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São Paulo, sexta-feira, 06 de junho de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Judiciário
"No Primeiro Mundo, isto é, na Europa, os membros das cortes máximas da Justiça são nomeados por antiguidade e por merecimento nos cargos de juízes. Isso significa que a pessoa, ao ser promovida para a Suprema Corte de Justiça, já adquiriu, nos anos de magistratura, um enorme saber jurídico, bem como um equilíbrio emocional para o exercício desse altíssimo cargo do Judiciário. No Brasil, essas coisas acontecem com uma simplicidade espantosa. Por que os atos ou fatos de nossa administração pública se constituem por meio apenas de uma canetada de político? Infelizmente, a nossa Suprema Corte de Justiça é constituída dessa forma. Seu nome, portanto, deveria ser Suprema Corte Política."
Abenor Garcia Ferreira (Praia Grande, SP)


Riso
"Normalmente, aprecio todo o conteúdo do cadermo Mais!, mas, no domingo passado, o artigo de Slavoj Zizek -"A risada enlatada" (pág. 16)- chamou-me a atenção sobremaneira. A abordagem inusitada fez-me dar boas risadas (autênticas), e a conclusão lança uma nova perspectiva sobre o nosso relacionamento com as mídias."
Isaltino Dias (Itajaí, SC)


Falar e calar
"Novamente o senhor José Alencar se manifesta frontalmente contra o governo do qual faz parte. Quando o presidente Lula está em viagem, o vice-presidente assume apenas para questões protocolares. Não recebe o mandato, apenas torna-se o presidente em exercício. Não pode tomar decisões de governo e não deve expressar opiniões que sirvam apenas para tumultuar o ambiente. O vice-presidente deve saber falar e saber calar. Não vivemos mais o tempo em que elegíamos o presidente e o vice mais votados (como foram Jânio Quadros e João Goulart). O povo elegeu um presidente, um programa de governo. O vice é apenas uma reserva constitucional e deve, enquanto estiver nessa condição, manter-se fiel ao presidente e defendê-lo em qualquer situação. Se o presidente diz que só o Banco Central fala de juros, todos os membros do governo devem dizer o mesmo. Fora disso, só resta o caminho da oposição."
Wagner Guimarães (São Paulo, SP)


Moscas de padaria
"A galopante aprovação das reformas, especialmente a da Previdência Social, está esvaziando todo o serviço público e deixando os servidores que não podem se aposentar com uma sensação de "moscas de padaria", aquelas que, entre o pão doce e suas "papilas degustativas sedentas", encontram um espesso vidro."
João Diogenes Caldas Salviano (Recife, PE)

 

"A reforma da Previdência Social encaminhada pelo governo é bastante justa, porque estabelecerá uma ordem econômica com vistas a evitar o elevado rombo existente hoje. O teto salarial dos novos servidores estará próximo ao dos trabalhadores da iniciativa privada. As pessoas superativas poderão continuar trabalhando e fazendo aquilo de que gostam. Quem tiver pressa em pendurar as chuteiras, pagará pedágio. Com a contribuição dos inativos, muitos nem sequer irão pagar. É assim que vejo o Brasil mais justo."
Ivan Souza Moraes (São Paulo, SP)


Demais
"Trabalhei pela eleição de Lula, tenho defendido com veemência o seu governo e quero continuar defendendo-o. Tenho até engolido a tal "postura técnica" do BC. Mas dar incentivo a bancos para que eles participem de programas de microcrédito é demais. Não vou nem repetir dados sobre a espoliação/prepotência/farra que os bancos vêm fazendo há anos. Basta que se leiam Clóvis Rossi, Valdo Cruz e o editorial "Renda transferida" (pág. A2, 5/6). Incentivo a bancos, não, presidente Lula, por amor aos 50 milhões de miseráveis!"
José Pascoal Vaz (Santos, SP)


Tempestade sem vento
"Foi interessantíssimo ouvir o nosso presidente Lula dizer que não se deve bravatear em economia. Nisso ele tem razão, pois não se deve nunca fazer bravatas. Mas conselho sem exemplo é como tempestade sem vento: alardeia, mas não incendeia. Como disse o deputado João Paulo, o PT fez bravatas para chegar ao poder, isto é, mentiu ao povo. O PT pensava apenas em chegar ao poder a qualquer custo. Sendo assim, deveria ser responsabilizado criminal, penal e civilmente por levar-nos ao engodo total."
Elu Matnos (São José do Rio Preto, SP)


Inflação
"Essa gente do PT é tão cara-de-pau que afirma que a inflação, assim como os ridículos índices econômicos (desemprego crescente, juros nas alturas, recessão etc.), é fruto da "herança maldita" de FHC. Já o superávit de US$ 8 bilhões da balança comercial (que já vinha em sólida ascensão desde o ano passado) e o recorde na safra agrícola (toda ela plantada e financiada no governo FHC) são apresentados como realizações do governo do PT."
Rodrigo Borges de Campos Netto (Brasília, DF)


Educação
"Como professor da rede pública estadual e da rede particular de ensino, manifesto a minha indignação em relação à política salarial de ambas. A primeira, além de dar 0% de reajuste para os professores, mantendo a hora-aula em R$ 6, vai aumentar a contribuição previdenciária em 5%, portanto teremos um reajuste inédito de -5%. A segunda, contrariando as expectativas de reposição das perdas, já que o IPCA do período foi de 18%, concedeu-nos, pelo acordo coletivo, um reajuste de 7,5%, ou seja, apenas 45% do IPCA. Por que será que faltam professores nas escolas? Será que, mantendo essas políticas, teremos professores para educar os nossos descendentes?"
Sandro Cunha dos Santos (Ribeirão Preto, SP)


Processo
"Em relação à nota "Processo" ("Painel do Leitor", 24/5), devo esclarecer que é claro e notório o desconhecimento do autor da nota em relação à seriedade com que agem os produtores do programa citado em relação aos nomes que são colocados nos chapéus. Se o convidado tivesse a liberdade de escolher o nome a ser colocado, estaria configurada uma verdadeira "marmelada". Em relação ao "processo", estou, como sempre estive, à disposição da Justiça, a quem nunca incomodei com futilidades e banalidades. E a primeira tentativa judicial foi elegantemente recusada por Sua Excelência o juiz de Direito Luís Augusto de Sampaio Arruda."
Sylvio Luiz Perez Machado de Sousa (São Paulo, SP)


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