São Paulo, quinta-feira, 06 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Senado
"Subscrevo cada uma das palavras de Clóvis Rossi de sua coluna de ontem ("Imagens do lodaçal'). Não fossem os meus 92 anos, eu iria às ruas convocar os caras-pintadas a voltarem para elas para protestar contra o verdadeiro descalabro que impera nos dois Poderes da República, com o respingo no Judiciário pela decisão de calar "O Estado de S. Paulo."
ERNANI TEIXEIRA FILHO (Rio de Janeiro, RJ)

Educação
"Duvido que os professores de São Paulo estejam com medo de serem testados para obter aumento de salário, com a devida justiça para aqueles que são bons e competentes, o que é a maioria. O sindicato e aqueles que só querem "empurrar aluno" têm motivos para serem contrários. E para temer."
MACMILLER JOSÉ RIBEIRO (São Paulo, SP)

País leigo
"A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo propõe a retirada dos símbolos religiosos das repartições públicas. Então que tal retirar também os feriados religiosos? A ideia não é a de que o país é leigo?"
HELENA CAVALLARI (São Paulo, SP)

 

"A respeito da reportagem "Procuradoria quer vetar símbolos religiosos" (Brasil, ontem), penso que o senhor procurador da República deveria, para ser coerente, também pedir a eliminação de todos os feriados religiosos, inclusive o Natal, bem como eliminar do preâmbulo da Constituição Federal de 1988 a invocação de Deus e, principalmente, retirar das notas do real a louvação a Deus.
Se o Estado é laico, como o digno jurista alude, esses outros símbolos religiosos se chocam com a laicidade estatal. Assim o Brasil demonstrará ser um Estado totalmente laico, pois a mera retirada de crucifixos ou de bíblias nada acrescenta à laicidade estatal, configurando apenas perda de tempo e de dinheiro." NELI APARECIDA DE FARIA , advogada (São Paulo, SP)

 

"Há pessoas ideologicamente anticatólicas. Alguns anticatólicos ocupam cargos públicos e usam a máquina estatal para fazer oposição a costumes, inofensivos, que representam memória indireta da Igreja Católica. E se valem de instrumentos jurídicos e de argumentos aparentemente democráticos e plurais para encobrir um discurso de intolerância religiosa.
Não se deveria pensar antes nas pessoas que, nas repartições, hospitais públicos e tribunais, ao verem o crucificado, sentem-se estimuladas a serem mais pacientes, corteses, solidárias e fortes? Afinal, no crucifixo, veem um mensageiro de paz e de esperança diante dos problemas pessoais e das dificuldades que enfrentam nos serviços públicos.
Mas os anticatólicos preferem tirar da cartola um personagem ficcional. Concebem um ser doentiamente anticatólico, intolerante a símbolos cristãos, que poderia morrer ao ver um crucifixo. E querem que o desejo desse cidadão inexistente se sobreponha ao bem efetivo proporcionado à maioria dos cidadãos pela simples e eficaz presença de um símbolo de amor e de paz."
ANTONIO JORGE PEREIRA JÚNIOR ,
professor universitário, doutor em direito pela USP (São Paulo, SP)

Desigualdade
"Satisfaz saber que a produção coletiva de conhecimento gerado por técnicos do Ipea contribui também com informações que alcançam o debate midiático, tão importante ao entendimento da realidade e à identificação de caminhos alternativos, como registrado por este jornal.
Todavia, ao contrário da opinião emitida pelo senhor Clóvis Rossi em sua coluna do dia 4/8 ("A fraude na lenda da desigualdade'), não há nenhum vestígio de incoerência técnica nos conteúdos do artigo publicado no jornal "Valor Econômico" de 12 de julho de 2007 e do "Comunicado da Presidência do Ipea" de 4 de agosto, sobre desigualdade e pobreza.
Cabe salientar que a leitura atenta de outro "Comunicado da Presidência", de 12/11/2008, este sobre distribuição funcional da renda -disponível no sítio do instituto na internet-, dá mostras de coerência e integridade intelectual dos autores dos estudos sobre desigualdade ao longo do tempo."
DANIEL CASTRO , assessor-chefe de comunicação do Ipea (Brasília, DF)

Trajes
"Impressionaram-me a visão unilateral e o radicalismo do artigo "Vestes indecentes" ("Tendências/ Debates", 4/8). Nele, o promotor Fausto de Lima assinala meias verdades e se esquece de que, em toda Justiça que se preze, alguma solenidade deve haver para incentivo ao maior respeito.
Sendo certo o exagero de proibirem-se calças ou roupas mais decotadas para mulheres, ou de impor-se terno aos homens, não se admite, por outro tanto, que bermudas, shorts ou assemelhados sejam usados nos fóruns.
República e democracia não se harmonizam nem com o conservadorismo nem com o ultraliberalismo permissivo." LUIZ FELIPE DA SILVA HADDAD , desembargador do TJ-RJ (Niterói, RJ)

Quadrinhos
"Concordo em parte com o leitor João Batista Fernandes ("Painel do Leitor", 4/8). Realmente, os quadrinhos estão com um nível péssimo. Mas há também uma grata revelação além dos bons e velhos Hagar e Garfield: Macanudo.
O argentino Liniers é um excelente cartunista, na minha opinião. Quanto às conotações pornográficas, trata-se de tiras basicamente destinadas ao público adulto, então, acho perfeitamente normal que os autores se utilizem desse recurso."
MURILO EDUARDO DOS REIS (Matão, SP)

 

"Espero que a Folha não deixe de publicar os excelentes quadrinhos da Ilustrada por pressão de um moralismo arcaico que os confunde com pornografia e reduz essa arte somente ao humor. Em um momento de crise, no qual, por exemplo, o "Washington Post" corta uma HQ mais reflexiva, como Zippy the Pinhead, a Folha acertou em passar a publicar a tira Macanudo, agregando mais diversidade cultural e inteligência ao seu conteúdo."
DANIEL SOUZA LUZ (Poços de Caldas, MG)

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