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PAINEL DO LEITOR
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Educação
"As pseudo-autoridades em educação que se surpreenderam com o
fraquíssimo desempenho dos alunos das escola públicas do Estado
de São Paulo, o pior dos últimos dez
anos (coincidentemente governos
do PSDB), como mostrou o balanço
do Sistema Nacional de Avaliação
da Educação Básica, com certeza há
anos não pisam dentro de uma sala
de aula de uma escola pública.
GILBERTO RIBEIRO DA SILVA (Carapicuíba, SP)
"Nossa, que novidade! A educação está mal das pernas, dos pensamentos, da produção da alfabetização... Quanta novidade!
Será que não seria por conta da
belíssima idéia da "progressão continuada'? Afinal, essa dita progressão continuada é o maior estímulo à
incompetência e à irresponsabilidade. Essa idéia só pode ter vindo
de cabeças que têm o pensamento
do "quanto pior melhor"."
REGINA BERNARDI (Jundiaí, SP)
"Excelente reportagem, triste
realidade. Mais uma vez vemos o
descaso e a ausência de políticas públicas eficazes para combater o
grande mal do Brasil: a falta de educação de verdade.
Vivemos mais uma década perdida, afinal a mola propulsora para
um país entrar no seleto grupo de
países desenvolvidos ainda está
quebrada. A Coréia do Sul deu um
grande salto para o futuro investindo muito em educação."
JOSÉ ALBERTO DA SILVA (Diadema, SP)
Plebiscito
"A informação divulgada por Elio
Gaspari em 7/2 (Brasil), de que
seis deputados petistas sugerem
que seja o presidente da República
autorizado a convocar plebiscitos,
mostra a urgência de serem votados no Congresso Nacional os projetos de lei oferecidos pela OAB (nº
4.718/ 2204, na Câmara, e nº 001/
2006, no Senado) que atribuem o
poder de iniciativa, nessa matéria,
tão-só ao próprio povo ou a um terço dos membros de cada Casa do
Congresso Nacional.
Plebiscitos e referendos são formas de controle popular da ação
dos governantes e não podem servir de legitimação populista para a
instauração de governos autoritários."
FÁBIO KONDER COMPARATO, presidente da Comissão de Defesa da República e da Democracia do
Conselho Federal da OAB (São Paulo, SP)
Universidade
"Sou leitor da "pena arguta" de
Maria Sylvia Carvalho Franco, que,
ontem, nos homenageou com suas
críticas ("Universidades paulistas").
A maioria das questões pontuais
referidas no seu artigo foi explicada
e equacionada. Enquanto o Orçamento não é aprovado, não há possibilidade legal de repassar saldos
de 2006. Isso ocorrerá em uma ou
duas semanas. Contingenciamento
é uma questão de responsabilidade
e nunca se cogitou em repassar um
real a menos do que os 9,57% do
ICMS para as universidades.
Resta explicar o Siafem, um sistema moderno que dá transparência
ao uso de recursos. Nenhum dos
reitores se colocou contrário ao sistema, mas à sua interferência no remanejamento das verbas. As universidades temem burocratizar este trabalho, e o Planejamento entende que o Siafem o facilite. Diálogo, eventuais modificações e acordos resolverão. O governador deu
um longo prazo para isso. É bom informar que, tanto o Judiciário como o Legislativo, que são Poderes
independentes do Executivo, há
muito tempo, estão no Siafem -e
nunca reclamaram disso, pelo contrário.
A discussão da autonomia levantou questões conceituais também
abordadas no artigo, e aí me permito discordar. História pessoal não
afere matematicamente intenções,
mas é uma das melhores formas de
avaliá-las. Nunca se vinculou autonomia à função social, mas é inegável esse papel constitucional das
universidades, e cabe ao governo,
eleito pelo povo (que paga os impostos que geram as verbas das universidades), garantir o seu cumprimento, colaborando com os reitores que são eleitos pela comunidade
interna e, inevitavelmente, pressionados por questões corporativas.
Ou seja, um bom equilíbrio é útil
para todos.
Quando decidimos, no passado,
(1989), a vinculação de verbas para
as universidades, sem o que a autonomia plena inexiste, pensamos e
sugerimos um sistema de metas a
serem atingidas e formas de avaliá-las. A própria universidade, por
meio de um grupo de pensadores,
que está elaborando seu Plano Diretor para o ano 2020, aponta hoje
nessa direção."
JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI, secretário estadual do
Ensino Superior (São Paulo, SP)
Eleição 2006
"Na reportagem "Compra de votos aumentou no Brasil, aponta
pesquisa" (Brasil, pág. A8, 8/2), sobre levantamento da Transparência Brasil a respeito da compra de
votos nas eleições de 2006, o ministro Marco Aurélio Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, é
citado como me acusando de injúria, senão calúnia, por termos imputado àquela Corte a responsabilidade por ela não tomar medidas
preventivas suficientes para evitar
a comercialização do voto.
Não tomarei as palavras do ministro literalmente (a saber, que tenha ele me acusado de crimes), mas
como reiteração da atitude de passividade do TSE em relação ao problema. Se o TSE não é responsável
pela integridade das eleições e não
tem o dever de diagnosticar o vício
para, a partir daí, tomar medidas
preventivas, a quem caberia essa
responsabilidade?"
CLAUDIO WEBER ABRAMO, diretor-executivo da
Transparência Brasil (São Paulo, SP)
Aborto
"Neste domingo, dia 11/2, será
realizado em Portugal um plebiscito para decidir sobre a descriminalização do aborto no país. Assim, como muitos outros países da União
Européia já fizeram, Portugal está
tentando dar um passo a mais para
preservar a saúde de suas mulheres.
Infelizmente, o Brasil parece não
querer debater esse assunto com a
sociedade. Considero incompatível
com nossa cultura e costumes desenvolver leis legalizando ou descriminalizando totalmente o aborto, mas discutir essa possibilidade
para anencéfalos e malformados é o
mínimo que deveríamos fazer.
A opinião dos religiosos e de todos os grupos contra o aborto deve
ser respeitada e entendida. O valor
de uma vida é de fato inestimável."
RAFAEL ROTA (São Paulo, SP)
"Parcela grande da sociedade é a
favor do aborto, dizendo que o feto
não sofre e que a mãe tem direito de
vida e morte sobre ele. Uma mãe
pode fazer o que quiser com a própria vida, mas, no momento em que
começa a gestar uma nova vida, ela
perde esse direito, pois aí passa a
valer a lei da natureza. A nova vida é
mais importante até do que a vida
da mãe, que a qualquer custo deve
levar a gravidez adiante."
MARIA JOSÉ DA SILVA (São José do Rio Preto, SP)
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