São Paulo, terça-feira, 06 de julho de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Homossexualismo
"Há poucos dias, critiquei o bispo dom Amaury Castanho por causa do artigo "Réquiem para George W. Bush" ("Tendências/Debates", pág. A3, 3/6). Agora preciso elogiá-lo pelo artigo "Sobre o homossexualismo" (5/7). É lamentável que os homossexuais se orgulhem de uma conduta da qual deveriam envergonhar-se. Se todos se tornassem homossexuais, acabaria a espécie humana. Os homossexuais afrontam o Criador, pois, para Ele, a união homossexual é "abominação" (Lv. 18,22). Por isso tenho de dizer a eles: "Arrependei-vos e crede no Evangelho" (Mc. 1,15)."
Carlos Osmar Trapp, pastor batista, professor de história da igreja cristã e presidente da organização não-governamental Grupo Evangélico de Ação Política (Campo Grande, MS)

 

"Fiquei estarrecido ao ler o artigo do bispo católico dom Amaury Castanho. O autor confunde homossexualismo com perversão, devassidão, sacanagem, libertinagem. É só isso que vem à sua cabeça quando pensa em homossexualidade. Dom Amaury não deve saber (ou fecha os olhos para a realidade) que existem legiões de homossexuais que vivem relações homoafetivas duradouras, que se respeitam e que são fiéis tanto quanto um casal hétero. Muitos homossexuais buscam o sexo não apenas pelo prazer, mas pela realização espiritual que ele proporciona quando é fruto de um amor sincero. Dom Amaury também esquece que uma boa porcentagem do clero é composta por homossexuais que "honram a batina que vestem". Eu mesmo conheço vários e sei da existência de muitos outros, todos honrados sacerdotes. Os homossexuais não devem se abater diante dessas manifestações retrógradas, que representam o pensamento de mentes mergulhadas no obscurantismo."
Sthefan Beral (São Paulo, SP)

 

"Quero parabenizar a Folha pela publicação do excelente artigo "Sobre o homossexualismo". O bispo de Jundiaí falou de forma clara e precisa sobre esse assunto, que tem tomado tanto espaço na mídia. Estamos precisando realmente de gente que defenda a família, o casamento e os heterossexuais. Dom Amaury merece todo o nosso respeito e consideração."
Sonia Rosalia Refosco de Oliveira, professora de inglês do Externato Casa Pia São Vicente de Paulo (São Paulo, SP)

 

"O texto do bispo dom Amaury Castanho apenas reforça a evidência de que estará condenada ao fracasso qualquer reflexão acerca do homossexualismo que não tenha como premissa evitar a prepotência e a intolerância do dogmatismo religioso. Um debate saudável e realmente útil pressupõe um mínimo de liberdade, senão fica parecendo aula de catecismo."
Leandro Veiga Dainesi (Lorena, SP)

Feliz da vida
"Pago feliz da vida os pedágios no Estado de São Paulo, orgulhoso pela qualidade, em alguns casos extraordinária, das rodovias paulistas. Convido o leitor Antonio Carlos Ciccone, que chama os pedágios de "a mamata do século, criada pela dupla Covas-Alckmin" ("Pedágios", 5/7), a aventurar-se por estradas fora do Estado, especialmente pelas federais, e ver se seu automóvel, sua paciência e sua saúde resistem."
João Vicente Celidônio (São Paulo, SP)

Fazenda Nacional
"Na reportagem "Ex-PT é inimigo que sonegador pediu a Deus" (coluna "No Planalto", Brasil, 27/6), a Folha, reportando-se a texto veiculado em 15/3 na mesma coluna, tira conclusões impróprias das peças processuais elaboradas pela minha pessoa na ação civil pública nº 2004.61.11.000340-3 (1ª Vara Federal de Marília). Na referida coluna, a Folha conclui que, "no afã de defender a Fazenda, acabou investindo contra a política de arrocho do chefe Antonio Palocci". Em um primeiro momento, frise-se que atuo em defesa do Estado (União), cumprindo meu dever de ofício legalmente previsto, jamais com qualquer conotação ou intenção política. Minha atuação em juízo se dá, portanto, em nome de um Estado permanente, perene. A Folha, em suas reportagens, retirou trechos aleatórios das peças processuais, originando, assim, essa interpretação equivocada e parcial do assunto, e omitiu informações dos textos, o que gerou uma falsa imagem da minha pessoa. Assim, fica clara a minha isenção e idoneidade funcional, razão pela qual somente me resta expor o equívoco que foi cometido pela Folha por ocasião da edição de suas reportagens, uma vez que eu estava apenas no cumprimento do meu dever legal."
Luciano José de Brito, procurador seccional da Fazenda Nacional em Marília (Marília, SP)

Resposta do jornalista Josias de Souza - Há no Ministério da Fazenda R$ 8,5 bilhões em créditos tributários pendentes de cobrança. Instado pela Justiça a explicar-se, o governo escalou o procurador Luciano José de Brito para defendê-lo. Ele anotou em seu texto: "(...) A questão é muito mais política do que meramente administrativa, pois a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional luta bravamente por um acréscimo orçamentário para que possa desenvolver suas atividades com maior eficiência, mas sempre esbarra nos cortes orçamentários em prol de um superávit primário. Tal fato é de conhecimento público, pois a todo momento se escuta sobre cortes nos orçamentos, não só na Procuradoria mas também em áreas sociais, como a educação e a saúde". O subordinado do ministro Palocci produziu, como se vê, um libelo contra a política do chefe. A Justiça condenou o governo a ajuizar os débitos até o próximo dia 27 de julho.

Emendas
"Em relação à reportagem "Relator admite que não leu todas as emendas" (Cotidiano, 4/7), cabe esclarecer que essa afirmação só se aplica às emendas de vereadores que não me foram encaminhadas em tempo hábil e que, por isso e por não serem de conhecimento das lideranças dos partidos, não tinham chance de serem acatadas e votadas. Foram, por sinal, rejeitadas em bloco pelo plenário. Ao contrário do que o texto pode dar a entender, eu analisei todas as 1.200 sugestões -tanto da sociedade civil como de vereadores- que me foram apresentadas e tenho controle disso, em quadros que mostram quais foram incorporadas ao substitutivo e quais não foram. Nenhuma proposta entrou no texto final sem meu conhecimento ou sem passar por análise."
Nabil Bonduki, vereador (PT), relator do projeto de lei dos planos regionais e do zoneamento (São Paulo, SP)

Ação
"Em relação à reportagem "PFL contraria Serra e impõe Kassab como vice" (Brasil, 26/6), gostaria de esclarecer que a ação movida pelo Ministério Público de São Paulo e anulada pelo STJ no período em que ocupei o cargo de Secretário do Planejamento de São Paulo refere-se ao ordenamento de despesa de edital de esclarecimento publicado pelo gabinete do prefeito em jornal de circulação na capital. Como secretário, fui responsável pela autorização financeira de pagamento do edital. Portanto trata-se de um processo de caráter administrativo, sem vinculação com ações ilícitas contra o patrimônio público."
Gilberto Kassab, deputado federal PFL-SP (Brasília, DF)


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