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Justiça e PF
"O problema de um jornalista que
narra um fato sem estar presente a
ele é escrever "de ouvido".
É o que deve ter acontecido com
Janio de Freitas. Em seu artigo de
quarta-feira ("A dívida", Brasil),
afirma que o novo diretor da Polícia
Federal e o ministro da Justiça "não
perdem oportunidade" de "dar estocadas" no ex-diretor Paulo Lacerda.
"Os ataques são injustos", afirma o
jornalista. Seriam mesmo, se tivessem acontecido.
Quem esteve presente à posse de
Luiz Fernando Correa só ouviu elogios ao diretor que se despedia, dele
e do ministro Tarso Genro. O ex-ministro Márcio Thomaz Bastos,
convidado especial da cerimônia,
foi citado pelo seu elogiável trabalho à frente do ministério e da Polícia Federal. Nas entrevistas, a mesma coisa.
Apenas um exemplo: "A Polícia
Federal [disse o ministro Tarso]
tem um chefe agora com a mesma
tradição do doutor Lacerda. Portanto, ela vai continuar sendo uma
polícia de Estado, uma polícia isenta, fora de qualquer jogo político, e
todas as mudanças de procedimentos que ocorrerem serão para aperfeiçoar o seu trabalho, aliás, aperfeiçoamento que vai ser consolidado, porque ele já vem sendo feito".
Pena que Janio de Freitas não estava lá."
VERA SPOLIDORO , assessora de comunicação do
gabinete do ministro Tarso Genro (Brasília, DF)
Resposta do jornalista Janio de
Freitas - Transmitirei a lição aos
colegas que comentam guerra,
vôos astronáuticos e tudo mais.
Até lá, confirmo que agi "de ouvido", mas também de visão:
TVs exibiram o ministro e Luiz
Fernando Correa dizendo que,
nas ações da Polícia Federal, "a
prioridade vai ser o conteúdo, e
não a imagem" [de TV], e não o
fizeram pela primeira vez. Sem
que nos comuniquemos, também Clóvis Rossi fez observações sobre o sentido crítico da
frase.
Ceará
"Em relação à carta "Jereissati",
publicada ontem nesta seção, o Ministério Público Federal esclarece o
equívoco produzido pela própria
empresa responsável pelo Empreendimento Iguatemi Empresarial em relação ao teor da discussão
colocada pela ação civil pública
ajuizada pelo MPF no dia 23 de
agosto de 2007.
A ação citada pela empresa Jereissati Centros Comerciais se refere a uma primeira iniciativa do Ministério Público Federal, cujo objeto era determinar as áreas de preservação permanente, localizadas
às margens do rio Cocó. Para tanto,
produziu-se uma perícia para identificação da largura do rio, tendo o
laudo atestado que a área do empreendimento não estava dentro
dos limites da APP, em relação à largura do rio. As investigações, no entanto, continuaram.
A ação ajuizada recentemente,
após uma profunda pesquisa de
campo com peritos encaminhados
pela Procuradoria Geral da República, com base em dados técnicos e
científicos, confirmou, no entanto,
que toda a área a ser utilizada pelo
empreendimento é área de mangue, portanto APP, não sendo possível a realização de nenhuma construção.
O Ministério Público Federal repele qualquer tentativa de desqualificar sua atuação institucional no
presente caso, principalmente sob a
alegação de atuação política, afirmando que continuará a atuar de
forma a preservar os direitos constitucionais de proteção ao meio ambiente."
NILCE CUNHA RODRIGUES , procuradora da República do Ministério Público Federal no Ceará
(Fortaleza, CE)
Sete de Setembro
"Numa data tão importante, fico
triste de ver que não temos "alma
brasileira" -nem o nosso povo e
muito menos os nossos governantes.
Este é um dia muito importante,
em que deveríamos estar nas ruas
vibrando e mostrando para as nossas crianças quais foram as pessoas
importantes que deram a independência para o nosso Brasil.
É um dia para ser comemorado
durante suas 24 horas. Em que todos os brasileiros deveriam ter o orgulho de serem filhos e filhas desta
nação. Deveríamos reverenciar
com orgulho e alegria aqueles que
são os eternos responsáveis pela independência do nosso Brasil -dom
Pedro 1º, José Bonifácio de Andrada e Silva e José da Silva Lisboa, o
visconde de Cairu, entre outros.
Por isso digo, como o poeta: "Um
sonho sonhado sozinho, é sonho
por toda uma vida, mas um sonho
sonhado junto, é um sonho que se
torna realidade"."
ANGELITA LOTURCO (Aldeia da Serra, SP)
Vale
"O lúcido artigo do professor
Adilson Abreu Dallari ("Em defesa
do patrimônio nacional", "Tendências/Debates", 5/9) serve não apenas para mostrar a correção da venda da Companhia Vale do Rio Doce
mas também para mostrar as razões pelas quais a Petrobras deveria
seguir o mesmo destino da mineradora."
FABIANO ADAMY (Concórdia, SC)
"Tenho profundo respeito pelo
professor Adilson Dallari, mas, em
relação a seu texto publicado em
5/9, concordo com o professor Fábio Konder Comparato.
A venda da Vale do rio Doce no
governo Fernando Henrique significou mais um dos absurdos cometidos por aquele governo, que, à
época, estava maravilhado com a
globalização e os ideais neoliberais.
Fico triste quando professores de
direito administrativo simplesmente aceitam o discurso dominante e repetem que realmente o
Estado não funciona, que os servidores públicos e governantes são
corruptos e que é a iniciativa privada que deve prestar os serviços para
a população, mesmo que sejam estratégicos, como é o prestado pela
Vale."
TARSO CABRAL VIOLIN , professor de direito administrativo do Centro Universitário Positivo - UnicenP (Curitiba, PR)
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