São Paulo, sábado, 09 de agosto de 2008

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Painel do Leitor

Olimpíada
"Que show de organização e beleza a China proporcionou ao mundo.
Foi de arrepiar a confraternização dos povos em torno de um único objetivo. A China tornou-se merecedora dos aplausos de todos os povos do mundo inteiro.
Quem dera essa confraternização fosse também no mundo político."
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)

 

"Só faltou mesmo a cineasta do nazismo, Leni Riefenstahl, para filmar o gigantesco e feérico espetáculo da abertura da Olimpíada da China. Ela repetiria o famoso "Olympia", filme em que retrata não só a Olimpíada de Berlim mas a "grandeza", a "saúde" e o poder dos arianos da Alemanha de Hitler."
IZIDORO BLIKSTEIN, professor de comunicações e semiótica da FGV e USP (São Paulo, SP)

 

"A cerimônia de abertura da Olimpíada foi espetacular, a maior de todas. Harmonia perfeita, criatividade e justas homenagens, como a do menino de nove anos que foi um grande herói no terremoto de Sichuan.
São momentos que ficam marca dos pela emoção, alegria e interação entre os povos.
O grande prazer seria estar lá para assistir. Mas aí já é coisa para presidente da República."
HABIB SAGUIAH NETO (Marataízes, ES)

Semana feliz
"Semana feliz para o Estado democrático de Direito e para os que defendem, respeitam e lutam pelos direitos e garantias fundamentais.
As proibições da "lista suja" de candidatos, do uso indiscriminado de algemas e de buscas em escritórios de advocacia são exemplos claros de um sistema legal moderno, que se preocupa mais com a efetividade de suas medidas do que com a pseudo-sensação de segurança que elas podem causar."
AUGUSTO DE ARRUDA BOTELHO, diretor do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (São Paulo, SP)

 

"É por estas coisas que eu adoro a Folha.
O editorial "Decisão do eleitor" (Opinião de ontem), querendo fazer média, elogia o Supremo de um país imaginário. Mas, ao lado, a coluna de Eliane Cantanhêde ("Presunção eterna') faz o leitor cair na real e ver o lixo que nós todos contribuintes temos que agüentar por termos um sistema judicial e político que cada vez funciona menos -e, quando muda, é para pior."
AGNELO ROSSI (São Paulo, SP)

 

"Creio que os 90% dos eleitores que apoiaram a inelegibilidade dos candidatos que respondem a processos devem estar decepcionados com a decisão do STF. Para se candidatar a funções como gari ou motoboy, por exemplo, os candidatos não podem nem sequer figurar na lista do SPC ou da Serasa, o que é perfeitamente justo.
Para ocupar um cargo eletivo público, por mais alto que seja, estar sendo processado nada significa."
LUIZ FERNANDO DA SILVA ASSIS (Salvador, BA)

MST
"É lamentável ver, na mesma edição da Folha (7/8), uma opinião como a do senhor Silvano Corrêa ("Painel do Leitor'), que critica o MST, e a notícia de que a Câmara aprovou juro menor em dívida rural (caderno Dinheiro).
A renegociação deverá ser de R$ 80 bilhões, envolve retirada de multa por atraso em dívidas, desconto de até 80% do valor da dívida, troca da Selic e outros benefícios que nós, pobres pagadores de Imposto de Renda na fonte, nem sonhamos alcançar um dia.
E todo mundo reclama do fato do Lula dar "esmola para os pobres".
Os desmatadores ficam com o dinheiro da madeira e os caboclos com a fumaça das queimadas."
MIRTES MENDES MARUES GONÇALVES (São Paulo, SP)

Educação
"Em relação à reportagem "Haddad diz que avaliação era "festa" na era FHC" (Cotidiano, 7/8), o Ministério da Educação esclarece que a referência feita ao "período anterior" não se reporta a governos anteriores, e sim a uma metodologia vigente até o ano passado, em que as comissões de avaliação atribuíam conceitos aos cursos superiores sem a necessidade de se manifestar sobre os indicadores de qualidade apurada pelo Inep, seja o provão ou o Enade."
NUNZIO BRIGUGLIO, assessor especial do Ministério da Educação (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Antonio Góis - O exemplo que o ministro citou para mostrar o descompasso entre a avaliação de concluintes e a de especialistas foi o do Provão, criado no governo FHC e extinto no governo Lula.

Universidade
"Em relação às reportagens sobre o resultado do Enade (Cotidiano 2, 7/8), a Unip esclarece que, na análise de seu desempenho, deveria ser considerado o fato de ela oferecer cursos em 18 campi, localizados em 18 municípios situados em três Estados e no Distrito Federal.
Dessa forma, o número de cursos com resultados insatisfatórios é de, em média, 1,5 por campus.
Se considerarmos, porém, apenas os campi localizados no Estado de São Paulo, essa média cai para menos de um único curso por campus. Contamos, inclusive, com vários campi sem nenhum curso avaliado insatisfatoriamente. Destacamos ainda que a Unip tem quatro cursos com IDD 5, valor máximo deste índice.
A propósito, a Unip é a instituição particular que obteve maior número de IDDs de valor máximo, sendo superada, em todo o Brasil, apenas por uma instituição pública: a Universidade Federal de Mato Grosso."
JOÃO CARLOS DI GENIO, reitor da Unip (São Paulo, SP)

MIS
"Lamento profundamente não ter sido ouvida na reportagem sobre a reabertura do MIS ("MIS repaginado", Ilustrada, 6/8).
Seria necessário dizer que nunca o MIS, sob minha direção, emitiu notas frias. Seria justo dizer também que na minha gestão iniciou-se o processo de inventário do acervo; salvamos a história oral do museu e realizamos uma parceria com o Instituto Moreira Salles para salvar 30 mil negativos que estavam rigorosamente "podres" no fundo do quintal.
Estávamos preocupados em restaurar o acervo fílmico e fotográfico que sofrem ainda hoje, após a reforma, com a falta de uma reserva técnica adequada.
É importante dizer ainda que, embora tenha ocorrido denúncia do Ministério Público contra o Museu da Imagem e do Som, não existem provas que comprovem essas denúncias, por que são inverdades.
E mais: nada foi feito nas dependências do museu sem o devido conhecimento da Secretaria de Cultura.
Acrescento que o meu orçamento foi de R$ 1,8 milhão -a nova gestão tem R$ 4 milhões."
GRAÇA SELIGMAN, ex-diretora do MIS (São Paulo, SP)


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