São Paulo, terça-feira, 09 de maio de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br


Silvio Pereira
"Com base nas notícias divulgadas no fim de semana, tornou-se clara para mim a intenção do nosso presidente e de seu partido: arrecadar a maior quantidade possível de recursos, legais ou não, para financiar a sua permanência no poder, usando todos os métodos que lhes forem convenientes. Estamos assistindo à formação de um novo eixo. Um eixo populista que muito me assusta. A população, manipulada pela mídia governamental, é induzida a ver só o que o governo quer que veja. A imprensa livre -se é que há liberdade com a guerra por verbas publicitárias governamentais- faz a sua parte e corre para acompanhar os fatos que, infelizmente, nem sempre são devidamente apurados."
Johnson Franklim Ramos Pimentel (Ribeirão Preto, SP)

 

"É chegada a hora de o Poder Judiciário (leia-se STF) dar a sua verdadeira contribuição ao país, negando liminar a Silvio Pereira para que deixe de comparecer à CPI ou que lhe permita ficar calado a respeito da sua entrevista."
Osmar Carlos Medaglia (São José dos Campos, SP)

Opportunity
"A reportagem "Silvio Pereira fala e complica governo na teia do mensalão" (Brasil, pág. A4, 7/5) traz informação errada que precisa ser corrigida o mais rapidamente possível. O banco Opportunity não está nem nunca esteve em processo de liqüidação. O erro de informação é repetido na mesma edição, à página A7, na reportagem "Serraglio diz que dívida de R$ 120 mil abala o PT", o que sugere que a persistência no erro não foi acidental. Deve-se ressaltar que a afirmativa errada é séria o suficiente para ser enquadrada como crime contra o sistema financeiro nacional (lei 7.492/86, art. 3º)."
Elisabel Benozatti , assessoria de Comunicação do Opportunity (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos".

Faz-de-conta
"O novo presidente do TSE está coberto de razão quando diz que este é um "país do faz-de-conta", inclusive é um "país do faz-de-conta-que-se-faz-justiça". Os que agora o elogiam se esquecem de que, em julho de 2000, o senhor Marco Aurélio de Mello concedeu habeas corpus ao então proprietário do banco Marka, Salvatore Cacciola, acusado de beneficiar-se de recursos públicos em operação realizada pelo Banco Central (cinco dias depois, o ministro Carlos Velloso, na época presidente do STF, determinou o retorno de Cacciola à prisão, mas ele já estava fora do país)."
Francisco Camilo de Campos (Campinas, SP)

Incentivo esportivo
"Simplesmente irretocável a coluna de Juca Kfouri de ontem ("Incentivo para quem, cara pálida?", Esporte). Mais um projeto de lei que "derrama" dinheiro público em setores que privilegiam poucos brasileiros -no caso, o esporte de competição- e são dirigidos por incompetentes (para dizer o mínimo). Por que não fortalecer programas de massificação do esporte e a educação física nas escolas? A prioridade de nossos governantes é abastecer e socorrer essas castas que estão impregnadas em nosso país. Definitivamente, não há luz no fim do túnel."
Fábio Mancastrope (Taubaté, SP)

Chico
"Lendo a entrevista com Chico Buarque (Ilustrada, 6/5), pensei em Pelé, tão criticado por suas opiniões fora do assunto "futebol". O craque do século pode falhar, como qualquer pessoa, fora de sua especialidade, mas o homem que foi um dos símbolos das Diretas Já, compositor cujas músicas afrontaram a ditadura, não pode ter se tornado tão incoerente nem ser tão cabeça-dura a ponto de não dar o braço a torcer. Esse governo corrupto e sem direção não precisa de defesa, precisa de expulsão."
Nirma Tereza Lemos (Caraguatatuba, SP)

Sabe nada
"Em relação à carta de Silvio Sam publicada ontem ("Não sabe nada"), vemos, mais uma vez, um "brasileiro" se dirigir ao "povo" como se não fizesse parte dele e, pior, agir com total preconceito -e não preocupação- pelo fato de a maioria desse "povo" não saber ler. A preocupação não é com a educação do país, mas, sim, com o "problema desse povo" votar no presidente Lula. O "senhor do outro povo" não deve esquecer que não é de hoje, infelizmente, que temos um grande número de brasileiros analfabetos. E que esses mesmos elegeram governos anteriores (até por duas vezes) e continuam sem saber ler nem escrever. Quando Chico Buarque diz que há realmente preconceito em relação a Lula, concordo plenamente. Também eu decepcionei-me -e muito- com o governo Lula e com o PT, mas também ainda tenho esperanças. Dos muitos que sabem ler e que lêem jornais, alguns só lêem o que lhes interessa e interpretam como lhes convém."
Sonia José Elias Armellini (Campinas, SP)

Cotas
"A aristocracia, que exerceu por muito tempo o poder no país, fazia, quando necessário, algumas pequenas concessões para não colocar em risco o seu domínio. O que surpreende é que pessoas "avançadas" ou "de esquerda" ainda hoje usem o mesmo artifício, impedindo que uma parcela da população participe da elite cultural e científica do país. Ao estabelecer critérios diferentes para aprovação baseados na cor da pele, pratica-se uma forma de racismo camuflada por aparente benemerência, tal como faziam os coronéis do passado. A discriminação, sem dúvida existente na ocupação de vagas no ensino, não decorre da origem racial do candidato. Ela se deve a razões sociais, atinge ampla camada da população e independe da cor da pele. É um efeito da brutal diferença de renda, que não permite aos filhos da população mais pobre concorrer em igualdade de condições com os de famílias abastadas. Estabelecer cotas significa aceitar esta situação e se omitir para não enfrentar as raízes do problema. Como não se pode esperar que a política vigente -de fraco crescimento e de concentração de renda- venha a reduzir a desigualdade em prazo curto, a solução seria um ensino público de qualidade, com professores valorizados, salários compatíveis com a importância de suas atividades, métodos de ensino modernos e programas curriculares adequados."
Pedro Coutinho Neto (São Paulo, SP)

Detran-RJ
"A Folha errou ao afirmar, no título da sua reportagem, que o "TCE reprova gastos do Detran Rio" (Cotidiano, 6/5). O TCE está analisando contratos de secretarias e órgãos do governo do Estado com a Fesp e pediu explicações sobre esses contratos -inclusive os firmados pelo Detran. Não houve, portanto, aprovação ou reprovação dos gastos do departamento (nem de qualquer outro órgão do Estado) pelo TCE. A Folha errou ao afirmar que "um dos contratos do Detran, no valor de R$ 22.013.956, é com o IBDT". O Detran-RJ não tem nem nunca teve nenhum contrato com o IBDT."
Oscar Valporto, assessor de comunicação do Detran (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Sergio Torres - Contrato entre o IBDT e o Detran está sob análise. O objeto da contratação do IBDT pelo Detran, por R$ 22.013.956,00 é o seguinte: "Prestação de serviços no âmbito do núcleo de controle, avaliação e monitoramento de programas e projetos do Detran-RJ". Sobre o título, leia abaixo a seção "Erramos".


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