São Paulo, sexta-feira, 08 de agosto de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Marta
"Diferentemente do que informou o texto "Candidatos inflam dados de suas gestões" (Brasil, 2/8), dados oficiais do Tribunal de Contas do Município, aprovados pela Câmara Municipal e ratificados pelo STF, confirmam que a gestão Marta Suplicy deixou superávit fiscal de R$ 91 milhões no exercício de 2004 e recursos disponíveis em caixa de R$ 358 milhões no último dia do mandato.
Estes dados podem ser checados nos seguintes documentos: parecer do TCM, de 20/6/2005; resolução referente à votação e aprovação destas mesmas contas pela Câmara Municipal em 9/8/2007 (a aprovação, por 37 votos a 13, contou, inclusive, com votos favoráveis de vereadores da oposição); decisão do STF de 17/4/2008 que atesta o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal pela ex-prefeita.
Entre outros dados inexatos veiculados pela Folha, surpreende a referência a um suposto "déficit de R$ 700 milhões", que nunca existiu.
Causa também espanto o jornal acolher e reproduzir, sem checagem, declaração de cunho claramente eleitoreiro do atual secretário de Planejamento, Manuelito Magalhães, sobre uma fantasiosa dívida de R$ 3 bilhões.
O secretário desconsidera a análise técnica do TCM e omite que, em janeiro de 2005, primeiro mês do novo governo, já existiam recursos em caixa mais que suficientes para pagar os compromissos que venceriam a partir de 2005.
Lembro que as contas de Marta foram aprovadas nos quatro anos de sua gestão e reproduzimos o seguinte trecho do parecer do relator das contas de 2004, o conselheiro Eurípedes Sales: "(a gestão) foi responsável do ponto de vista fiscal, aplicando todo esforço para aumentar de maneira significativa a arrecadação do município, mesmo com um grande desgaste público e político para isso"."
CARLOS ZARATTINI, coordenador da campanha de Marta Suplicy (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas Fernando Barros de Mello e Ranier Bragon- A reportagem informou que a "análise técnica do Tribunal de Contas do Município", a partir de dados da própria prefeitura, apontou déficit em torno de R$ 700 milhões. Os números são confirmados no parecer do relator, que opta por não considerar algumas despesas, como as que venceriam em 2005, por exemplo. O jornal informou que o tribunal aprovou as contas.

Alckmin
"Em relação à reportagem "Candidatos "multiplicam" obras nos sites e panfletos" (Brasil, 7/8), a coordenação da campanha de Geraldo Alckmin esclarece que nos governos Covas e Alckmin a cidade ganhou 25,1 novos quilômetros de linhas de metrô.
Foram 3,5 km no prolongamento da Linha Norte-Sul, 2,2 na Linha 2, 2,9 na extensão do trecho Ana Rosa-Imigrantes, e 8,4 na Linha 5, do Largo 13 ao Capão Redondo. Além destas, o metrô levou a Leste-Oeste até Guaianases, com mais 8,1 quilômetros. É o hoje chamado Expresso Leste, operado pela CPTM.
Se considerarmos o prolongamento da estação Imigrantes até a do Alto do Ipiranga, na Linha 2, soma-se mais 1,1 quilômetro, totalizando 26,2. Noventa e oito por cento dessa obra, inaugurada por José Serra, foi executada no governo de Alckmin.
Essa conta não inclui os 12,8 quilômetros da Linha 4, a primeira parceria pública privada do país.
Também estão excluídos os 8,5 quilômetros do prolongamento de Jurubatuba ao Grajaú, com três estações, inaugurado por Serra. Quanto ao número de hospitais, no período Covas-Alckmin foram construídos e ampliados 16 hospitais, só na capital e na região metropolitana, seis deles inaugurados por Alckmin. A idéia, expressa também pelo folheto da campanha, é a da continuidade administrativa, em benefício da população."
EDSON APARECIDO, deputado federal (PSDB-SP), coordenador-geral da campanha do PSDB à Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Catia Seabra - Segundo a própria assessoria do Metrô, foram construídos 16,8 km no governo Covas/Alckmin. Assim como no panfleto do candidato, não estão incluídas as linhas de trem. Ainda segundo o panfleto, foram construídos 14 hospitais na Grande São Paulo. Quatro deles inaugurados no governo de Geraldo Alckmin.

Opportunity
"Em relação à reportagem "Aliado de Dantas doou a presidente da CPI" (Brasil, 7/8), venho esclarecer que as doações que efetuei, de forma transparente e lícita na campanha de 2006, se basearam unicamente em propostas políticas com as quais me identifiquei.
Conheço o deputado Marcelo Itagiba apenas por ter freqüentado a mesma sinagoga que ele; quanto ao deputado Raul Jungman, nunca mantivemos nenhum contato pessoal. A doação pública, legal e declarada a candidatos que expõem propostas em que acredito constitui elemento dos mais comuns em um Estado de Direito.
Esclareço que não só sou o presidente do Banco Opportunity como o fundei, sozinho, em 1994, quando então se chamava Banco Lógica.
Eu controlo e administro o banco em todos os seus aspectos. Isso não quer dizer que não tenho relação empresarial com Daniel Dantas.
Temos parcerias que sempre foram pautadas pela licitude, clareza e publicidade."
DÓRIO FERMAN (São Paulo, SP)

Lista limpa
"Considerando o que se publica na mídia sobre políticos brasileiros, sugiro que o TSE divulgue a lista de candidatos "limpos" em vez da dos "sujos". Com certeza se gastará menos tinta e papel."
ADAUTO FOGAÇA (São Paulo, SP)

Defensoria
"Sobre o artigo "OAB SP quer preservar seu cartório", do jornalista Eli Gaspari (Brasil, 30/7), tenho reparos a fazer. A participação da OAB-SP no Convênio de Assistência Judiciária não resulta em ganhos para os cofres da ordem. Os R$ 272 milhões gastos no ano passado com o convênio da Defensoria são pagos diretamente aos advogados conveniados, por meio de certidões expedidas por juízes de direito depois de concluídas as ações judiciais, prazo que demora anos. O atendimento que a Defensoria Pública de São Paulo realiza, ao custo de R$ 75 milhões, os advogados conveniados pela OAB-SP fazem gratuitamente, uma vez que não são remunerados para dar consultas, o que já é uma distorção. Na Defensoria, este serviço é realizado, em grande parte, por estagiários que recebem para executá-lo. O trabalho dos advogados do convênio é para patrocinar ações judiciais, bem diferente das consultas promovidas pela Defensoria.
A resistência da OAB-SP ao cadastramento direto de advogados por edital se deve ao fato de ele ser ilegal. Está previsto no artigo que criou a Defensoria que só a OAB-SP pode designar advogados para esse trabalho. A Justiça Federal concedeu liminar à OAB-SP asseverando que o edital da Defensoria é inconstitucional e ilegal. A OAB-SP não se opõe a que a recém-criada Defensoria se estruture e tenha quadros suficientes para atender os carentes, mas isso não pode acontecer à custa dos advogados conveniados, remunerando-os com valores aviltantes."
LUIZ FLÁVIO BORGES D'URSO, presidente da OAB-SP (São Paulo, SP)

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