São Paulo, quarta-feira, 09 de julho de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Morte no Rio
"O assassinato do menino João Roberto Soares é um retrato da patética incompetência e indigência do sistema de segurança pública no Brasil. Cada vez que passo numa "blitz" fico horrorizado com a quantidade de metralhadoras nas mãos dos policiais. É indispensável que governadores e secretários de Segurança sejam proibidos de usar essas formas tacanhas de mostrar autoridade. Nunca antes caminhamos de forma tão evidente para a barbárie."
CLAUDIO JANOWITZER (Rio de Janeiro, RJ)

 

"Mais uma vítima das películas escuras nos vidros dos carros, desta vez um garoto de apenas 3 anos, metralhado no Rio por engano. Até quando vai durar essa idiotice de escurecer por completo os vidros dos carros, impedindo as pessoas de ver quem está no interior dos veículos? Quantos inocentes mais terão de morrer, quantas crianças mais serão esquecidas no interior de carros fechados por conta dessa moda estúpida? Quando o Contran vai proibir o uso de películas escuras?"
GILBERTO ASSAD (São Paulo, SP)

 

"A trágica seqüência de crimes no Rio, praticados tanto pelos marginais como por parte do aparato estatal, é emblemática: prova que o modelo gerencial da máquina governamental brasileira tem de mudar. A filosofia neoliberal do "Estado mínimo", que usou a anemia salarial dos servidores para esse "enxugamento", está dando seus perversos resultados: uma generalizada ineficiência da máquina pública, envolvida em uma estrutura viciada que, alimentada pela leniência das autoridades, estimula a opção pela violência descabida ou pelo crime. Urge corrigir esses desvios gerenciais antes que a onda de violência no Rio se espalhe Brasil afora."
JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

 

"O caso do menino assassinado pela polícia mostra que o Brasil chegou não ao fundo do poço, mas à camada pré-sal na questão da segurança pública. Recente reportagem do Mais! denunciou o péssimo treinamento dos policiais no Rio e a total falta de estrutura e de equipamentos. E o pior é que ninguém faz nada. Os políticos estão mais preocupados em gastar bilhões com a Olimpíada no Rio (porque por trás disso virão negociatas com obras) que em usar o dinheiro do contribuinte para reestruturar a polícia e dar treinamento para formar policiais capacitados, e não esses assassinos de farda, tão perigosos como os bandidos que eles perseguiam."
CRISTIANO REZENDE PENHA (Campinas, SP)

Etanol
"O governo brasileiro pode levar cópias do brilhante artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite (Opinião, 6/7) para compor a "prova da sustentabilidade do álcool brasileiro frente à União Européia" (Dinheiro, 8/7). Nosso etanol não compete com alimentos. Com as políticas adotadas por agências de fomento à pesquisa (Fapesp, CNPq, Finep), teremos um desenvolvimento grande do etanol celulósico, que não usa só cascas de árvores, como diz a reportagem, mas também o bagaço e a palha da cana."
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

Lei seca
"Os bares e restaurantes tentam na Justiça derrubar a lei seca, que reduziu seu faturamento. Deveriam contar com o decidido apoio das funerárias e dos fabricantes de caixões de defunto, também cruelmente atingidos pela nova lei. Se as coisas continuarem nesse ritmo -menos bêbados, menos mortos-, aonde essa injustiça vai chegar?"
VALDIR SANCHES (Guarulhos, SP)

Fichas sujas
"A mídia informa que a Advocacia Geral da União, refletindo a posição do presidente, deu posição favorável à liberação dos candidatos com ficha suja -contestando ação da AMB- e sugere que, se a legislação atual não atende aos interesses dos cidadãos, que compete ao Congresso modificá-la. A AGU espera que as raposas políticas entreguem à Justiça a chave do galinheiro?"
MÁRIO ALVES DENTE (São Paulo, SP)

Banco Central
"Em relação à reportagem "BC pressiona para elevar juro de longo prazo" (8/7), o Banco Central esclarece que não manifesta suas opiniões por intermédio de fontes anônimas e que sua posição sobre a Taxa de Juros de Longo Prazo, assim como sobre outros temas, é expressa por meio de documentos e declarações oficiais e de manifestações formais nas instâncias de governo."
ALEXANDRE PINHEIRO , assessor de Imprensa do Banco Central (Brasília, DF)

Cotas
"Emocionado e emocionante o artigo "Um débito colossal" , de Fábio Konder Comparato (Opinião, 8/ 7). Como afirma o "Le Monde", só seremos uma democracia decente quando superarmos as "desigualdades insolentes entre ricos e pobres", e evidentemente isto passa pela questão racial. É uma pena que figuras públicas como Elza Soares façam apologia contra as cotas. Ao contrário do que canta a artista, a verdade é que este país vai ficando cada vez mais branco! Uma pena."
ELTON RODRIGO SIMM (São Paulo, SP)

 

"Fábio Konder Comparato escreveu um brilhante artigo sobre as desigualdades originadas por questões de raça no Brasil a fim de defender as cotas para negros no ensino público, e cita a Constituição, que coloca como objetivos fundamentais da República "erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais" e promover "o bem de todos" sem preconceitos de qualquer espécie. Será que entendi mal? Está escrito "sem preconceitos de qualquer espécie", mas quando é para reduzir desigualdades pode haver preconceito? Minha filha, por ser branca, deve ser preterida no ingresso a uma faculdade pública pela sua cor? A luta deve ser pela melhoria do ensino público em geral, pois à universidade deve continuar o acesso pelo mérito."
MARCELO AVELAR DE MELLO (Belo Horizonte, MG)

Pacaembu
"Quero felicitar a Folha pela matéria muito bem conduzida pela repórter Cristiane Capuchinho (Imóveis, 6/7) sobre o ato autoritário do secretário da Cultura do Estado de São Paulo, flexibilizando uma diretriz de tombamento do bairro do Pacaembu sem os estudos necessários e em inteiro desacordo com a vontade da cidade."
PEDRO ERNESTO PY (São Paulo, SP)

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