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UNIVERSIDADE ABERTA
O Ministério da Educação finalizou na semana passada a
contabilização da primeira fase de
oferta de cursos e pólos da Universidade Aberta do Brasil, que deve entrar em funcionamento a partir do
próximo ano. Restam pontos a esclarecer, mas a idéia é uma novidade no
panorama carente de inovação do
ensino superior brasileiro.
O objetivo é aproximar o sistema de
ensino superior público das redes estaduais e municipais de educação básica. Às universidades e centros federais cabe oferecer cursos superiores a
distância, os quais serão ministrados
com o apoio de pólos presenciais
mantidos pelas prefeituras ou Estados. Nesses locais, os alunos recebem orientações de monitores incumbidos pelas universidades de
transmitir o conteúdo pedagógico e
fazer as avaliações. Até o momento,
37 universidades federais e dez centros de educação tecnológica apresentaram projetos de cursos; 360
municípios se propuseram a criar
pólos de apoio.
A proposta deve ser incentivada.
Ela ataca um problema central para a
educação no Brasil -a formação de
professores do ensino público básico- e o faz a partir de uma articulação que deve permitir às próprias
universidades federais tomar conhecimento concreto das fraturas da
educação pública no país.
O modelo proposto permite ainda
que o professor freqüente o curso,
seja de atualização ou de graduação,
no próprio local onde atua. Essa descentralização é importante, visto que
prefeituras e Estados não dispõem
de condições de oferecer uma licença
remunerada para que o docente se
desloque para uma cidade onde haja
uma universidade federal.
A principal vulnerabilidade diz respeito à sabida ineficiência da educação a distância. A freqüência mínima
exigida nos pólos de apoio deve ficar
em torno de 20% do curso. Aumentar esse percentual seria uma maneira de reforçar o vínculo do aluno com
o conteúdo oferecido e reduzir o índice de desistência e dispersão.
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