São Paulo, sexta-feira, 06 de novembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Sob o domínio...
"Um prefeito do interior de São Paulo é filmado exigindo propina de um construtor -que, ao final, constrói uma escola prestes a desabar sobre crianças- e, mesmo assim, continua em liberdade -e no cargo.
O STF sentencia que um senador seja substituído e, mesmo assim, desobedecendo à ordem judicial, a mesa do Senado e seu atuante presidente continuam procrastinando.
Um dos maiores jornais do país é impedido de noticiar uma operação policial que envolve parentes do senador Sarney, por decisão de um juiz considerado impedido e suspeito, e, mesmo assim, a decisão continua valendo.
Estamos sob o domínio de quem neste país? Da lei, do banditismo assumido ou dos poderes do inferno?"
EDENILSON MEIRA (Itapetininga, SP)

Precatórios
"Mais uma vez, o Legislativo lixa-se para o cidadão e ri ironicamente do Judiciário ("Câmara aprova PEC que adia pagamento de precatórios", Brasil, ontem). Estamos vivendo uma ditadura do Legislativo, devidamente blindada pelo Executivo -e em todos os níveis: federal, estaduais e municipais.
Um precatório alimentar significa que, em algum momento, o trabalhador foi lesado, pois moveu ação judicial, constituiu e remunerou um advogado e ganhou a ação, após todos os recursos possíveis.
Agora, por conta de uma PEC, com efeito retroativo, é caloteado.
Enquanto isso, a farra com o nosso dinheiro continua no Congresso.
Conforme publicado ontem na Folha, mais dois deputados foram perdoados pelas despesas indevidas e imorais com passagens aéreas.
Até quando vamos ser esbulhados impunemente?"
WALTER GIRO GIORDANO (São Paulo, SP)

Energia
"É claro que o assunto precisará ser muito mais detalhado pelo senhor Nelson Hubner, diretor-geral da Aneel, mas é muito estranho que ele venha a público (após a imprensa ter descoberto o caso) relatar um problema que já conhecia e vinha escondendo há muitos anos: o reajuste para cima nas tarifas de energia elétrica em todo o Brasil.
Também se estranha que, tendo já as operadoras concordado em devolver os valores cobrados excessivamente, a Aneel agora praticamente negue que elas tenham cobrado a mais.
Será porque a base de cálculo do ICMS seria terrivelmente afetada e os Estados teriam de devolver os valores cobrados indevidamente?
Teria o governo conversado reservadamente com o senhor Hubner para lhe dar alguns conselhos práticos nos quais é mestre quando se trata de retardar a devolução do que não lhe pertence?"
PAULO MAGALHÃES (São Paulo, SP)

 

"A algazarra regulatória que trata do erro nas contas de energia chega às raias do ridículo. É inacreditável que, além de pagar, tenhamos que assistir ao deprimente embate entre a Aneel e o MME sobre quem seria o responsável pelo pequeno deslize de R$ 7 bilhões.
Não se está discutindo uma escolha política; trata-se de um erro matemático, que não resiste ao mais simples exame algébrico. Isso deixa evidente o viés de princípios que norteou o modelo regulatório e as agências brasileiras."
ROBERTO PEREIRA D'ARAÚJO (Rio de Janeiro, RJ)

Aposentadoria
"No seu editorial "Arapuca parlamentar (4/11), a Folha aborda o assunto do deficit da Previdência e critica a pretensão dos aposentados de pleitear correção igual à do salário mínimo.
O governo faz assistência social com verba da Previdência, concedendo aposentadorias a trabalhadores rurais, deficientes, idosos e pessoas que nunca contribuíram para a Previdência.
Acho bom que essas pessoas tenham essa aposentadoria, mas que seja desvinculada da Previdência. O governo nunca contribuiu para a Previdência com a parte que lhe cabia. Dilapidou o patrimônio que a contribuição dos patrões e empregados formou durante a época em que a Previdência quase só recebia, pois havia poucos aposentados.
Esse patrimônio deveria ter sido aplicado para fazer face às despesas atuais: onde ele está?
Durante 37 anos cumpri a minha parte, pagando a contribuição -nos últimos anos, sobre 20 salários- para garantir minha aposentadoria, que hoje é de R$1.400, quando deveria estar perto de R$ 8.000.
Que se separe a parte que o governo usa para sua ação social para que possamos ver a verdade sobre a Previdência."
CARLOS A. G. LEITE (Belo Horizonte, MG)

Pensão
"A indecência que é pagar pensão para filha de funcionário público que não casou acarreta grandes prejuízos ao contribuinte.
Quem estava pagando a pensão de Maitê Proença éramos nós, os contribuintes (coluna de Mônica Bergamo, Ilustrada, ontem). E o caso dela não é único. Deve existir centenas ou milhares de mulheres -filhas de juízes, generais e que tais- com filhos e netos que só não fazem a união formal para poder continuar mamando nas tetas do governo."
RONALDO JOSÉ NEVES DE CARVALHO (São Paulo, SP)

OAB-SP
"Na edição de 28/10, a coluna de Mônica Bergamo (Ilustrada) publicou que um relatório da empresa de auditoria Crowe Horwath RCS, encomendado pela chapa de Luiz Flávio D'Urso, candidato a um terceiro mandato na presidência da OAB-SP, concluiu que houve fraude em uma enquete lançada no site de seu oponente, Rui Fragoso.
Mas a leitura cuidadosa do relatório da Crowe, cheio de salvaguardas, senões e advertências de que não teve condições técnicas, acesso ou mesmo que tivesse "espionado" o site da campanha de Rui Fragoso, não deixa dúvidas: em nenhum momento a auditoria aponta fraude ou má-fé, e sim uma "parametrização imprecisa, que levava a indícios de deficiência na contabilização dos votos". Ou seja, alega que, da mera observação, em um site com mais de 25 mil acessos no mês, simultâneos ou não, o parâmetro para uma medição é impreciso.
Imediatamente, o presidente e fundador da Crowe, Raul Corrêa da Silva, tornou pública declaração oficial da empresa desmentindo todo o publicado: "Em nenhum momento concluímos ou atribuímos evidência de fraude conforme claramente expresso no relatório divulgado por terceiros e inserido em matérias veiculadas pela imprensa".
Mesmo assim, diante da desmascarada tentativa de imputação de fraude, o site da campanha de D'Urso continuou estampando a nota da Folha, que atribui fraude ao site, enquanto ele, D'Urso, já não sustentava mais essa sua alegação, e, mesmo diante da declaração da Crowe, ainda fala em "burla de enquete". Trata-se, na verdade, de uma fraude da "fraude"."
GUSTAVO HENRIQUE Z. RIBEIRO , advogado, coordenador de comunicação da campanha de Rui Fragoso (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Mônica Bergamo - A Crowe Horwath RCS foi contratada para, como diz seu relatório, "revisão e análise de "poll" virtual para indícios de fraude". Nele, conclui que a enquete do site de Rui Fragoso, ao receber um voto "a favor" para o terceiro mandato, recebia simultaneamente quatro "contra" e que "o resultado do "poll" não reflete a real opinião dos internautas".

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