São Paulo, sábado, 08 de julho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Prisão
"É inacreditável que somente agora o governador Cláudio Lembo tenha se pronunciado sobre o caos encontrado na penitenciária de Araraquara. Há dias eu acompanho a deplorável situação prisional araraquarense. Realmente, acredito que a culpa tenha sido dos detentos pela situação em que se encontram, como disse o governador, mas culpados também são o Estado, que não soube evitar as rebeliões que desencadearam a destruição, e a sociedade, que só começou a olhar para o caos prisional quando se viu ameaçada. Não estou defendendo os detentos, defendo os direitos humanos."

FELIPE TURIONI MARTINS (Araraquara, SP)

Degas mal compreendido
"Não duvidamos do conhecimento do jornalista sobre a obra de Degas, mas ficamos perplexos quando qualificou, no texto "Exposição de Degas ilustra o tempo de crise vivido pelo Masp" (Ilustrada, 7/6), a exposição "Degas - o Universo de um artista" de "retrospectiva". Nunca pensamos nem dissemos, Eugenia Gorini Esmeraldo, Ana Magalhães e eu, ter a pretensão de fazer uma retrospectiva. Seria exercício de outra natureza. Nosso propósito foi, com cinco módulos, apresentar o universo da obra de Degas. De que é feito senão dos mestres que o influenciaram, do trabalho dos seus contemporâneos, amigos e opositores? Foi pensada, isso sim, a partir do notável acervo do Masp com a participação de instituições brasileiras e estrangeiras com quem temos tido parecerias. Escolhemos obras do acervo, além das 73 esculturas de Degas, exatamente as que tinham relação íntima com ele. Na coleção particular de Degas, importantíssima, havia Van Gogh, Gauguin, Cézanne, Picasso, Manet etc., e é conhecida sobre ele a influência de Ingres, Van Dick, Mantegna, Rafael, Tiziano e outros que também o Masp tem e, por isso, os considerou no universo do artista. Sobre gravuras e desenhos, seguramente, é conhecido o julgamento de Deboutin sobre as mesmas, bem como os textos do próprio Degas sobre a importância do desenho. O articulista tem certeza para afirmar que os empréstimos estrangeiros, num total de 84 obras, "não são obras de peso'? O retrato do irmão de Degas, da princesa de Metternich, as bailarinas amarelas, as jovens espartanas, o retrato de sua prima Belleli etc. etc., o jornalista sabe que a crítica internacional as considera como obras-primas? Sobre sua sugestão de expor Tunga, não sei se apresentá-lo no espaço do museu, agora, teria sido melhor escolha curatorial. Neste mesmo jornal, na edição de 11 de junho, no caderno Mais!, foi publicado extenso texto do historiador de arte e professor Jorge Coli no qual é apresentada uma análise bastante positiva sobre a mostra, o que nos parece ser a melhor resposta aos questionamentos do jornalista. Teríamos prazer em acompanhar o jornalista para uma visita à exposição para que, pessoalmente, possa melhor compreender o universo de Degas."

ROMARIC SULGER BUEL, curador da exposição "Degas - o Universo de um Artista" (São Paulo, SP)

Escutas policiais
"Em nota de sua coluna de 30/6, Barbara Gancia diz que "nenhum manual diz que (a imprensa) possa interferir em investigações policiais", referindo-se à suposta publicação de escutas telefônicas da polícia reveladas pelo "Diário do Grande ABC". Ocorre que nenhum manual de Redação diz também que qualquer jornalista tenha o direito de publicar uma notícia sem antes confirmar a sua veracidade. As escutas às quais a jornalista se refere não existem. Basta ler a edição do dia 22/6, quinta-feira, quando foi publicada reportagem em nosso caderno "Sete Cidades" sobre lista que a polícia detém com 80 procurados, supostos integrantes do PCC. Em nenhum momento o "Diário" publicou as escutas da polícia, até porque o jornal trata esse tipo de informação com extremo cuidado, colocando sempre em primeiro lugar a segurança dos envolvidos."

PAULA FONTENELLE, diretora de Redação do "Diário do Grande ABC" (Santo André, SP)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

Pará
"A reportagem "Belém intercala encantos e problemas" (Turismo, 15/6) choca qualquer paraense. Bairrismos à parte, o conteúdo publicado pela Folha desqualifica-se pelo forte ranço de preconceito, contamina-se por subjetividades e põe em dúvida as intenções da pauta. As descrições sobre os problemas da cidade vão muito além da constatação objetiva da jornalista -baseada em fatos que devem ser considerados para o desenvolvimento do turismo local. Baseada exclusivamente na opinião pessoal da jornalista, a reportagem faz uma descrição etnocêntrica de uma cidade que tem história, arte, cultura e pessoas que, entre outras coisas, trabalham para fazer de Belém adequada ao turismo. E grandes conquistas já foram feitas -infelizmente todas ignoradas ou reduzidas a insignificâncias, como se aqui nada tivesse valor e como se as pessoas não devessem ser respeitadas, inclusive as que freqüentam o "Bar do Parque"."

JOACYR ROCHA presidente do Sindicato das Empresas de Turismo do Estado do Pará e ADENAUER MARINHO DE OLIVEIRA GÓES presidente da Companhia Paraense de Turismo (Belém, PA)



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