São Paulo, terça-feira, 08 de janeiro de 2002

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COMPASSO DE ESPERA

Diminuiu o ritmo de ascensão de Roseana Sarney (PFL). Revelou-o a mais recente pesquisa do Datafolha para a Presidência da República. Esse fato pode indicar um primeiro ponto de saturação da estratégia, adotada pelos pefelistas, de exposição intensiva na mídia da imagem da governadora do Maranhão.
Mais à frente se saberá se é verdade que a progressão da candidatura Roseana Sarney encontrou o primeiro obstáculo. Mas, mesmo se confirmada essa hipótese, o movimento vertiginoso que a colocou em poucos meses na casa dos 20% das intenções de voto já pode ser considerado um dos feitos de marketing político mais notáveis dos últimos tempos.
Caso esteja em patamar semelhante no começo de junho, é praticamente certo que a correligionária de Jorge Bornhausen venha a ser oficializada candidata à Presidência da República. Também ao longo deste primeiro semestre de 2002 uma outra definição, esta no âmbito do PSDB, irá amadurecer. Trata-se de saber se a legenda do presidente Fernando Henrique Cardoso optará por um nome próprio, o do ministro José Serra, para concorrer ao Planalto ou se será atraída para uma aliança abrindo mão da cabeça da chapa.
O desempenho nas pesquisas é, obviamente, um dos fatores que vão pesar nessas definições. Hoje Roseana obtém um resultado superior em três vezes ao de Serra. Os tucanos bancarão o nome do ministro se a diferença se mantiver nesse patamar?
Por outro lado, entre 30 de junho -limite legal para a definição de candidaturas- e 6 de outubro -data do primeiro turno das eleições- há mais de três meses. Com as campanhas nas ruas e na TV, é tempo suficiente para que ocorram alterações significativas no comportamento do eleitorado. Sob esse aspecto, abrir mão da candidatura própria pode implicar a perda de oportunidades.


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