005, foi realizado processo licitatório para a execução do Programa de Pavimentação Asfáltica de Goiânia, onde foram licitados 18 lotes, do qual a empresa Delta foi vencedora de um deles.
O recolhimento de lixo, a administração do aterro sanitário e a varrição das ruas são serviços feitos pela prefeitura, ao contrário do que foi dito na reportagem. Não existe nenhum contrato para a execução dos serviços, para isso cancelamos um contrato existente já há 17 anos e realizamos concurso público para a contratação de funcionários.
Quanto à construção de viadutos, a empresa Delta foi sim a vencedora da licitação de uma obra na capital. A empresa executou a obra no prazo estipulado. Já sobre a fiscalização eletrônica, a prefeitura aguarda decisão judicial indicando qual empresa administrará os serviços. A empresa E.I.T é a que faz este trabalho atualmente."
IRIS REZENDE, prefeito (Goiânia, GO)

Resposta do jornalista Dimmi Amora - A informação sobre o contrato de asfaltamento sem licitação, mencionada pelo vereador Elias Vaz na reportagem, foi refutada pela prefeitura em texto na mesma edição. A prefeitura firmou sem licitação pelo menos dois contratos com a Delta na área de lixo em 2009, ambos publicados no "Diário Oficial" do município (em 8/1 e em 31/3).

Museus
"A reportagem "Situação de museus de arte no país é deplorável" (Ilustrada, 14/1) dá voz a uma pessoa que transmite aos leitores opinião preconceituosa sobre os museólogos brasileiros. O senhor Paulo Sérgio Duarte demonstrou desconhecer totalmente qualquer assunto sobre museologia. Isso, porém, não lhe dá o direito de nos ofender, como fez ao parodiar a frase do general prussiano Carl von Clausewitz: "Os museus são importantes demais para ficar nas mãos de museólogos".
A quem ele sugere entregar a responsabilidade dos acervos do museu? Aos curadores? Aos críticos de arte? Aos apadrinhados? O correto seria ele dizer: "Os museus brasileiros são tão importantes que deveriam contar com mais museólogos". Existem hoje no Brasil quase 3.000 museus, que empregam diretamente mais de 30 mil profissionais, das mais diversas áreas: arte-educadores, restauradores, historiadores, arquitetos e outros. Desses profissionais, calcula-se que os museólogos não cheguem a 800, situação essa que está prestes a mudar com a abertura de novos cursos de graduação.
O que levou o referido cidadão a citar o jargão acima? Foi a falta de conhecimento, julgando que todos os que trabalham nos museus são museólogos?"
MARIA OLÍMPIA DUTZMANN , museóloga, presidente do Conselho Federal de Museologia (São Paulo, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Cláudio Guimarães dos Santos: Quem tem medo da verdade?

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.