São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Eleição
"Gostaria de fazer uma única pergunta ao senhor Carlos Ayres Britto: se a eleição não é um estorvo nem um velório, e sim uma festa popular, por que somos "convocados", e não "convidados"?"
JOSÉ AURELIO G. MEDINA (Guarulhos, SP)

 

"Se fosse para definir em uma única palavra o dia de votação, na minha cidade ela seria: sujeira.
Sábado à noite, vi um carro arremessar uma enxurrada de papéis para o alto numa rua próxima ao local onde voto. Com a chuva da madrugada, os papéis dos candidatos se misturavam em um só, em uma única cor no asfalto cinzento, sendo impossível decifrar os incontáveis rostos e números amontoados nas guias das calçadas -sem falar dos que entupiram os bueiros.
Até a próxima eleição, toda a sujeira terá ido embora. E espero que até lá a nossa política tenha melhorado a sua imagem e que nossos representantes trabalhem por um país melhor, de cara limpa."
RODRIGO DE SENE (São Bernardo do Campo, SP)

 

"As pesquisas eleitorais distorcem o processo democrático porque "endeusam" as duas ou três candidaturas favoritas, desdenhando, por avaliação antecipada durante meses, as demais candidaturas e induzindo os eleitores."
EDUARDO BRITTO (São Paulo, SP)

 

"Concordo totalmente com a opinião de Mário Magalhães, que, no artigo "O direito de não votar" (Opinião, ontem), defende o direito do cidadão brasileiro de não se ver obrigado a comparecer às urnas, como impõe a Constituição. Esse ato de liberdade certamente ajudaria muito a acabar com a corrupção."
JOSÉ MARIA DE ALENCASTRO PELLES (Goiânia, GO)

 

"A cada eleição, a obrigatoriedade ou não do voto é posta em pauta. Liberais não necessariamente democratas investem contra a obrigatoriedade em vez de considerarem tal determinação um dever a ser cumprido e um direito a ser exercido.
Por outro lado, a abolição da suplência sem voto para o Senado não é tratada com a intensidade devida.
Da mesma forma é negligenciada a defesa do voto em lista, desde que estabelecidos parâmetros que evitem o caciquismo no seio dos partidos. Tal instrumento poderia não só permitir maior discernimento sobre as legendas como motivar um maior número de cidadãos à participação político-partidária."
ANTONIO FRANCISCO DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Em meio a outros equívocos e distorções, a reportagem "Jogado à própria sorte, Alckmin enfrenta Serra e expõe racha no PSDB" (caderno "Eleições 2008", ontem) atribui ao governador José Serra e ao secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, afirmações entre aspas rigorosamente inverídicas.
Causa espanto que a reportagem da Folha não tenha procurado a assessoria de imprensa, o secretário ou o próprio governador a fim de verificar a autenticidade das declarações entre aspas."
BRUNO CAETANO , secretário de Comunicação do Estado (São Paulo, SP)

Constituição, 20
"Estou estarrecido com a resposta do presidente Lula quanto à participação do PT na Constituinte. Segundo o presidente, o PT tinha uma proposta pronta e acabada, que, se aprovada traria dificuldades ao Brasil. Como o PT nunca havia chegado ao poder, tinha "soluções mágicas".
As propostas petistas foram feitas porque eles não sabiam que ganhariam uma eleição tão cedo e que teriam a responsabilidade de colocar em prática o que propunham. Mais uma vez o presidente reafirma a tática da balela e da enganação do eleitor."
PAULO T. J. SANTOS (São Paulo, SP)

 

"Brilhante e melancólico o artigo de Saulo Ramos sobre os 20 anos de nossa Constituição ("Perdas e ganhos 20 anos depois", Brasil, ontem). Apesar das importantes garantias por ela oferecida à nossa sociedade, a ordem constitucional não barrou os oportunistas e a bandidagem política."
CRISTINA CATALINA CHARNIS (São Paulo, SP)

Crise
"Tento responder de maneira concisa as dúvidas encaminhadas pelo leitor José Oliveira ao ombudsman (Brasil, ontem), para quem o jornal explicou mal a crise financeira.
Mutuários inadimplentes nos EUA perderam suas casas e estão agora morando de aluguel, com parentes ou em trailers. As casas vazias já foram postas à venda, e esta é a principal causa da queda repentina no preço dos imóveis, o que levou à presente crise. Ou seja, a inadimplência causou a crise, e não o contrário.
O governo americano está se propondo a comprar, por valor muito abaixo do preço de face, títulos imobiliários que hoje não têm preço nenhum no mercado -mas, como representam imóveis reais, algum valor eles têm. O governo se propõe a ficar com esses títulos até que seja bom negócio vendê-los.
Evita assim a quebra dos bancos e do sistema financeiro.
Em tempo: todas essas explicações foram extraídas de diversas notícias lidas em várias edições da Folha."
CARLOS ANTONIO ANSELMO GUIMARÃES (Curitiba, PR)

Operação Boi Barrica
"Em relação à reportagem "PF vê pressão de "organização criminosa" até sobre ministro" (Brasil, ontem), o Citibank esclarece o que segue:
a) O banco, até a publicação do texto, não tinha conhecimento sobre os fatos ali relatados e desconhece o conteúdo dos telefonemas ou das investigações;
b) Nenhuma das pessoas citadas está autorizada ou tem poderes para agir em nome do banco. Se o fizeram, foi indevidamente e sem o conhecimento da empresa;
c) O Citi mantém excelente relacionamento com diversos órgãos governamentais, pautado sempre pela transparência e legalidade.
Portanto, não utiliza intermediários para agendar audiências com ministérios ou outros órgãos."
GUILHERME GASPAR , assessoria do Citibank (São Paulo, SP)

Algemas
"Helio Castro Neves, campeão em Indianápolis, está sendo processado nos Estados Unidos por sonegação de impostos. Compareceu à audiência de instrução algemado e com correntes amarradas aos pés, US$ 10 milhões de fiança e responderá pelo suposto crime em liberdade, sujeito a 35 anos de prisão.
O senhor Gilmar Mendes deve estar indignado."
PIO VIEIRA , advogado (Curitiba, PR)

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