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São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Chapéu alheio
"Quão magnânimo é o nosso presidente Lula! Antes de solucionar os problemas de seu próprio país, resolveu terminar com as desigualdades lá na África -e tudo isso com o nosso dinheiro. Por mais necessitados que possam parecer os nossos sofridos irmãos, não fica bem a um presidente sair por aí fazendo barretadas com o chapéu alheio."
Leila E. Leitão (São Paulo, SP)

Renda mínima
"Excelente o artigo de Eduardo Suplicy ("Direito de ser sócio do Brasil", pág. A3, 5/11). É urgente a implementação de um programa de renda de cidadania no Brasil, motivo pelo qual o senador deveria ocupar um ministério -a despeito do que pense o ministro José Dirceu."
Thiago Lopes Ferraz Donnini (São Paulo, SP)

Fome Zero
"As críticas do excelente jornalista Carlos Heitor Cony ("O custo do Fome Zero", Opinião, 4/11) ao Fome Zero talvez se devam à falta de informações sobre o projeto. Hoje, 1,07 milhão de famílias, cerca de 5,5 milhões de pessoas em 1.227 municípios, já se beneficiam dos programas do governo, que têm no Fome Zero o seu foco de ação. Até o final do ano, 3,6 milhões de famílias, cerca de 18 milhões de pessoas, estarão incluídas nos programas do governo. Entre essas ações estão: o programa Cartão-Alimentação, que define benefício de R$ 50, ações emergenciais, que incluem distribuição de cestas básicas a grupos específicos, como comunidades indígenas, acampados e quilombolas, o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, a compra local para programas sociais, o Programa de Incentivo à Produção e ao Consumo de Leite, a ampliação da merenda escolar, a nutrição materno-infantil, os bancos de alimentos, a alfabetização de adultos, a convivência com o semi-árido e a construção de cisternas, o incentivo à formação de consórcios intermunicipais, o registro civil gratuito, os restaurantes populares e as cozinhas e hortas comunitárias. Aproximadamente 50% das empresas brasileiras, segundo dados de pesquisas, já desenvolvem ações compatíveis com o Fome Zero. Noventa grandes empresas são parceiras do programa. De janeiro a novembro, só para citar alguns exemplos, podemos destacar ações que, com a bandeira do Fome Zero, têm a participação de empresas: iniciativas locais em mil cidades pobres do semi-árido (o semi-árido também contará com cisternas construídas por meio de parceria entre empresas e ONGs), combate à exploração sexual de crianças e de adolescentes, programas de alfabetização, programa Primeiro Emprego, programa Quero Ler, que visa instalar bibliotecas em todas as cidades brasileiras, apoio às cooperativas de reciclagem de lixo, a organização não-governamental empresarial Apoio Fome Zero, formada para mobilizar as empresas para causas sociais e para o trabalho conjunto com o governo. Todos os Estados passaram a contar com bancos de alimentos, com o objetivo de evitar desperdícios e de garantir a doação a entidades sociais, restaurantes populares estão sendo instalados em todo o território brasileiro, postos de coleta e de distribuição de alimentos estão sendo instalados em supermercados, agências bancárias e postos de combustíveis (no total serão 70 mil) e há o engajamento empresarial no combate à corrupção nos municípios. Por isso, todas as pesquisas, incluindo a feita pela Folha, indicam a aprovação do Fome Zero, prova de que as ações contam com a confiança da população." Oded Grajew, assessor especial do presidente da República (Brasília, DF)

Maluf
"Em relação à charge publicada na pág. A2 em 4/11, com o título "Pequeno almanaque de curiosidades", solicito a retificação do número de eleitores do senhor Paulo Maluf, pois não fui incluído na estatística. Comigo serão sete os eleitores de Paulo Maluf após a hecatombe, pois, uma vez Maluf, eternamente Maluf."
Roque Roberto Maiello (Sertãozinho, SP)

Cosmologia
"Em relação à reportagem "Instituto de Cosmologia cria "racha" no CBPF" (Ciência, 3/11), temos a dizer o seguinte: 1. pessoalmente, apoiamos a criação do Instituto Nacional de Cosmologia, Relatividade e Astrofísica (Icra-BR) como instituição independente que se comporte como um verdadeiro centro nacional; 2. o chamado "racha" não se restringe ao corpo do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, já que conhecemos muitos pesquisadores que não concordam com a manifestação da Sociedade Brasileira de Física. De um modo geral, e salvo diferenças pessoais, somente pesquisadores de outras áreas são contrários à criação, temerosos de que isso cause diminuição de suas próprias verbas. A cosmologia vem ganhando um impulso considerável nos últimos anos no resto do mundo, mas ainda conta com poucos pesquisadores no Brasil. A criação do Icra-BR seria exatamente uma maneira de corrigir esse desequilíbrio; 3. confiamos suficientemente no quadro de pesquisadores do CBPF para não acreditar que a saída de apenas 10% de seus membros venha a "esvaziá-lo". Crer nisso seria claramente menosprezar os demais 90%."
Ruben Aldrovandi e José Geraldo Pereira, membros do Grupo de Gravitação e Teorias de Gauge do Instituto de Física Teórica da Unesp (São Paulo, SP)

Antenas
"Em relação à reportagem "Ministério critica liberação de antenas" (Cotidiano, 31/10), o Mobile Manufacturers Forum (MMF) -associação internacional de fabricantes de equipamentos de comunicação via ondas de rádio- esclarece que, com base nas amplas revisões de mais de 1.400 pesquisas publicadas -incluindo mais de 350 estudos científicos sobre telefonia celular-, realizadas por diversos governos e autoridades de saúde em todo o mundo, não há nenhuma evidência científica em relação a possíveis efeitos adversos à saúde causados em pessoas que residam perto de estações rádio-base. De acordo com recente posição da Organização Mundial da Saúde, "nenhuma das recentes revisões concluiu que a exposição aos campos de radio-frequência gerados por telefones celulares e estações rádio-base causem qualquer consequência adversa à saúde". As evidências científicas disponíveis são uma base sólida para que confiemos na segurança dessa tecnologia. Mais informações sobre o tema estão no site www.who.int/inf-fs/en/fact193.html."
Aderbal Bonturi Pereira, diretor para a América Latina da Mobile Manufacturers Forum (São Paulo, SP)

Olimpíada
"A nota "Record vai comprar Olimpíada da Globo", publicada em 3/11 na coluna "Televisão" (Ilustrada), assinada por Daniel Castro, informa que a TV Globo estaria negociando um suposto contrato no qual a TV Record adquiriria os direitos de transmissão dos Jogos Olímpicos de 2004. Gostaríamos de comunicar que tal informação não procede, pois não está em curso nenhuma negociação que envolva a venda desses direitos para a TV Record. A Olimpíada é um evento negociado pela OTI -Organização das Televisões Ibero-Americanas- por ordem e conta de seus sócios. A TV Globo e a Band são os únicos sócios brasileiros da OTI e, portanto, apenas essas duas emissoras têm acesso ao evento."
Marcelo Campos Pinto, diretor da Globo Esportes e Juca Silveira, diretor de esportes da Rede Bandeirantes (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Daniel Castro - Globo e Record vêm desde o início do ano negociando para que a segunda transmita a Olimpíada, fato que a Record confirma.


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