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São Paulo, terça-feira, 09 de setembro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Caça
"A nota "Caça às bruxas", publicada na seção "Painel" (Brasil, pág. A4, 7/9), que revela que a administração municipal do PT vai buscar identificar os missivistas dos jornais de São Paulo, deixa clara a arrogância do partido, que não admite discordâncias."
José Sinésio de Morais (São Paulo, SP)

Sete de Setembro
"A reportagem "Alckmin e Marta são vaiados em SP" (Brasil, pág. A6, 8/9) demonstra uma cobertura tendenciosa do veículo contra a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. A Folha explicita nesse episódio que há dois pesos e duas medidas em sua cobertura quando se trata da prefeita ou do governador. Houve um só protesto durante as comemorações do Sete de Setembro no Anhembi -o de funcionários da Febem contra o governador Geraldo Alckmin. Os manifestantes não se calaram durante o anúncio das autoridades presentes. Isso é muito diferente de um protesto contra a prefeita. Embora esses sejam os fatos, a Folha faz uma escolha editorial em que o protesto específico contra os assassinatos de funcionários da Febem em Franco da Rocha seja interpretado como uma vaia (também) à prefeita."
José Américo Dias, secretário de Comunicação e Informação Social da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Lilian Christofoletti - As vaias começaram assim que o governador Geraldo Alckmin foi anunciado pelo locutor e prosseguiram durante o anúncio do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Nigro Conceição. Quando a prefeita Marta Suplicy foi citada, aumentou a intensidade dos apupos.

Encontro
"Em relação à entrevista feita comigo e publicada no último sábado ("E agora, companheiro?", Ilustrada, pág. E1), gostaria de esclarecer que, quando disse ter estado uma só vez com Roberto Marinho, referia-me ao encontro que tive na Redação de "O Globo". Na sua casa do Cosme Velho, estive várias vezes, satisfeito com a maneira gentil com que me distinguiam ele e sua esposa, dona Lily. É claro que Roberto Marinho foi uma grande figura do jornalismo na vida brasileira -inteligente e generoso com os que com ele trabalharam, independentemente de sua posições políticas."
Oscar Niemeyer, arquiteto (Rio de Janeiro, RJ)

Provão
"A coluna "Tendências/Debates" de 6/9 ("O provão deve ser extinto?", pág. A3) merece ser lida em público quando for discutida nas comissões de educação da Câmara e do Senado a nova proposta de avaliação do ensino superior brasileiro. O artigo dos professores Luiz Araújo e Dilvo Ristoff conseguiu demonstrar de forma clara e didática por que o provão deve acabar. O texto sintetizou, com absoluta realidade, todos os pontos criticados durante os oito anos de aplicação do exame por especialistas e educadores de universidades públicas e particulares."
Milton Linhares, vice-reitor da Universidade Bandeirante de São Paulo (São Paulo, SP)

Neoliberal
"O calote com que o governo argentino ameaça o FMI merece muita atenção do governo brasileiro. Todos sabem que a política neoliberal adotada pelo governo argentino foi a mesma adotada pelo Brasil. Os argentinos apenas acreditaram mais nela e estabeleceram um câmbio fixo preso à Constituição. O Brasil, apesar dos prejuízos, conseguiu evitar o pior. A situação do Brasil, com uma dívida que corresponde a 62% do PIB, também é grave. Apesar de toda a boa intenção que o governo Lula demonstrou ao manter os contratos e acordos com o FMI, a sangria de recursos é muita alta. A reforma tributária em andamento no Congresso deveria prever um limite de endividamento do governo federal de, no máximo, 20% do PIB. Não é justo que um governo de esquerda sacrifique o povo, reduza a dívida e perca a próxima eleição para que venha outro governo de direita e endivide o país novamente."
Antonio Negrão de Sá (Rio de Janeiro, RJ)

Gatos
"Gostaria de parabenizar Danuza Leão pelo seu excelente artigo de 7/9 ("Um gato", Cotidiano). A colunista, de uma maneira muito sensível, abordou o tema dos animais abandonados. Tenho certeza de que seu texto vai ajudar muito as pessoas a se conscientizarem desse problema. Fiquei também muito satisfeito com a conclusão do texto, na qual reconhece a necessidade de esterilizar os animais domésticos."
João Manoel Aguilera Júnior (Campinas, SP)

Financiamento
"Na condição de trabalhadora brasileira, sem nenhuma outra fonte de renda além do meu salário, quero saber o que justifica eu contribuir para o megainvestimento dos bem-sucedidos empresários Rogério Fasano e João Paulo Diniz? Levando em conta que trabalho quatro meses do ano para o governo e que o BNDES investiu R$ 20 milhões no Hotel Fasano, das citadas famílias, no qual a diária custará a bagatela de US$ 280 a US$ 800 (de acordo com nota publicada ontem na coluna Mônica Bergamo, Ilustrada, pág. E2), gostaria muito de ser esclarecida (e acredito ser de interesse dos outros investidores anônimos do empreendimento) pelo site do BNDES sobre os seguintes pontos ocultos: 1. O que justifica a aplicação do dinheiro público em investimento privado dessa natureza? 2. Em relação à expectativa de lucro dos investidores, qual será o retorno para os cofres públicos? 3. Quantos empregos pode gerar esse hotel que oferece bebida cuja dose custa o dobro do salário dos ajudantes de limpeza, conforme está na nota da coluna?"
Malu Maia (São Paulo, SP)

INSS
"Atendendo à solicitação da leitora Maria Clara Avelar, publicada ontem nesta seção, gostaria de informar que: 1. a Procuradoria do INSS, renovada nesta gestão, vem tendo desempenho inédito. No primeiro semestre de 2003, a arrecadação da dívida ativa foi de R$ 429 milhões, 127% maior do que no mesmo período do ano passado; 2. a nova estratégia de cobrança de dívidas, mais interessada em penhorar parte do faturamento de grandes empresas do que em buscar bens cujos valores demoram a ingressar nos cofres públicos, tem revelado grande êxito. Dias atrás, um grande banco com sede no Rio de Janeiro depositou R$ 100 milhões devidos para não ter o seu faturamento penhorado após decisão judicial; 3. a fiscalização sobre as contribuições previdenciárias decorrentes de ações trabalhistas também surtiu efeito. No primeiro semestre de 2003, essa fonte de receitas somou R$ 364 milhões, 14% a mais do que no mesmo período do ano passado; 4. todas essas medidas, contudo, por mais bem-sucedidas que sejam, não resolveriam o problema da Previdência do setor público, que tem fonte de financiamento diversa da das receitas do regime geral, administrado pelo INSS. Portanto a reforma da Previdência precisa ser concluída a despeito de ações contra os sonegadores."
Wladimir Gramacho, assessor especial de Comunicação Social do Ministério da Previdência Social (Brasília, DF)

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