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SINAIS PRODUTIVOS
As importações de máquinas e equipamentos aumentaram 30,9% em outubro em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme os dados do Ministério do
Desenvolvimento. Por sua vez, as compras externas de matérias-primas e bens intermediários cresceram 18,1% no mesmo período. São sinais auspiciosos de um início de recuperação da atividade econômica. As empresas voltam a comprar bens
de capital para reaparelhar suas estruturas produtivas e adquirem insumos para ampliar a produção. Muitas delas procuram aproveitar o câmbio favorável para antecipar compras e recompor estoques.
Paralelamente à ampliação dessas
compras, as exportações brasileiras
atingiram expressivos US$ 60,3 bilhões entre janeiro e outubro, o que
representa um aumento de 20,7%
em relação ao mesmo período de
2002. A recuperação de alguns países, a melhora nos preços das commodities e a retração do mercado doméstico são fatores que ajudam a impulsionar as vendas para o exterior.
Já as importações cresceram no ano
apenas 0,2%, situação que assegurou um saldo comercial de US$ 20,3
bilhões até outubro.
No entanto, a esperada retomada
da atividade econômica e dos investimentos domésticos deverá ampliar
consideravelmente as importações.
O comportamento das contas externas, até aqui bastante bom, passará a
merecer acompanhamento detalhado das autoridades econômicas. Afinal, a manutenção de elevados saldos comerciais permanece sendo
um requisito extremamente importante para reduzir a vulnerabilidade
externa da economia brasileira. Ou
seja, o país precisa continuar gerando recursos em moeda forte para
cumprir os compromissos externos
e garantir o acesso aos mercados financeiros internacionais.
Nesse sentido, além do monitoramento do patamar da taxa de câmbio, ganharão ainda mais relevância
as políticas de substituição de importações e de promoção de exportações, longamente prometidas pelo
atual governo, mas que ainda não
saíram do papel.
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