São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2010 |
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Quer dizer que o PV vai demorar 14 dias para declarar apoio a Dilma ou a Serra? E vai precisar de uma convenção para isso? E mesmo depois da convenção o apoio de Marina Silva poderá ser diferente do de seu partido? Essa convenção não definirá o apoio a um dos candidatos? Bom. Ainda bem que Marina não passou para o segundo turno. Um partido que não consegue definir imediatamente após a eleição o seu apoio a um dos candidatos -depois de seis meses de campanha, em que sabia que não passaria para o segundo turno- mostra que não tem coordenação e competência para governar o país. Ou então está ganhando tempo para negociar o apoio, o que também não cheira bem. TONICARLO R. VELASCO (Ribeirão Preto, SP)
O debate sobre o direito ao aborto legal e seguro não pode ser sequestrado e distorcido pelo efeito eleitoral. Dilma e Serra deveriam colocar em evidência um debate sério sobre a situação da saúde das mulheres e deixar que outros setores sociais se ocupem de propor e debater as mudanças legais tão necessárias para dar cidadania e vida de qualidade a todas as mulheres brasileiras. MARGARETH ARILHA, Comissão de Cidadania e Reprodução (São Paulo, SP)
O aborto é questão de saúde pública, inclusive até mesmo descriminalizado no próprio Código Penal (1940) nos casos de estupro e risco de morte da mãe. Esperamos que Dilma Rousseff e José Serra busquem apoios e façam alianças éticas para o segundo turno, evitando a chantagem de religiosos que querem acabar com os avanços médico-científicos e com as conquistas dos direitos das mulheres de não mais serem propriedades do Estado nem dos seus maridos. MAURO ALVES DA SILVA (São Paulo, SP)
A Folha deveria repudiar um debate tão raso sobre o aborto em vez de estimulá-lo com sua manchete de terça-feira, superdimensionando um tema tão maldosamente explorado em época de campanha. MARCOS BROGNA (São Paulo, SP)
Roseana Sarney é a nova governadora do Maranhão, eleita em primeiro turno, com o apoio explícito de Lula. Enquanto isso, registra-se surto de difteria naquele Estado, com seis mortes computadas em 2010. A difteria é doença prevenível por meio de vacinação obrigatória, há muito disponível na rede pública. Morrer de difteria no Brasil de hoje é prova de assassinato por omissão. Como Lula tem coragem de apoiar senhores feudais que mantêm o Maranhão no mais absurdo e anacrônico atraso? JOSÉ MARCOS THALENBERG, médico (São Paulo, SP)
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