São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Chico Buarque
"A entrevista do Chico Buarque ("Chico diz que vota em Lula de novo", Ilustrada, 6/5) causou-me muita decepção! Ele ainda não acordou. É um romântico. Para ele fica fácil, não precisa ficar aqui, vai para Roma, Paris... Nós ficamos aqui e somos obrigados a assistir a essa vergonha, a essa incompetência e, principalmente, a esse desrespeito ao povo brasileiro. O Chico é apenas mais um artista que acha que pode saber o que o povo sente. Não pode, deve se resumir a fazer o que sabe, suas músicas."
Therezinha de Jesus Lima e Oliveira (São José dos Campos, SP)
 

"Obrigada, Chico. Você, com sua imensa capacidade de expressão, disse tudo o que eu queria dizer e que tinha dificuldade de fazer. Concordo com tudo: a decepção; a posição da mídia agora e antes; os discursos da oposição que "se acha" e com isso perde até a compostura (especialmente aquele senador que ia bater no presidente, ia pedir auditoria num instituto de pesquisa, porque só confiava no Datafolha e depois teve que engolir a pesquisa do Datafolha); enfim, com tudo. Obrigada mesmo!"
Elza Cabral Mesquita (Carapicuíba, SP)

Circo romano
"O deprimente espetáculo visto no jogo do Corinthians contra o River Plate clama por um boicote do povo brasileiro a esse esporte que, não mais bretão (pelo menos por nossas bandas), resume-se a um circo romano. Só que as feras estão do lado de fora: massas humanas (humanas?) furibundas avançam contra tudo e contra todos. A quem possa ter assistido ao jogo em que o Chelsea se tornou campeão inglês e viu a premiação, uma saudação. Aquilo é que é público civilizado."
Clovis Ramalho Maciel (Sete Lagoas, MG)

Faz-de-conta
"Em sua posse como presidente do TSE, o ministro Marco Aurélio de Mello disse que o Brasil se tornou o país do faz-de-conta, tendo em vista tudo o que está ocorrendo na política brasileira desde a explosão do escândalo do mensalão ("Ministro do TSE critica "país do faz-de-conta", Brasil, 5/5). Acho que isso só não vai acontecer efetivamente se a imprensa continuar a prestar esse serviço à nação, mostrando a sujeira que os corruptos da política varrem para debaixo do tapete, e se a Justiça punir esses fatos conforme a lei."
Marcus Luciano Villar (Itapevi, SP)
 

"Um pequeno sopro de esperança. É isso o que o discurso de posse do ministro Marco Aurélio de Mello desperta nos eleitores-trouxas que somos, burros de carga de uma corja indecente de ladrões, massa de enganados e manobrados por um bando aparentemente inesgotável de hipócritas e mentirosos. A esperança é que alguém como Aurélio de Mello empregue o poder que lhe é outorgado para deter pelo menos uma parte dessa vaga repugnante e interminável de espertalhões."
Vera Lúcia Cordeiro Abram (Curitiba, PR)

FMI
"Como é que um país minimamente organizado pode seguir os "ensinamentos" de uma entidade que não consegue nem mesmo cumprir suas próprias metas de "superávit primário" ("FMI não consegue cumprir a própria meta", Dinheiro, 5/5)?"
Francisco Camilo de Campos (Campinas, SP)

Volkswagen
"Até que ponto é importante para o país manter empréstimo de R$ 497 milhões para uma empresa que anunciou um plano de demissão que poderá atingir, segundo a CUT, 5.773 trabalhadores ("BNDES mantém empréstimo à Volkswagen", Dinheiro, pág. B11, 5/ 5)?"
Julio Cesar Dias Novais (Catanduva, SP)

Pedágio na marginal
"O editorial "Dúvidas sobre o pedágio" (Opinião, pág. A2, 3/5) surpreende pela desinformação. Embora ressalve que "tudo está ainda na fase de projeto", afirma que "sobram dúvidas acerca da empreitada", o que é um contra-senso só explicável pela pressa do jornal em tecer opiniões taxativas sobre um projeto em gestação. A falha mais grave é cobrar definições sobre um dos poucos pontos já definidos e anunciados e que é a idéia-base do projeto: se houver implantação de pedágios em pistas adicionais nas marginais, as concessionárias terão de conservar as faixas já existentes, que não serão pedagiadas. Isso foi dito e repetido muitas vezes pelo então prefeito José Serra. O editorial ainda pede mais esclarecimentos sobre o impacto no ambiente, ignorando que, no momento certo, o projeto terá de ser submetido a licenciamento ambiental, que determinará correções, cuidados e compensações. Também por ignorar o tema, o editorialista afirma que a "maior falha" do projeto é não se inscrever em uma "proposta mais geral para o trânsito da cidade". Isso é falso: ele faz parte de um projeto maior denominado Requalificação do Minianel Viário da Cidade de São Paulo, que está sendo desenvolvido por um grupo de trabalho que une diversos órgãos estaduais e municipais em busca de soluções de longo prazo para a cidade. Não se trata, portanto, de nenhum remendo, e sim de projeto estrutural para a cidade de São Paulo que não compete com o metrô, mas com ele se complementa. Poderá ser um instrumento importante para a redução dos engarrafamentos em São Paulo."
Sérgio Rondino, assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Nota da Redação - O editorial cobra da gestão Gilberto Kassab o compromisso com as pistas não-pedagiadas da marginal porque esse vínculo -que constava das promessas verbais anteriores do então prefeito, José Serra- não estava claro no projeto mais detalhado apresentado ao jornal já sob a gestão do pefelista. A Requalificação do Minianel Viário não é propriamente o que o editorial entende por uma "proposta mais geral" para o trânsito paulistano, que tem necessariamente que ver com transporte coletivo (basicamente metrô).

Ideologias fossilizadas
"Simplesmente patética a participação de Lula na reunião com Kirchner, Morales e Chávez. Colocou os interesses nacionais em último plano, preocupando-se apenas em se manter coerente com ideologias fossilizadas. No caso da intermediação despropositada de Hugo Chávez, Lula aceitou a raposa como intermediária na questão entre o dono do galinheiro e o ladrão de galinhas."
Eduardo Abaurre (Vitória, ES)

 

"É comum ouvir, dos setores nacionalistas mais exacerbados, que o Brasil é o quintal dos Estados Unidos. Para quem foi, durante mais de 300 anos, colônia de Portugal e também passou pelo jugo inglês, a humilhante posição brasileira diante dos abusos cometidos pelo governo de La Paz é prova cabal de que agora somos mesmo é o quintal da Bolívia."
Clemente de Almeida Campos (Niterói, RJ)

Cremes
"Sou leitor fiel do Folha Equilíbrio e parabenizo o caderno pelo artigo ímpar que alertou a população sobre o uso de "cremes dermatológicos" que são vendidos sem nenhuma comprovação científica de sua verdadeira ação, muitas vezes enganando e levantando uma falsa expectativa em nossos pacientes ("A fórmula dos dermatologistas", 20/4)."
Érico Pampado Di Santis, médico dermatologista, professor de dermatologia do Hospital Universitário de Taubaté (Taubaté, SP)

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