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Renan Calheiros
"O mandato não é de Renan, é do
povo, que, por isso mesmo, pode
cassá-lo por meio de seus representantes. Quando um mandato é usado de forma imoral, quando o povo
é traído, ele tem o direito de cassar
esse mandato. Infelizmente, a sessão e a votação serão secretas."
SUELY REZENDE PENHA (Campinas, SP)
"A notícia de que "o Senado decidirá o futuro de Renan Calheiros
em sessão secreta" apresenta dois
erros. O certo seria: "o Senado decidirá o futuro de "muitos senadores
às escondidas"."
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)
"A próxima quarta-feira será o
dia "D" da democracia: mesmo o voto sendo secreto, todos nós sabemos que o povo já cassou Renan Calheiros, em nome da decência, da
coerência, da lei e da justiça.
Caberá aos senadores apenas veicularem, pela votação, mesmo secreta, a vontade do povo, pelo povo
e para o povo. Caso não o façam, a
partir de então poderão ser considerados cúmplices dolosos, mostrando a verdadeira face da quadrilha política que se esconde por trás
de siglas partidárias, ideologias
alienígenas, demagogia assistencialista e submissão covarde aos apelos do poder."
SAGRADO LAMIR DAVID (Juiz de Fora, MG)
"Infelizmente, por ele ser um político fluminense, nunca tive o prazer de dizer: "Votei em Gabeira".
A sua coluna de ontem ("Duelo ao
entardecer", Opinião, pág. A2), ao
discorrer sobre o caso Renan, é de
uma lucidez impressionante. Retomo o parágrafo final: "Os que se calam hoje deveriam consultar a história (...). Os momentos de cumplicidade com o crime são doces e suaves. A vergonha vem depois".
Grande Gabeira."
FRANCISCO PEDRO (Barretos, SP)
CPMF
"Em parte está correto o artigo de
Vinicius Torres Freire de 7/9 ("Espírito de porco e outras porcarias",
Dinheiro).
O governo FHC criou a CPMF
para a saúde. Depois ela foi diluída
no Orçamento e, agora, não se tem
controle sobre seu destino, que deveria estar ligado à saúde.
Outra coisa, porém, é aceitar a
CPMF como mais um tributo, pois
ela tem o "espírito de porco" de incidir sobre todos os débitos em conta
corrente, independente da natureza do débito. Assim, por exemplo,
para pagar um Darf, que já é um imposto que entende que salário é
renda, paga-se CPMF, e assim sucessivamente.
Ora, é possível pagar tributo sobre tributo? E é possível que um tributo que não tem uma causa específica possa ser cobrado quando
existem impostos progressivos que
melhor se adaptariam à realidade
brasileira?
Além do mais, a CPMF fica somente com o governo federal, que,
desde FHC, vem aumentando seus
gastos, muitos dos quais sem nenhum retorno para a sociedade."
FRANCISCO C. TAVARES (Mogi das Cruzes, SP)
Pedágios
"Realmente a indecência de nossos governantes não encontra limites. Além de termos de trabalhar e
pagar milhões em impostos para
sustentar o governo, quando chega
um feriado somos submetidos à humilhação de passarmos horas em
engarrafamentos por culpa dos pedágios, que, mesmo faturando milhões diariamente, não podem nos
dias de início e fim de feriado isentar os motoristas de pagamento ou
pelo menos instituir um método de
pagamento adiantado.
No Brasil é assim: além de pagar,
temos que nos aborrecer e ser insultados, tendo que "patrocinar" essas empresas particulares que se
adonaram do patrimônio público,
construído à custa de nossos impostos."
ANTONIO CALADO (Rio de Janeiro, RJ)
Aviação
"Mais uma vez, nosso presidente
da República e seu ministro da Defesa demonstram o profundo desrespeito que nutrem pela categoria
dos aeronautas e aeroviários -e
também pelos passageiros.
Na ânsia de criar um novo "cabide
de emprego", inventaram agora a
Secretaria de Aviação Civil, outro
órgão que não servirá para nada e
que, como sempre, vai ser "comandado" por uma pessoa totalmente
desconhecedora dessa atividade
("Ex-secretária da Previdência de
FHC comandará aviação", Cotidiano, 7/9).
O governo preferiu arranjar uma
economista de banco público, outra
pessoa que, como as "altamente
qualificadas" que mandam na Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac), nada entende de aviação ou
do setor.
As catástrofes ocorridas recentemente na Amazônia e em Congonhas não serviram de lição para
nossas autoridades.
Para o governo, a única coisa que
interessa é "ficar bem" com sua base
partidária."
ANTONIO CALADO (Rio de Janeiro, RJ)
Dois tratamentos
"O arcebispo metropolitano de
São Paulo, dom Odilo Scherer, nos
deve uma explicação satisfatória
sobre o porquê da diferença de tratamento.
Recentemente, não autorizou
que o movimento "Cansei" se utilizasse das instalações da catedral
paulistana, mas agora permitiu ao
movimento Grito dos Excluídos a
sua utilização, inclusive com colocação de uma urna no altar."
JOSÉ CASSIANO DOS SANTOS
(Presidente Venceslau, SP)
Saúde
"O ministro da Saúde, em Buenos
Aires, declara que o aborto é uma
"tendência mundial" e que ninguém
pode negar que é um problema de
saúde pública. Por que ele não faz
um plebiscito sobre o tema?
E, curiosamente, não vejo o ministro se referir aos reais problemas
de saúde pública do Brasil, como a
malária, a leishmaniose, a hanseníase, as hepatites B e C, a tripanossomíase, a esquistossomose, a
maioria deles conseqüência do mau
investimento orçamentário em saneamento básico."
HERBERT PRAXEDES (Niterói, RJ)
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