São Paulo, segunda-feira, 05 de novembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Terceiro mandato
"A melhor resposta é o repúdio". Concordo com o editorial desta Folha ("Reeleição, só uma", Opinião, 4/11). O que se constata, no entanto, é que poucas vozes têm se levantado para repudiar essa golpista tese de terceiro mandato para o presidente Lula. Ele fica na dele: para o público, diz que não quer, mas fica torcendo para que a população deixe passar despercebida essa maquinação e ele ganhe o governo para si e seus asseclas sindicalistas até 2014. Isso é golpe. Se não houver forte repúdio, o casuísmo irá ganhando corpo e, de repente, quando acordarmos, estará autorizada a ditadura lulista no Brasil. Já basta um Hugo Chávez na América do Sul. OAB, instituições deste país, mexam-se antes que seja tarde! Dos políticos não há muito o que esperar. Dependendo dos favores, eles aprovam -e pronto."
JOSÉ HENRIQUE TEIXEIRA (Jaú, SP)
 

"Não há dúvida de que, no caso brasileiro, seria um casuísmo impertinente e lamentável aprovar um terceiro mandato para Lula, mas seus críticos, como o jurista Walter Ceneviva, fazem, a meu ver, um equivocado exame do assunto. Vejo uma notável incoerência na tese contrária à reeleição permanente para cargos executivos, sob o pífio argumento de que garantir a alternância de poder é mais democrático. Ora, impedir um bom governo de ter continuidade também fere outro direito, que é o do eleitor se manifestar pela continuidade ou não de qualquer governo. Não parece evidente que é mais democrático garantir amplas possibilidades de escolha ao eleitor do que querer cultuar um aspecto puramente formal da democracia? Por que não aplicar também na administração das coisas públicas o juízo de que "não se deve mexer no time que está ganhando'?"
ADIR CLAUDIO CAMPOS (Uberlândia, MG)

Copa 2014
"Excelente o artigo de Sócrates e Gustavo Vieira de Oliveira ("A quem serve a Copa no Brasil?", "Tendências/Debates", 3/11). Se há democracia neste país, temos que poder eleger quem irá dirigir o evento esportivo de maior importância para o povo brasileiro. Estou lançando a candidatura de Sócrates! Parabéns à Folha por nos oferecer um raio de esperança em meio a tanta abjeção. É gente assim que não deixa morrer nossa esperança no Brasil. Sócrates para a presidência da Copa 2014!"
MARIA INÊS REINERT AZAMBUJA (Porto Alegre, RS)

 

"Em artigo nesta Folha, o querido doutor Sócrates, após linda tabela com o sr. Gustavo Vieira de Oliveira, marcou mais um golaço. O texto é de rara lucidez e, sobretudo, muito corajoso. Espero que esse gol nos ajude a soltar o grito entalado na garganta de milhões de brasileiros que se entristecem ao ver o país do futebol perdendo para os times da corrupção e da demagogia. A Copa ainda está muito longe. Em seus vários níveis, nossa sociedade pode e deve se mobilizar para exigir que as instituições públicas e privadas vinculadas ao futebol dêem tratos à bola e respeitem o povo brasileiro. Sem uma grande reforma do nosso universo futebolístico, o Brasil não está qualificado para a Copa de 2014. Eu torço muito para que esse golaço de Sócrates seja o primeiro de uma virada sensacional, que há de deixar a sua marca na história do futebol e da nação brasileira. Do jogo limpo e do futebol arte, a gente nunca vai desistir. Valeu, doutor!"
VICENTE DE ARRUDA SAMPAIO (Friburgo, Alemanha)
 

"Os artigos de Fernando Gabeira e Sócrates publicados no sábado refletem bem o pensamento da parcela mais consciente da população, que vê com fundados temores a parafernália de gastos que irão caracterizar a Copa de 2014, gastos que já começaram com a inusitada caravana que se deslocou para a Suíça."
MARILU MONDIN (São Paulo, SP)

Eleições
"Quero parabenizar o leitor João Marcos Lopes Kübler pela brilhante colocação sobre as eleições ("Painel do Leitor", 4/11). O fato de sermos imprudentes na hora de votar nos obriga a assistir aos sucessivos escândalos que vêm denegrindo a imagem do nosso país. Política e quem elegemos para assumir os respectivos cargos são um assunto sobre o qual devemos pensar seriamente, pois diz respeito ao futuro do nosso país."
CAROLINE BUENO (São Paulo, SP)

Cuba
"O texto de Carlos Gutierrez ("Uma oportunidade para Cuba", "Tendências/Debates", 4/11) afirma que, "enquanto a ditadura repressiva [de Cuba] estiver no poder, não faremos [EUA] negócios com a ilha. Não financiaremos a crueldade sistemática do regime". Gutierrez esqueceu de mencionar que os EUA mantêm relações econômicas com outros países ditatoriais, como a Arábia Saudita, que, durante anos, mostrou sérios desrespeitos aos direitos humanos com seu regime monárquico absolutista."
JÚLIO CÉSAR NATHER JUNIOR (Ribeirão Preto, SP)

Plágio
"Foi com grande indignação que li a reportagem sobre a editora Martin Claret na Ilustrada de domingo ("Editora plagiou traduções de clássicos'). Nunca pensei que uma empresa como a Claret, que tem campanhas estampadas contra a cópia ilegal em todos os seus livros, possa ter feito a barbaridade de copiar traduções de clássicos como Platão e Kafka simulando ter ela mesma as traduzido. É, meus caros leitores, o mercado editorial brasileiro não é mais o mesmo. Daqui a pouco, outros casos como esse virão à tona. Quem comete esse tipo de crime merece ser preso."
ÍCARO LUÍS FRACAROLLI VILA (Brodowski, SP)

Energia
"A solução para o grave problema energético do Brasil está nas fontes de energia renováveis, sobretudo a solar, que pode ser aplicada em curtíssimo prazo. O governo federal deve sensibilizar-se mais com essa possibilidade, mesmo porque não há outro caminho. A elevação dos preços de energia criará sérias dificuldades para as prefeituras, responsáveis pelo pagamento da iluminação pública em todo o Brasil."
SALOMÃO BENEVIDES GADELHA , prefeito municipal de Sousa (PB) e presidente da União Nordestina de Prefeitos (Sousa, PB)

Educação
"Considero importante refletirmos sobre a formação do professor brasileiro. Poderia fazer uma lista imensa de entraves à boa formação do professor, mas o importante é que se perceba a relação entre formação e salário, quer queiram, quer não. O argumento utilizado pelo senhor Antônio Ermírio de Moraes nesta Folha ("Papel de bons professores", 4/11) só leva a população a considerar o profissional da educação como um "missionário" que, não importando o quanto ganhe, deve ser "o melhor". Sugiro um novo discurso, em que se valorize o profissional (e se mostre isso pagando bem) e reconheça como co-responsáveis de nossa má educação as políticas públicas e a própria lógica capitalista, que desvaloriza o conhecimento em detrimento do consumo."
REJANE C. ANGELO , pedagoga, mestranda em educação (Santo André, SP)

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