São Paulo, domingo, 09 de abril de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Varig
"Comovente a foto da comissária de bordo chorando (Primeira Página, 8/4)! A tristeza não é só dela, mas de todos nós. A Varig era um orgulho dos brasileiros, referência do país no exterior. Perda irreparável, fruto da administração irresponsável de uns poucos. Registro a minha solidariedade a todos os funcionários e funcionárias que estão na iminência de perder seus empregos. Será que não há nada a apurar na área penal contra quem fez isso?"
Pedro Giberti, defensor público (São Paulo, SP)

Transformação social
"Bem fundamentado o artigo "Antropo(hip-hop)logia", de Ferréz, publicado em 5/4. Nós, da comunidade da favela de Heliópolis, que atuamos em projetos que envolvem mais de 2.000 crianças, jovens e adolescentes através da União dos Moradores de Heliópolis, sentimos na pele a exploração que os meios de comunicação fazem das cenas de violência, degradando nossa imagem junto à opinião pública. Acreditamos que seja preciso valorizar as ações locais da comunidade e utilizar o marketing social e as ações de ONGs de apoio como potencializadores reais de transformação social. Fora a indústria do "reality show" nas comunidades!"
José Geraldo de Paula Pinto, secretário da Unas-Heliópolis, e Valteir Santos Pereira, educador do projeto Aprendiz (São Paulo, SP)
 

"O trabalho de pesquisa que MV Bill fez transcende o papel de rapper. Esse trabalho mostra a força individual que cada um possui e que pode ser usada para beneficiar uma comunidade carente, que não são poucas na nossa "pátria mãe gentil". Bill está jogando o jogo do capitalismo com a esperança de reverter os pontos para a Cufa. Ou seja, usou da inteligência, da habilidade de negociação e do seu coração, que muitas vezes se deprimiu ao longo desse trabalho. Enfim, teve atitude e está fazendo a parte dele de modo correto, criativo e pacífico. Achei as críticas de Ferréz um tiro contra os objetivos das classes "esquecidas". Se fosse para fazer rap para criticar a polícia e o racismo, tenho certeza de que Ferréz se juntaria a Bill."
Júlio César da Silva (São Paulo, SP)
 

"Muito me desapontou o artigo assinado por Ferréz na Folha de 5/4. MV Bill criticou o filme "Cidade de Deus", é fato. Entretanto o fez com a propriedade de quem morou lá a vida toda e implementou na comunidade a Cufa (Central Única das Favelas), que, indiscutivelmente, traz cidadania aos beneficiados. Portanto é um crime acusar o rapper de usar a periferia para se promover e questionar onde está a mudança. Ferréz citou Tupac, mas deveria lembrar que o rapper estadunidense fez uso da indústria fonográfica, ostentava ouros e diamantes, era gangsta e ainda deturpava a imagem feminina. Obviamente ele era talentoso, entretanto discurso político ele não tinha. Portanto foi uma citação sem lógica, infeliz. Acredito que o hip hop tenha o direito de ser representado em todos os espaços e pelos principais veículos de comunicação de massa contanto que haja comprometimento com a causa."
Claudio Antonio Adão (São Paulo, SP)

Exército no morro
"Lamentável a decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região de proibir o Ministério Público Federal de prosseguir com as apurações de violação dos direitos humanos por militares que ocuparam o morro da Providência, no Rio ("Justiça pára apuração de ação militar no Rio", Cotidiano, 5/4). Em uma democracia, o mínimo que se espera é que as denúncias de violações dos direitos humanos sejam investigadas e apuradas. E essa função cabe justamente ao MPF. Quem não deve não teme -e o Exército não pode ficar acima da lei."
Renato Khair, defensor público (São Paulo, SP)

A realidade do Brasil
"Eu juro que fiz o exercício de procurar outra palavra que pudesse melhor definir o que senti ao ler a coluna de Mônica Bergamo na sexta-feira pela manhã ("Daslu, MV Bill e a "realidade do Brasil", Ilustrada, pág. E2). Entretanto tal exercício se mostrou vão, porque, na verdade, a palavra que mais pôde abarcar meu sentimento é mesmo "nojo". Este país está ficando surreal."
Júlia Rosemberg (São Paulo, SP)

Saúde
"Primeiramente, gostaria de parabenizar o jornal pelo excelente artigo "Dia Mundial da Saúde: é para comemorar?", publicado sexta-feira na seção "Tendências/Debates". Não é somente o Brasil que possui problemas, mas também Taiwan, por não ser membro da Organização Mundial da Saúde. Sua participação está impedida, não tendo sido permitido nem mesmo o acesso a informações da OMS durante a epidemia da Sars. Como conseqüência, várias pessoas foram contaminadas e perderam suas vidas. Gostaria de fazer um apelo ao gentil povo brasileiro para que apóie o direito dos 23 milhões de taiwaneses em sua luta pela justiça."
Tseng Kun Shui, vice-presidente da Aliança da Comunidade Taiwanesa (São Paulo, SP)

Tortura
"A opinião do articulista João Pereira Coutinho no texto "Os lobos e os cordeiros" (Ilustrada, 5/4), em que busca justificativas para o emprego da tortura, é simplesmente repugnante. É lamentável que tenhamos tal ofensa aos princípios de decência humana publicada pela Folha."
Carlos Roberto Amaral Dias (São Paulo, SP)
 

"João Pereira Coutinho, em seu artigo de 5/4 na Ilustrada, faz uma defesa clara e cínica da tortura como eu nunca esperava ler em lugar nenhum da Folha. Que horror!"
Laerte Coutinho (São Paulo, SP)

CPIs no Estado
"Em relação à carta "Alckmin", do leitor Djalma Pinheiro Gomes ("Painel do Leitor", 2/4), esclareço que o ex-governador Geraldo Alckmin nunca orientou o PSDB, o PFL ou qualquer partido a impedir a abertura de CPI na Assembléia. Alckmin sempre respeitou a independência dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e considera que a instalação ou não de CPIs é uma questão interna da própria Assembléia Legislativa."
Edson Aparecido, deputado estadual pelo PSDB e líder do governo na Assembléia (São Paulo, SP)

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