São Paulo, terça-feira, 07 de outubro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Equador
"Tenho a obrigação de levar ao conhecimento desse jornal que o governo do Equador está atravessando uma situação muito delicada com o governo da Colômbia devido, infelizmente, a uma incorreta tradução das declarações do presidente Rafael Correa feitas à Folha de S.Paulo no dia 30 de setembro, durante a sua permanência em Manaus. Essa entrevista, feita por uma jornalista em português, e o presidente falando em espanhol, não teve uma adequada interpretação, e a Colômbia fez a reclamação sobre a base do que a Folha de S.Paulo publicou na edição de 2 de outubro.
O que o presidente Correa disse à jornalista foi o seguinte, em português: "De nenhuma maneira está superado. Nossas relações estão cortadas devido, entre outras coisas, através da OEA se pediu uma série de informações: as gravações do bombardeio etc., e nada nos entregou a Colômbia. Então, enquanto não temos as satisfações necessárias, sem excluir ações legais pertinentes, não pode se considerar o caso superado. De fato, nunca vai ser superado. Aí houve uma clara agressão deliberada, desleal, ao território equatoriano não por parte de um país que consideramos irmão, mas de um governo que considerávamos amigo. Então essas coisas ficarão gravadas na história como uma punhalada nas costas a confiança que o Equador tinha no governo colombiano. De todas as formas, temos que olhar pra frente e seguir com justiça, com dignidade, e isso implica entre outras coisas que a Colômbia forneça toda a informação de como foi feito esse ataque, que compense pelo menos a vítima equatoriana desse ataque, Franklin Aisalla, e ainda nada disso tem ocorrido". Gostaríamos muito que, conhecendo a seriedade e o prestígio da Folha de S.Paulo, o jornal disponha a publicação de uma aclaração na forma e do jeito que em casos como este é necessário, pelo bem das boas relações que devem primar entre os países da América do Sul. Aproveito a ocasião para apresentar as minhas considerações."
MARIA ISABEL SALVADOR
, ministra das Relações Exteriores, Comércio e Integração da República do Equador (Quito, Equador)

Nota da Redação - A Folha errou e publicou, na edição de domingo (5/10), a reportagem "Uribe cancela ida a cúpula no Equador" (Mundo, pág. A18) e nota na seção "Erramos".

Opus Dei
"Gostaria de saber qual é o critério para ceder um espaço importante de debates e opiniões para um bispo do Opus Dei escrever palavras elogiosas à sua seita como as publicadas em "Tendências/Debates" de 2/10 ("Uma semeadura de paz e de alegria'). Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei, apoiou o regime fascista do general Francisco Franco na Espanha, responsável por milhares de mortes, torturas e perseguições. Meu avô foi perseguido por aquele regime abominável. E agora sou obrigado a ler sobre a "semeadura de paz e alegria do Opus Dei". Quero manifestar meu pesar pelo fato de esse grande jornal ter cedido um espaço, que poderia ter sido usado para discussões mais importantes, para elogios de uma seita fascista."
RODRIGO DÍAZ OLMOS (São Paulo, SP)

Globo
"Em sua campanha sistemática contra a TV Globo, o colunista Daniel Castro, mais uma vez incorre em erros de maneira leviana. Ao tratar da crise no mercado financeiro internacional (notas "Tsunami 1" e "Tsunami 2", Ilustrada, ontem), o setorista de televisão desse jornal informa que a Globo buscou a opinião do economista Maílson da Nóbrega. É falso, bastava -como sempre- buscar confirmação com as partes. Mais afeito a sinopses de novela, avalia como preocupante uma dívida de US$ 665 milhões, ignorando (ou sonegando) que metade desse valor corresponde a bônus perpétuos (sem prazo de vencimento) e que, da outra metade, dois terços vencem em 2022. Para amparar sua tese infundada, ele também esconde que, no mesmo balanço financeiro amplamente divulgado, o caixa era de mais de US$ 1 bilhão. Finalmente, trata como adiamento o que, na realidade, é a iniciativa de negociação da renovação do contrato do apresentador Fausto Silva praticamente um ano e meio antes do prazo. O que é mais preocupante na escalada deste jornalista é que agora ele deixa de fazer picuinha dentro do universo televisivo, passando a disseminar mentiras no campo da saúde financeira da empresa."
LUIS ERLANGER, Central Globo de Comunicação (Rio de Janeiro, RJ)

Eleições
"A surpreendente derrota de Marta Suplicy no primeiro turno e a sua eventual derrota no segundo podem ser um prenúncio da derrocada petista em 2010. Lula terá de provar no segundo turno que a sua popularidade é verdadeira, e não um mico dos institutos de pesquisa."
FILIPE LUIZ RIBEIRO SOUSA (São Carlos, SP)

A distância
"O governo tucano paulista sempre consegue me impressionar: agora decide que as universidades estaduais promoverão cursos de graduação a distância para professores, sobretudo nas áreas de matemática, física, química e biologia. Sua miopia não permite enxergar o óbvio: o problema (em São Paulo, enfatize-se) não é a falta de profissionais formados, mas de condições dignas de trabalho aos docentes da rede estadual. Sou, modestamente, um bom professor de biologia da rede privada e, como muitos de meus colegas, pedi (a contragosto) exoneração de meu cargo efetivo no ensino público estadual. Licenciados em biologia há muitos (demais, até), o que não há é tantos profissionais dispostos a se submeterem às condições de trabalho no magistério público paulista."
FÁBIO SAMPAIO MARQUES (Mogi-Guaçu, SP)

Demissão
"Gostaria de congratular o Mais! pela reportagem sobre a demissão do professor -mestre, é bom lembrar- e poeta Oswaldo Martins ("A guerra das palavras", 5/10). Há alguma corrente de pensamento que condene a combinação de "professor e escritor'? Considerando que tal parecer deva inexistir (assim espero eu), a situação é triste e reflete uma cultura -amplamente disseminada em nossas instituições- de cultivar a hipocrisia. Confesso que combino as profissões de médico e escritor, e sei que a situação descrita na reportagem se manifesta de muitas outras formas em nossa sociedade. Resta-me, nessa ambiente de perplexidade, ficar confortado com o destaque dado pelo jornal ao fato. E, se há uma coisa boa nisso, é ver que o senhor Oswaldo Martins se revela um autor de ótimos poemas. Parabéns à Folha por tê-los destacados."
FERNANDO LEAL, médico e escritor (Teresina, PI)

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