São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Eleições 2004
"Não sou do PT, mas acho muito bom que o partido ainda tenha pessoas como o deputado José Eduardo Cardozo, cuja entrevista "Marta perdeu porque não rompeu com práticas malufistas, diz Cardozo" (Brasil, pág. A4, 4/11) foi uma aula de lucidez política."
Jaques Rechter (São Paulo, SP)

 

"O povo falou alto e eficientemente nesta eleição. O ex-presidente do PSDB José Aníbal foi o último a se apresentar e teve uma votação espetacular, indicando que, por vontade dos eleitores, cabe a ele ser presidente da Câmara e maior representante deles."
Cecília Centurion (São Paulo, SP)

 

"Nas eleições de 2000, votei em Marta Suplicy nos dois turnos. Neste ano, votei em José Serra nos 2 turnos. Segundo a avaliação de boa parte da "tropa de choque" e de "comissários" do PT (mas podemos chamar ambos de 'banda podre'), devo declarar-me co-responsável -eu, o povo, a imprensa e o senador Eduardo Suplicy- pela derrota do partido em São Paulo nestas eleições. O senador foi o rancoroso ex-marido que se esforçou para colar na prefeita a preconceituosa imagem de arrogante (e outros tantos adjetivos pouco abonadores). A imprensa tratou de ventilá-las exaustivamente. E eu, inadvertidamente, caí como um patinho. Nada a ver com todas as incoerências, empulhações, trapaças, episódios nebulosos, incompetências, abusos de poder etc. OK, posso até passar o recibo de crédulo, injusto (afinal, não moro na periferia) e preconceituoso, mas não sou imbecil."
Marcus de Oliveira Ribas (Barueri, SP)

Saúde
"Desejo saber se o secretário da Saúde do Estado de São Paulo utiliza o SUS, já que, como ele afirma ("A verdade do SUS", "Tendências/Debates", 4/11), o sistema funciona tão bem. Moro na periferia (Itaquera, zona leste) e já precisei de atendimento no Hospital Planalto, que fica no meu bairro, mas simplesmente não havia médico ali. E veja que não solicitei um neurocirurgião, e sim um clínico geral. Citei ironicamente a especialidade "neurocirurgião" para informar que demoraria ao menos seis meses para que eu conseguisse uma consulta com o médico citado. O meu relato é apenas uma forma de extravasar minha revolta diante do artigo do secretário e principalmente do seu primeiro parágrafo, no qual ele diz: "um sistema inovador, voltado à ampliação do acesso da população à moderna tecnologia, melhoria de índices de saúde e controle de doenças. É assim que pode ser resumido o SUS"."
Sirlene Francisco Barbosa (São Paulo, SP)

Eleição nos EUA
"George W. Bush teve seu mandato confirmado pela maioria da população e conta com maioria republicana no Senado e na Câmara dos Representantes. Já tinha a maioria conservadora na Corte Suprema e provavelmente irá nomear pelo menos dois juízes neste seu novo mandato. A economia americana gera quase US$ 11 trilhões por ano, e a supremacia militar do país é inquestionável. Fica fácil lembrar dos Césares e da "pax romana" (quem não está com a América está contra a América...). Só resta ao mundo dizer "yes, bwana, yes bwana"."
Rubem Prado Hoffmann Júnior, promotor de Justiça (São Paulo, SP)

 

"A charge de Angeli na página A2 (Opinião) de ontem dispensa qualquer palavra. Mas merece muitos aplausos."
Marcos Brogna (Americana, SP)

Comunicações
"A Brasil Telecom S.A., em nota publicada anteontem na imprensa, errou ao afirmar que a Folha noticiou ter recebido da Telecom Itália cópias de um relatório que teria sido produzido pela Kroll. No texto publicado em 22 de julho deste ano, a Folha não faz nenhuma referência à forma como obteve o relatório, informando apenas que a Telecom Itália entregou os papéis à Polícia Federal."
Cesar Borges, gerente de relações com a mídia da Brasil Telecom (Brasília, DF)

Arquivos
"É lamentável que a Folha tenha servido de veículo para que o senhor Elio Gaspari, na tentativa de denegrir o Exército brasileiro, utilizando, fora do contexto, frases truncadas de um suposto diálogo, aeticamente gravado, cuja íntegra não publica, covardemente manchasse a reputação de um homem de bem, que, por ter morrido há mais de 30 anos, não tem como se defender ("Mentiras velhas", Brasil, 24/ 10). Gostaria de ressaltar que todos os que conviveram com o general Vicente de Paulo Dale Coutinho sabem que ele foi um brasileiro honrado, que dedicou sua vida à sua família e ao seu país, de cujo interesse maior defendeu tanto quando, integrando a FEB, lutou contra os defensores dos nazistas como quando, juntamente com seus companheiros de farda, impediu que fosse instalado no país um regime igual aos vigentes em Cuba, na União Soviética e na China, responsáveis pelo massacre de milhões de seus cidadãos e que era o regime almejado pelos inimigos do país que ajudou a derrotar."
Carlos N. M. Coutinho (Rio de Janeiro, RJ)

Cidade
"Teria sido melhor se a Folha não tivesse publicado o editorial "Compromisso com a cidade" (31/10). Afirmo isso com base em motivos que explicarei nesta carta repleta de mágoa e de decepção. Antes, porém, quero dizer que me sinto absolutamente à vontade para criticar este jornal, porque, durante os sete anos em que o li, briguei muito por ele -que eu considerava a vanguarda ética do jornalismo brasileiro-, tentando convencer pessoas de meu círculo de relações a adotarem sua leitura. Mas, na reta final da campanha eleitoral deste ano, decepcionei-me demais. E isso não ocorreu por conta dos estudos da USP e da universidade Candido Mendes ou das denúncias do ombudsman, Marcelo Beraba, que mostraram que a imprensa paulista favoreceu José Serra e prejudicou Marta Suplicy. Antes já notara por mim mesmo que isso estava acontecendo. Agora a Folha afirma, em editorial, que "continuará empenhada em exercer seu papel fiscalizador e crítico e em cobrar que o compromisso com São Paulo e com as aspirações de sua população esteja em primeiro lugar". Será que isso valerá para Serra? Ou será que a Folha não fiscalizará e nem criticará o novo prefeito de São Paulo, como acontece em relação ao governador Alckmin? Concluo dizendo que sou apenas um comerciante e não tenho nem nunca tive vínculos político-partidários. Na verdade, a primeira vez que vi um político de perto foi em 2000, quando participei, a convite da Folha, do evento comemorativo de seus 80 anos de existência."
Eduardo Guimarães (São Paulo, SP)


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