São Paulo, quarta-feira, 06 de junho de 2007 |
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ANTONIO DELFIM NETTO O Brasil e a liberdade
FORAM PUBLICADOS os resultados da pesquisa anual feita
pela "Freedom House" a respeito das liberdades no mundo em
2006. Lançam sérias dúvidas
quanto ao papel das instituições
sobre a taxa de crescimento econômico dos países. O levantamento
envolveu 193 países, classificados,
cada um, por pontuação de 1 (com
maior liberdade) a 7 (com menor
liberdade) em duas características:
Os países que numa das características (direitos políticos ou liberdades civis) obtêm pontuação abaixo de 2 e, na outra, nota abaixo ou igual a 3, são classificados "livres". A tabela abaixo registra a pontuação dos BRICs, que hoje, gostemos ou não, são a nossa referência: Para comparação, damos abaixo a taxa de crescimento do PIB real e da inflação em 2006, nos mesmos países, para mostrar que elas têm pouco a ver com a qualidade das instituições. Esses números não mostram que é o autoritarismo que leva ao crescimento, como alguns afoitos podem deduzir. Pelo contrário, eles mostram que o Brasil, em princípio, está mais preparado do que o RICs: já acertou a sua conta com os direitos políticos e com as liberdades civis. Será uma tragédia se não aproveitarmos as excelentes condições de vôo para decolarmos o desenvolvimento com equilíbrio interno e externo ao mesmo tempo em que reduzimos a pobreza e aumentamos a igualdade de oportunidade para todos. ANTONIO DELFIM NETTO escreve às quartas-feiras nesta coluna. Texto Anterior: Rio de Janeiro - Ruy Castro: Rip Van Winkle Próximo Texto: Frases Índice |
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