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COMPASSO DE ESPERA
Diminuiu o ritmo de ascensão
de Roseana Sarney (PFL). Revelou-o a mais recente pesquisa do
Datafolha para a Presidência da República. Esse fato pode indicar um
primeiro ponto de saturação da estratégia, adotada pelos pefelistas, de
exposição intensiva na mídia da imagem da governadora do Maranhão.
Mais à frente se saberá se é verdade
que a progressão da candidatura Roseana Sarney encontrou o primeiro
obstáculo. Mas, mesmo se confirmada essa hipótese, o movimento
vertiginoso que a colocou em poucos
meses na casa dos 20% das intenções
de voto já pode ser considerado um
dos feitos de marketing político mais
notáveis dos últimos tempos.
Caso esteja em patamar semelhante no começo de junho, é praticamente certo que a correligionária de
Jorge Bornhausen venha a ser oficializada candidata à Presidência da República. Também ao longo deste primeiro semestre de 2002 uma outra
definição, esta no âmbito do PSDB,
irá amadurecer. Trata-se de saber se
a legenda do presidente Fernando
Henrique Cardoso optará por um
nome próprio, o do ministro José
Serra, para concorrer ao Planalto ou
se será atraída para uma aliança
abrindo mão da cabeça da chapa.
O desempenho nas pesquisas é,
obviamente, um dos fatores que vão
pesar nessas definições. Hoje Roseana obtém um resultado superior em
três vezes ao de Serra. Os tucanos
bancarão o nome do ministro se a diferença se mantiver nesse patamar?
Por outro lado, entre 30 de junho
-limite legal para a definição de
candidaturas- e 6 de outubro -data do primeiro turno das eleições-
há mais de três meses. Com as campanhas nas ruas e na TV, é tempo suficiente para que ocorram alterações
significativas no comportamento do
eleitorado. Sob esse aspecto, abrir
mão da candidatura própria pode
implicar a perda de oportunidades.
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