São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006 |
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A rainha Esther
ARNALDO NISKIER
Professora de ensino médio de português, francês, latim e matemática, foi licenciada em filosofia pela Faculdade de São Bento. Exerceu vários cargos técnicos e administrativos na área educacional, fazendo da sua vida um bonito casamento com a carreira, que jamais desprezou. Assim chegou à imortalidade, entrando para a Academia Paulista de Letras, onde hoje é uma das figuras mais proeminentes. Além disso, continua trabalhando no seu escritório de advocacia, em São Paulo. Data de 1961 o título de professora de direito judiciário penal da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie. Pertence ao Instituto Histórico e Geográfico, onde todos fazem questão da sua companhia, e recebeu, ainda, numa solenidade de que fui testemunha, o Prêmio Professor Emérito - Troféu Guerreiro da Educação, oferecido pelo jornal "O Estado de São Paulo" e o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola). Adepta do pensamento de que "as coisas boas não aparecem, só as ruins", a dra. Esther hoje reconhece que há aspectos favoráveis do ensino brasileiro que devem ser destacados. Abona sobretudo a grande ampliação de oportunidades, que considera uma bênção dos novos tempos. Método bom é aquele que apresenta bons resultados, costuma afirmar, apaixonada pelo método silábico na alfabetização, sem desdouro para outras experiências positivas que estão em curso nas nossas escolas. Outra qualidade a se destacar, na personalidade da professora Esther de Figueiredo Ferraz, é a grande defesa que sempre fez da necessária qualificação do magistério. Sem isso, diz, é difícil obter êxito nas tarefas inerentes aos diversos graus de ensino. São ainda de sua autoria reflexões sobre as quais devemos sempre nos debruçar. A primeira é para inferir que "o Direito não é fácil, ao contrário, é dificílimo". E a outra condiz bem com o espírito luminoso da querida professora: "O meu forte é realizar, é fazer bem feito". Assim tem sido a vida da professora Esther de Figueiredo Ferraz. Na Bíblia, Esther é rainha. Na vida brasileira, a homenageada pode ser considerada também rainha, no Direito e na educação. ARNALDO NISKIER, 70, é membro da Academia Brasileira de Letras, secretário de Estado da Educação do Rio de Janeiro, conselheiro do Instituto Metropolitano de Altos Estudos e professor emérito da ECEME. Texto Anterior: TENDÊNCIAS/DEBATES Cesar Maia: Contraconstitucionalidade Próximo Texto: Painel do Leitor Índice |
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