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PAINEL DO LEITOR
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Educação
"Uma vez mais os dados da educação brasileira, divulgados pela última edição do Exame Nacional do
Ensino Médio (Enem), deixam entrever que não se pode falar em educação de qualidade e, por conseguinte, em cidadania, dissociadas de disciplina, "valorização de uma cultura
clássica e humanística", organização
pedagógica e respeito pelo profissional da educação, entendendo-se aí,
também, remuneração decente.
A escola passa por uma inversão de
valores tal que, em nome de uma
pseudovalorização da diversidade
cultural, alguns professores se vêem
constrangidos de falar em clássicos,
de solicitar a leitura de um Machado
de Assis ou de um Guimarães Rosa.
Shakespeare? Só se for em versões
narrativas direcionadas aos alunos
de séries iniciais."
ZARA FIGUEIREDO (Belo Horizonte, MG)
"Os resultados de avaliações como
ENEM, SAEB [Sistema de Avaliação
da Educação Básica] e Prova Brasil
sinalizam aproveitamento precário
dos alunos da escola básica paulista.
Esforços de secretários de Educação
de governos passados não foram suficientes para atravessar dificuldades que persistem. A atual secretária
de Estado da Educação, em vez de
conseguir somar esforços com as excelentes universidades do Estado,
sugere em recentes entrevistas fechar os seus cursos de pedagogia e,
por lógica de argumento, os de licenciatura. Não parece ser essa uma maneira promissora de intervir nesse paradoxo!"
SONIA PENIN , diretora da Faculdade de Educação da
Universidade de São Paulo
Diplomacia
"Um texto brilhante ("Nosso papel
é mediar", de Aldo Rebelo, "Tendências/Debates", 4/4), de um homem
que tem história no enfrentamento
das ditaduras e o espírito leal às suas
origens, posição firme, principalmente nos dias de hoje. Clamamos
pela paz pelo entendimento, sem
submissão, porque esse deve ser o
papel de políticos que têm proposta
para saídas das crises, não para sobreviver politicamente a qualquer
custo. Pois, na ausência de maturidade politica, é mais fácil radicalizar."
WANDERLEY MARTINS DE ANDRADE (São Paulo, SP)
Isabella
"O espírito de sir Arthur Conan
Doyle deve estar estupefato com a
eficiência sherloquiana da polícia
científica paulista! Impressionante o
empenho e as técnicas (luminol, exames de DNA, perícias de trajetória
etc.) dos nossos detetives na busca
das provas periciais do caso da menina Isabella.
Realmente essa eficiência é, com
certeza, a regra e não a exceção, em
quase 100% dos casos de infanticídio, estupro e outras violências cometidas contra crianças que diariamente acontecem em nosso Estado
em todas as camadas da população!"
FÁBIA REGINA WANDERLEY (São Paulo, SP)
Trânsito em São Paulo
"Quero manifestar minha preocupação com a restrição aos caminhões
de mudanças. Como poderemos trabalhar? Fechamos a empresa durante a semana e trabalharemos somente aos sábados e domingos? Como ficam os funcionários dessas empresas? Como as empresas poderão
prestar um serviço eficiente? Todas
as convenções de condomínio terão
de ser alteradas? Como ficará a paz e
a tranqüilidade dos lares, que terão,
nos dias de descanso, intensa movimentação? Sei da importância para o
controle do trânsito na capital, também acho que estamos à beira de um
colapso, mas não dá para prejudicar
uma determinada categoria."
ANDREA GARRIDO , Trans Severino Mudanças (São
Paulo, SP)
Tibete e Olimpíada
"O antiamericanismo é uma síndrome que realmente turva a percepção de mundo de certas pessoas.
Querer comparar a questão do Tibete, como fez o leitor Camilo Junqueira ("Painel do Leitor", 3/4), com as questões dos quebequenses no Canadá, dos bascos na Espanha e dos
aborígenes na Austrália é de uma
miopia ímpar.
O Tibete está subjugado a um governo totalitário centralizado e que
promove lentamente um massacre
cultural do povo autóctone. Já o
Québec e o País Basco gozam de um
imenso autogoverno, vivem democracias saudáveis e pujantes. Os aborígenes da Austrália são respeitados
por um sem-número de leis. Ninguém nega que em todos os casos há
o que ser melhorado, mas traçar paralelos entre a situação do Tibete e
esses outros três casos é simplesmente falta de conhecimento ou má-fé para fazer propaganda festiva anti-Tio Sam."
DANIEL NEVES (São Paulo, SP)
Dossiê
"Por que investigar ferozmente todos os gastos do governo Lula é normal, mas surge uma gigantesca indignação midiática quando o assunto são os gastos do ex-presidente
Fernando Henrique? Por que um
ministro de Lula quase cai porque
pagou duas tapiocas durante uma
viagem (a trabalho) e, por outro lado,
todo o séquito de FHC podia se refestelar do bom e do melhor com dinheiro público, sem fiscalização alguma? Quando os gastos de FHC
vêm à tona, levantam-se exércitos
nas redações para defender sua "privacidade". Dois pesos e duas medidas
é apelido."
LUIS CLAUDIO OLIVEIRA (São Paulo, SP)
Direito
"Em 28/3 foi publicado artigo do
advogado Plínio de Arruda Sampaio
("Tendências/Debates") denominado "A luta pelo direito". Todos conhecemos o ilustre político e jurista, famoso e admirado por seu indiscutível patriotismo. Todavia, lamentamos que uma ideologia ultrapassada
possa ter momentaneamente turvado seu brilhante raciocínio, o que
compromete o artigo.
A resposta para sua indagação, de
como providenciar moradias para 8
milhões de famílias que carecem de
teto no Brasil, passa pelo estudo das
experiências bem-sucedidas do México, do Chile e da Espanha. Os fracassos da truculência e da expropriação comunista já estão demonstrados como modelos incompetentes e
falidos. Naturalmente, deve ser proporcionado poder de compra a essas
famílias, por meio de uma política
nacional de habitação perene, com
metas de Estado e não de governo."
JOÃO CRESTANA , presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São
Paulo e da Comissão da Indústria Imobiliária da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (São
Paulo, SP)
Sindicatos
"No editorial "Sindicalismo estatal" (Opinião, 4/4), a Folha se coloca
contrária ao desconto de um dia de
salário por ano nos vencimentos dos
não-sindicalizados (mais de 80%, segundo este jornal).
Gostaria de apresentar o contraponto: no nosso sistema sindical, as
conquistas de uma categoria são negociadas e, às vezes, conseguidas "na
marra" pelos trabalhadores sindicalizados de uma base, mas são estendidas a essa maioria não-sindicalizada. Daí que, ou a parte que não se
sindicaliza abre mão dessas conquistas, ou, no mínimo, contribui com
uma pequena parcela de salário para
fazer jus ao bônus e à manutenção
da estrutura que a beneficia."
MANUEL VÁZQUEZ GIL (São Vicente, SP)
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