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Resfriamento global
O FUNDO Monetário Internacional reduziu suas
projeções sobre o desempenho da economia mundial de
4,1% para 3,7% em 2008. A desaceleração está associada à contração do crédito, sobretudo nos
EUA, em decorrência da crise
das hipotecas. O FMI estimou o
crescimento da economia americana em 0,5%, o dos países da
área do euro em 1,3%, o do Japão
em 1,4% e o da China em 9,3%.
A despeito do desaquecimento, a expansão dos países emergentes, avalia o Fundo, será menos afetada. A alta nos preços das
commodities -75%, descontada
a inflação, desde 2000- favoreceu as exportações dos países em
desenvolvimento. Os saldos comerciais permitiram a redução
das dívidas externas e a ampliação das reservas internacionais,
o que diminuiu a vulnerabilidade
a turbulências globais.
Para o FMI, a alta nos preços
de alimentos, minerais e petróleo deverá persistir, mesmo com
a recessão nos EUA. Tal "descolamento" estaria relacionado a
vários fatores. Há problemas de
oferta em alguns produtos, baixos estoques em outros e demanda elevada. Há também volume crescente de aplicações financeiras nos mercados futuros
de commodities.
Os produtos agrícolas e minerais respondem por 50% a 60%
das exportações brasileiras. Em
2007, renderam US$ 75 bilhões.
Para este ano, as previsões indicam US$ 100 bilhões.
O relatório do FMI endossou
análises relativamente otimistas
sobre o desempenho de países
como o Brasil em meio à turbulência financeira. É preciso lembrar, contudo, que não há seguro
duradouro para o caso de uma
crise profunda nos EUA.
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