São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Chuvas
"O Rio de Janeiro, que reclama da possível redução dos royalties do petróleo, organizará a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016, porém, debaixo d'água, precisa reagir imediatamente e mostrar infraestrutura e serviços para minimizar os impactos das chuvas nos morros e das águas que se espalham por todos os cantos, interrompendo a normalidade da vida.
A exemplo do que aconteceu em São Paulo, que sofreu com chuvas torrenciais, é preciso mostrar "urbi et orbi" que somos competentes para regular esses eventos, sem vexame ou fiasco."
CARLOS HENRIQUE ABRÃO (São Paulo, SP)

Eleições
"A cada eleição, fico mais enojada com o oportunismo dos candidatos.
A preocupação não é acabar com os problemas do Brasil, mas, sim, achar uma tática infalível de obter votos, a qualquer custo.
Hoje, o PSDB não pode achar que a política econômica e os programas sociais do PT sejam oportunos a ponto de serem mantidos. Isso é uma crítica que faz a candidata do PT à Presidência.
Mas, na eleição do senhor Lula, ele teve até que assinar termo de compromisso de que não mudaria algumas políticas do PSDB. Eu pergunto então aos candidatos: quando é para beneficiar o seu próprio grupo pode-se mudar de posição?
É de enojar. É só oportunismo, em todos os lados da nossa politicagem brasileira. O povo deveria levantar esta bandeira: se no governo temos algo dando certo, deveríamos exigir que o próximo governante desse continuidade a esse trabalho."
SILVIA MARIA DE ALMEIDA SÃO PEDRO (São Paulo, SP)

Voto do preso
"Surpreende que alguns possam alegar que o voto dos presos será através do cabresto das facções criminosas ("A segurança do processo eleitoral", "Tendências/Debates", 3/3). Esse argumento, aliás, foi também utilizado na Constituinte de 1988, em relação ao voto dos analfabetos, assim como na década de 30, quando diziam que a mulher acompanharia o voto do marido ou do irmão.
Realizamos eleição dentro do Presídio Central de Porto Alegre (maior presídio da América Latina, com 5.000 pessoas presas), presídio este com diversas facções criminosas, e o resultado da votação acompanhou o do eleitor em liberdade -inclusive no referendo sobre o desarmamento!
Não permitir o acesso às urnas por haver possibilidade de pressão externa existe e sempre existirá.
Porém ninguém pode ter o acesso às urnas negado por haver essa possibilidade. Fosse assim, diante da pressão do poder econômico, quantos no país não poderiam votar?
Excluir a população do sufrágio universal não é o caminho democrático. O caminho é criar mecanismos para combater eventual pressão. Voto aos presos, sim!"
RODRIGO PUGGINA, advogado, membro da comissão CNJ-TSE, coordenador do Movimento pela Consciência Prisional e do Movimento pelo Voto do Preso pelo IAJ (Porto Alegre, RS)

Educação
"Sobre o artigo "USP, até quando para tão poucos?" ("Tendências/Debates", ontem), creio que, na melhor das hipóteses, os alunos que o escreveram são desinformados; na pior, são mal-intencionados.
Dizem que é tímida a política da USP de aumentar de 26% para 30% o número de alunos vindos da rede pública. Mas esse é um problema não só da USP, mas das escolas públicas. Lutemos por elas, e não contra quem pouco pode fazer. Solicitar que estudantes participem do processo seletivo é outra ideia enviesada. O que alunos saberão fazer melhor do que profissionais formados? Que reclamem por melhores profissionais e não sejam tão arrogantes a ponto de achar que fazem melhor do que eles.
Por fim, dizer que a USP é "controlada" historicamente pelo mesmo grupo (provavelmente a "diabólica burguesia") é querer fazer propaganda político-partidária em vez de buscar resolver os problemas da universidade."
PAULO MACETA, engenheiro formado pela USP (Jundiaí, SP)

 

"A leitura do artigo "USP, até quando para tão poucos?", dos estudantes da USP, fez-me lembrar do livro "Educação não É Privilégio" (1957), de Anísio Teixeira. O saudoso pedagogo, e um dos maiores que o Brasil já teve, patrono do Inep, registrou em seu livro: "Não desmerecemos nenhum dos esforços para a educação ulterior à primária, mas reivindicamos a prioridade número um para a escola de que dependem todas as escolas: a escola primária".
No Brasil, o problema da educação está na falta de sincronia no sistema escolar. É preciso que o sistema escolar -educação básica e ensino superior- funcione como um conjunto de elementos relacionados entre si, de modo coerente. Cada fase da escolaridade deve guardar correspondência com a outra, não pode nunca funcionar de modo estanque, uma ignorando a outra.
A prioridade sempre esteve em atender o ensino superior em detrimento da educação básica. Como exemplo, temos o ensino fundamental e médio do Estado de São Paulo, que se encontram em total descalabro."
RODOLPHO PEREIRA LIMA, professor aposentado do magistério do Estado (Bauru, SP)

 

"Os autores do artigo sobre a USP tentam justificar a invasão do Coseas levando o leitor a acreditar que ela é um protesto contra as políticas de permanência estudantil. Mas escondem que a invasão ocorre em retaliação à tentativa da universidade de controlar quem vive no Crusp, ameaçando, assim, os inúmeros não alunos, famílias inteiras até, que lá vivem à custa do dinheiro público e tomam vagas de quem realmente estuda na universidade."
DANIEL KALIL FRANULOVIC (São Paulo, SP)

Golfinhos
"Em relação à reportagem "Golfinho famoso ofusca primos em risco" (Ciência, 4/4), não é verdadeira a afirmação do oceanógrafo da Furg, Eduardo Secchi, de que a empresa "investe mais em espécies que têm apelo visual e quase nada em espécies que realmente têm problemas de conservação".
O projeto Golfinho-Rotador -espécie da qual não há dados suficientes para afirmar se está ou não em extinção- fez com que a frequência dos cetáceos continuasse a mesma em Fernando de Noronha desde 1990, mesmo com o crescimento do turismo local.
O projeto foi um dos principais responsáveis pela publicação do decreto 6.698 (2008), que trata da preservação e da proteção desses e de outros cetáceos, permitindo a pesquisa científica e o aproveitamento turístico ordenado.
A Petrobras patrocina projetos ambientais em todo o Brasil que tenham foco em três linhas: reduzam riscos de destruição de espécies e habitats aquáticos ameaçados; melhorem a qualidade dos corpos hídricos; contribuam para a fixação de carbono e emissões evitadas de gases causadores do efeito estufa."
LUCIO MENA PIMENTEL, gerente de imprensa da comunicação institucional da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

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