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Gráfica do Senado
"Em relação ao texto "Senadores
usam gráfica do Senado para autopromoção" (Brasil, 4/4), digo que é
canalhice usar o meu nome neste
tipo de reportagem, tendo em vista
que não sou senadora desde o início
de 2007.
Tenho a declarar que ninguém
me procurou para me ouvir e para
que eu comentasse o assunto.
Em nenhum momento usei a
gráfica do Senado depois de 1º de
fevereiro de 2007, quando se encerrou o meu mandato de senadora.
Isso é uma canalhice, típica da vigarice eleitoral, e essencial à utilização da máquina pública para se
promoverem."
HELOÍSA HELENA, vereadora pelo PSOL
(Maceió, AL)
Resposta da jornalista Andreza
Matais - A ex-senadora Heloísa
Helena foi procurada entre
30/3 e 3/4. A reportagem deixou recados no celular dela, falou com um assessor em Brasília e deixou recado no telefone
de uma assessora que a acompanha em Alagoas.
O texto não
afirma que ela usou a gráfica
após deixar o Senado, apenas
relata o conteúdo do livro "Palavra de Mulher", editado quando ela era senadora.
Reforma agrária
"O artigo de ontem do ministro
Guilherme Cassel ("Reforma agrária, falácias e preconceitos", "Tendências/Debates") merece uma
atenta leitura.
É sempre possível cometer erros
ao analisar processos sociais, e não
sou imune a eles, ainda que pesquise o mundo rural há mais de 30
anos e, suponho, tenha alguma legitimidade científica para tanto.
Cassel, ao contrário, ocupa seu
posto exclusivamente por ser um
leal soldadinho de uma medieval
tendência petista, à qual, infelizmente, o MDA foi entregue, gerando a pilhagem de militantes fiéis
apenas ao particularismo de seus
grupos.
A interdição do debate é com
aqueles que estudam os processos
sociais rurais, o que contrasta radicalmente com a posição de abertura
e republicanismo existente na
maioria das outras áreas governamentais.
Se soubesse o que significa democracia, o ministro estimularia o debate e com ele aprenderia, mas não
o cercearia apenas para manter a
cartilha ideológica vexatória e infantil que marca todas as suas manifestações."
ZANDER NAVARRO, professor associado na UFRGS
e pesquisador visitante no Instituto de Estudos
sobre o Desenvolvimento -Inglaterra
(Porto Alegre, RS)
Habeas corpus
"Ao tentar refutar o discurso de
que o Supremo Tribunal Federal só
cuida dos interesses dos ricos
("Mendes quer manter direito de
resposta", Brasil, 3/4), o ministro
Gilmar Mendes, ao citar que dos
350 habeas corpus que foram concedidos apenas 18 o foram por princípio de insignificância (apenas
5%), acabou confirmando a tese popular de que cadeia demorada é só
para negros e pobres.
Juridicamente falando, ficou
pior a emenda do que o soneto."
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
Colunistas
"Parabéns à Folha pelos seus colunistas Luiz Felipe Pondé e João
Pereira Coutinho.
Poucas vezes o jornal teve gente
tão antenada com seu tempo. A
presença deles é resultado de garimpagem finíssima.
Espero que não os deixem escapar, como já deixaram, em outros
tempos, Paulo Francis, Arnaldo Jabor e -por que não?- Marilene
Felinto.
Vida longa aos dois."
JEFERSON LUIZ CAMARGO (Praia Grande, SP)
Igrejas tombadas
"A reportagem "Fora de rota turística, igrejas de Minas correm risco de ruir" (Cotidiano, ontem) dá
bem a dimensão da destruição do
patrimônio cultural mineiro.
No texto, fica claro que o fato de
estar fora da rota turística contribui para que os edifícios estejam
em ruínas. Isso se explica pela falta
de envolvimento da população local na gestão desses bens culturais.
Segundo a Unesco e a experiência internacional, apenas a participação da comunidade pode garantir que o patrimônio seja protegido
de forma cotidiana e efetiva.
Mais do que falta de dinheiro,
trata-se de acolher uma atitude
mais interativa entre os órgãos federais, estaduais e municipais de
gestão patrimonial.
Que essas ruínas sirvam para inspirar novas abordagens de inclusão
social."
PEDRO PAULO A. FUNARI, professor, autor de "Patrimônio histórico e cultural", coordenador do
Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp
(Campinas, SP)
Ponto facultativo
"A próxima quinta-feira, dia 9, será ponto facultativo em algumas repartições públicas municipais.
Os pontos facultativos são excrescências de um passado sempre
presente. Representam prejuízo
monumental na economia do município.
Como pode ser concedido poder
a um prefeito para que decrete pontos facultativos, inclusive com pontes, tais como: "Quinta-Feira Santa",
na véspera da Sexta-Feira Santa; "15
de Outubro, Dia do Professor'; "28
de Outubro. Dia do Funcionário
Público".
É um verdadeiro escárnio com o
cidadão comum, que depende dos
serviços públicos municipais."
JAMES MOITINHO (São Paulo, SP)
Retificação
"Peço o espaço deste "Painel do
Leitor" para fazer uma retificação e
justiça ao senhor Raul Guilherme
do Norte Lourenço Leal.
Por motivo de erro de digitação
de minha parte, a mensagem publicada ontem neste "Painel do Leitor"
na verdade não é de sua autoria, e
sim minha.
Agradeço a correção."
LUIS FELIPE DE ARAÚJO SOUSA (São Carlos, SP)
Nota da Redação - Leia a
seção "Erramos".
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