São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Eleições
"No caderno "Eleições 2008" de ontem, há diversos exemplos de distorções produzidas pela nossa legislação eleitoral. Em São Paulo, um candidato a vereador conseguiu se eleger com a metade dos votos de outro que não foi eleito.
Eu explico. O candidato Dr. Milton Ferreira, um dos dois votados do seu partido, o PPS, teve a sorte de se eleger, para a última cadeira de vereador, com 14.874 votos. Já o senhor David Soares (PSC), suplente de vereador, teve 27.494 válidos. Ganhou, mas não levou. Aliás, ele suplantou outros 12 vereadores igualmente eleitos.
E tem mais, o Dr. Milton teve menos votos que todos os 14 primeiros suplentes de partidos.
Dá para acreditar?"
JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)

 

"Eis o recado contundente de quase 60% dos eleitores de Belo Horizonte ao governador Aécio Neves (PSDB) e ao prefeito Fernando Pimentel (PT), padrinhos políticos do desenxabido candidato Márcio Lacerda (PSB), que concorrerá com Leonardo Quintão (PMDB) num surpreendente segundo turno do pleito municipal: "Nóis é jeca, mas não é bobo"."
TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

Demissão na escola
"Gostaria de comentar a reportagem "A guerra das palavras", publicada no Mais! de domingo passado.
Sou pai de duas crianças de 11 anos que estudam no Rio de Janeiro, em escola similar à Escola Parque. Ambas estão no 6º ano. Escrevo poesia, algumas das quais de forte conteúdo erótico.
Daqui a alguns anos, quando elas souberem sobre sexo e suas práticas, talvez irão gostar de lê-las; hoje, nem pensar. Não acho que o professor Teixeira deveria ter sido demitido por escrever poesias eróticas, mas tenho sérias dúvidas sobre se minhas minhas filhas ou qualquer outra garota da idade delas -ou mesmo um ano mais velha- têm capacidade para discernir o conteúdo da poesia de Drummond de Andrade publicada -e nem sei se a apreciariam se tivessem acesso a ela.
E, pelo que me consta, Teixeira nunca sugeriu que seus alunos lessem seu blog ou seus poemas."
DANIEL WILLMER (Rio de Janeiro, RJ)

 

"É triste, sobretudo para quem, como eu, é professor de literatura, descobrir o motivo da demissão do professor Oswaldo Teixeira (caderno Mais!, 5/10).
Embora me alegre em saber que a atividade poética ainda pode causar incômodo, fica a pergunta: até quando as escolas particulares serão reféns de gente obtusa, cujo argumento maior é a quantidade de grana na conta bancária?"
LEANDRO VEIGA DAINESI (Lorena, SP)

Vestibular
"Ao ler a Folha de ontem, fiquei chocado com as coisas que encontrei na reportagem "Técnica para melhorar a memória está entre as apostas" (caderno Fovest).
Descobri que praticamente nenhum dos alunos da USP que conheço foi um "vestibulando sério", porque, segundo Antônio Carlos Perpétuo, esses dedicados alunos (os "vestibulandos sérios') estudam "umas 13 horas por dia". Passei duas vezes na Fuvest e uma vez na Unicamp e tenho amigos em várias outras boas universidades públicas (como a Unesp e a Unifesp).
E quase nenhum de nós fez muito além do óbvio para passar: interessar-se pelas matérias e fazer muitos exercícios de vestibulares anteriores. Sem desespero, sem métodos revolucionários, sem "vale-tudo". Foi duro descobrir que nós não somos um bom exemplo para quem gosta de técnicas milagrosas.
Se um dia eu for pai, vou tentar lembrar que, seguindo as sugestões de pessoas que participaram da reportagem, devo ensinar meu filho a escrever de trás para a frente para que ele passe na USP."
RICARDO MIOTO (São Paulo, SP)

Opus Dei
"Ao criticar o espaço dado por este jornal para debates e opiniões sobre a "seita" Opus Dei ("Uma semeadura de paz e de alegria", "Tendências/Debates", 2/10), o leitor Rodrigo Díaz Olmos ("Painel do Leitor", 7/10) agiu justamente como teria agido o regime totalitário fascista do qual seu pai teria sido vítima.
Informo que meu filho mais velho, aos 18 anos, ingressou na citada "seita", fez votos de pobreza e de castidade e até hoje, cerca de 30 anos depois, é um exemplo de solidariedade, amor, paz e alegria."
WASHINGTON MURILO MELO (São Paulo, SP)

COB
"Ao retornar de viagem ao exterior, onde tomei conhecimento da forma como foram feitas as eleições para o COB, quero expressar minha absoluta insatisfação pela maneira como o pleito se deu. O fato de eu ter sido incluído na chapa não significa que concorde com a maneira ilegítima como ocorreu a Assembléia Geral. Li que outras confederações também repudiaram as eleições e com elas solidarizo-me.
Quero igualmente reiterar que sou contrário à candidatura do Rio de Janeiro (ou de qualquer outra cidade do Brasil) aos Jogos Olímpicos de 2016 por achar que nosso país tem problemas sociais gravíssimos a serem resolvidos antes de realizar evento de tamanha magnitude.
Além disso, há que se notar que o TCU não aprovou as contas dos Jogos Pan-Americanos de 2007, e, sendo assim, emitir uma medida provisória que destina R$ 85 milhões a uma candidatura que certamente será derrotada é uma afronta ao povo."
ALBERTO MURRAY NETO , árbitro da Corte Arbitral do Esporte em Lausanne e membro do Comitê Olímpico Brasileiro (São Paulo, SP)

Isonomia
"Alguém precisa lembrar aos gestores públicos em Brasília que a Constituição consagrou o princípio do pacto federativo e do equilíbrio possível entre todos os Estados. Como se explica então que o STF, o STJ, o Itamaraty, o Ministério das Comunicações e outros órgãos federais realizem concursos públicos determinando que as provas sejam aplicadas só em Brasília?
Onde foi parar o princípio constitucional da isonomia, com igualdade de oportunidades para todos?"
ABIMAEL FERRACINNI (São Luís, MA)

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