São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Cargo
"Gostaria de manifestar meu desgosto com a reportagem "Governo cria cargo no gabinete de Lula para Appy" (Dinheiro, 3/9). Recentemente, assumi uma nova secretaria no Ministério da Fazenda com o objetivo de conduzir a reforma tributária, entre outros temas. Os cargos da nova secretaria foram criados pela medida provisória 437, que foi revogada em 29 de agosto. Em decorrência dessa revogação, a equipe da secretaria foi alocada temporariamente em cargos de mesmo nível hierárquico que estavam vagos. No meu caso, assumi o cargo de assessor especial do presidente da República. Ao tratar do assunto, esse jornal não apenas cometeu um erro factual, ao afirmar que "o governo federal criou ontem um cargo fictício no gabinete do presidente Lula", pois o cargo de assessor especial já existia e é plenamente compatível com a função de coordenação da reforma tributária, como usou as seguintes expressões: "para não deixar desempregado um dos secretários do Ministério da Fazenda'; "essa é a segunda vez que o governo cria um cargo para abrigar Appy'; "como o ministério não tinha "sobrando" uma vaga de DAS 6, salário de R$ 11 mil". Tal abordagem depreciativa passa a imagem de que estou no governo só por causa do cargo e da sua remuneração, quando a realidade é exatamente a oposta: minha passagem pelo governo é feita à custa de um grande sacrifício familiar e financeiro, pois, antes de ir para o governo, recebia no setor privado remuneração superior à atual. Não tenho medo de críticas, que podem ser a base para o debate e para a construção. E, se esse jornal tem restrições ao trabalho que estou desenvolvendo, que as apresente de forma aberta. Reportagens depreciativas, como a publicada, no entanto, que se aproximam de um jornalismo marrom, apenas depõem contra a qualidade desse jornal e contribuem para desestimular a entrada e a permanência na vida pública de pessoas que queiram contribuir para o aprimoramento das instituições de nosso país."
BERNARD APPY (Brasília, DF)

Defensoria
"Parabenizo a Folha por ceder espaço tão importante para Juliana Garcia Belloque, Luiz Kohara e Valdir João Silveira defenderem a importância da Defensoria Pública ("Pela estruturação da Defensoria em SP", "Tendências/Debates", 4/9). Os autores mostram de forma cabal a necessidade imperiosa de consolidarmos a Defensoria no Estado. Como falar em democracia se a ampla maioria da população não tem um serviço público que lhe assegure a busca de seus direitos?"
RAIMUNDO BONFIM , advogado, coordenador-geral da Central de Movimentos Populares do Estado (São Paulo, SP)

Fumo
"Lamentável a posição do presidente Lula em relação à lei que proíbe o cigarro em locais fechados. Ele parece ignorar que o SUS gasta R$ 338 bilhões ao ano com doenças ligadas ao fumo."
FERNANDO AUGUSTO TIEZZI (Presidente Prudente, SP)

 
"Combater o vício do tabagismo é preconceito, discriminação, crime, segundo o senhor Antonio Labella Costa ("Painel do Leitor", 4/9). E os tabagistas matarem sete fumantes passivos por ano, como noticiou a Folha há dias, e danarem com a saúde de "sabe Deus" quantos milhares ou milhões de fumantes passivos, inclusive parentes, é o quê? Benemerência? Danem-se os viciados, inclusive o presidente, já que querem fumar. Mas eu tenho o direito de não ter de inalar essa fumaça assassina."
MANUEL AMARO (São Paulo, SP)

Escola
"Davi e Jônatas, os adolescentes de Timóteo (MG) que, apesar de não freqüentarem escola, foram aprovados nas provas determinadas pela Justiça, ilustram o que nós, professores, já sabemos: vai-se à escola para receber orientação, esclarecer dúvidas e ter contato com as disciplinas e o conteúdo, mas estudar, estuda-se em casa. É lamentável a Justiça processar os pais. Mas "faz sentido". Nossos alunos, principalmente os da rede pública, não aprendem nada. Imagine se todos os pais que priorizam a boa formação resolvessem seguir os passos dessa família. Enquanto corruptos, traficantes, assassinos e estupradores são soltos, nossa Justiça quer enquadrar um casal devido a suas escolhas."
HELENA MARIA DE SOUZA , professora de história da rede pública (Rio de Janeiro, RJ)

Nelson Motta
"Estou muito triste. Gostava demais dos textos de Nelson Motta. Ficaremos também, durante 30 dias, sem o nosso querido Carlos Heitor Cony -os dois que sempre nos alegram ou nos fazem chorar com suas características próprias de escrever, saindo totalmente fora do normal, ou seja, do político. A suavidade dos textos desse cantinho é que faz que nos sintamos totalmente reais em nosso dia-a-dia."
TEREZINHA DIAS ROCHA (São Paulo, SP)

 
"A coluna de Nelson Motta de ontem fechou com chave de diamante o seu ciclo na Folha: a TV Brasil é um poço sem fundo, onde é rasgado sem dó o dinheiro do contribuinte. Por isso o Brasil está neste eterno subdesenvolvimento, apesar da altíssima carga tributária. Uma pena Nelson Motta deixar a Folha. Nós, os leitores, ficaremos mais pobres."
NELI APARECIDA DE FARIA (São Paulo, SP)
 
"O último artigo de Nelson Motta na Folha foi lamentável. Ele sugere que as TVs pagas são de ótima qualidade e deveriam ser estendidas a todo o povo brasileiro. No dia em que isso acontecer, estaremos definitivamente dominados pela mídia e pela cultura lixo norte-americana. Nossa TV pública cumpre o seu papel de informar e de educar sem se vender ao conteúdo fácil que traz audiência. Num país em que Chacrinha se tornou "cult", o que esperar dos jornalistas de cultura e entretenimento?"
LUIZ FERNANDO GRECO (Uberlândia, MG)

Grampos
"Melchiades Filho escreveu um texto luminoso ("Grampo legal", Opinião, ontem) em meio à bruma que tomou conta da mídia. Provou, por A+B, que "o governo só tem a comemorar com a escandalização do uso das escutas telefônicas". Junto aos legítimos protestos em defesa da privacidade e dos direitos individuais, desenrola-se o processo paulatino de "anistia" dos crimes financeiros e das parcerias despudoradas entre setor público e negócios privados. Um rosário de manobras que o jornalista desfiou em sete pontos. Eis aí um roteiro competente para a Folha seguir, ponto a ponto, pois está nos devendo uma apuração satisfatória nesse pântano."
BETH VIVIANI (São Paulo, SP)

Waldick
"A Folha tem algum preconceito contra Waldick Soriano? Ele, que embalou uma multidão de românticos pelo Brasil afora, não foi prestigiado com uma foto na Primeira Página ao lado de Fernando Torres, que fazia parte de um grupo restrito das artes cênicas. O estilo musical de Waldick era popular, entendido e apreciado pelos brasileiros das cidades e dos confins, leitores dessa Folha e ouvintes de radinho de pilha que se emocionavam com a sua música."
LUCIANA AMARAL (Curitiba, PR)

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