Renan
"Voto secreto é um grande risco para a decência, pois é local onde se escondem os covardes. Portanto, quem aprova sua utilização na votação em plenário na próxima semana sobre a cassação do senador Renan Calheiros joga nesse time.
Aliás, a euforia e o otimismo velados que rondam aquela Casa, apesar da goleada sofrida pelo senador na votação do Conselho de Ética, indicam que muito provavelmente ele sairá ileso de toda essa lambança, apesar de todo o empenho da PF e de outros setores.
Se isso acontecer, deve-se decretar luto oficial por três dias em virtude do falecimento do Senado."
HABIB SAGUIAH NETO (Marataízes, ES)

Educação
"Agradeço em meu nome, no de minha família e em nome de quem tem filhos e pensa num Brasil cada vez melhor, a atitude corajosa, espontânea e digna com que a senhora Milú Villela vem atuando em busca de recursos e soluções para a educação em nosso país ("Mais recursos para a educação", "Tendências/Debates", 6/9), pois somente formando uma nova geração com acesso a cultura e a meios de buscar uma vida saudável e feliz é que teremos um país mais justo e com condições de real crescimento."
GUINA MARTINS (São Paulo, SP)

Brasil
"O processo de favelização das grandes cidades brasileiras e o rosário de mazelas que esses redutos de exclusão humana produzem é desafio que ninguém, governos incluídos, até agora sabe como enfrentar. Urge criar um processo estratégico de combate às causas desses gigantescos apartheids urbanos. Se isso não ocorrer -e já-, corremos sério risco de ver a nação e sua gente trilhar caminhos mais dolorosos do que já estamos vivenciando."
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

Funcionalismo
"O presidente Lula pretende contratar 50 mil novos funcionários públicos, substituindo vagas de setores terceirizados. Em vez de buscar o foco em suas atividades, terceirizando as partes não essenciais, o governo quer substituir empresas e pessoas físicas terceirizadas por funcionários públicos. Isso custa o dobro e, mais do que isso, quando o terceirizado não funciona bem, é simples substituí-lo.
Os custos do governo aumentam o dobro do PIB, mas o governo só pensa em aumentar a arrecadação para cobrir o rombo de péssimos serviços à sociedade. E quem paga somos nós, contribuintes, cada vez mais sufocados.
Que belo Dia da Independência...
Saudades de quando a Coroa portuguesa cobrava apenas 5% da riqueza produzida no país."
RAMOS DE SOUZA JANONES (Ituiutaba, MG)

CPMF
"Chega de CPMF, esta farsa de "contribuição".
Precisam de dinheiro? Diminuam os milhares de contratados-apaniguados-despreparados. Acabem também com viagens e mensalões. Ponham fim em programas que não promovem, mas tão-somente garantem os currais eleitorais. E destinem para o que importa (escola, saúde, emprego) pelo menos metade dos absurdos lucros dos bancos.
Reduzir a carga tributária é para já, antes que ocorra com o Brasil a morte anunciada pelos especialistas no relatório apresentado pela Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento, documento recém-publicado."
ELZA MARIA NACLÉRIO HOMEM BAIDER (Vinhedo, SP)

"Parece que o presidente da nossa República perdeu de vez a vergonha. Declarar que "a prioridade agora é a CPMF" é o mais recente absurdo que a nação pode ouvir de um chefe de Estado.
Se o presidente não sabe, é bom lembrá-lo: a CPMF foi criada pelo então ministro da Saúde, muito bem-intencionado, o digníssimo doutor Adib Jatene, para ser investida na saúde pública, que àquela época já passava por dificuldades.
O dinheiro saiu do bolso do povo e foi desviado para o bolso do governo, que nada fez -fato confirmado pelo país inteiro.
Aos senhores políticos e governantes envolvidos na gana de tirar do povo mais este tributo, é bom lembrar que "a justiça tarda, mas não falha" e que "o inferno é aqui mesmo na Terra.
E o grande PT algoz da CPMF na era FHC, por onde anda agora?"
JANE DUBARUQUE (Mirandópolis, SP)

Arquitetura
"Além de ser apenas mais um caso em Brasília de um prédio em busca de uma função socialmente válida, o Conjunto Cultural da República, onde se insere a Biblioteca Nacional ("Biblioteca de fachada", Ilustrada, 6/9), por sua localização e escala, agride uma das mais belas obras de arquitetura da capital federal: a catedral.
Isso recoloca a sempre válida questão: a partir de que momento a produção de espaços urbanos notáveis deve ser referenciada ao seu entorno?"
RICARDO FARRET, arquiteto (Brasília, DF)

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