São Paulo, sábado, 10 de abril de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Chuvas
"Alguém precisa dizer ao presidente que ninguém está usando a tragédia no Rio para fazer "joguinho político pequeno" ("Gastos oficiais com estragos superam verba de prevenção", Cotidiano, ontem).
Foi simplesmente o TCU que constatou a mais nova maracutaia envolvendo Geddel Vieira Lima. Os dados são claros. Geddel privilegiou o Estado da Bahia.
Lula, como sempre, passa a mão na cabeça de mais um aloprado."
PAULO CARDOSO DA SILVA JÚNIOR (São Paulo, SP)

 

"Estamos estarrecidos com os acontecimentos no Rio de Janeiro.
A cidade, que deveria ser exemplo de modernidade, o cartão-postal do Brasil, está mostrando que é na verdade uma cidade de Terceiro Mundo: bonita por natureza e devastada pela negligência, omissão e corrupção de seus administradores.
Será que esses administradores, coincidentemente da "base aliada", conhecem a lei de uso e ocupação do solo urbano? Será que sabem o que é um alvará de construção, um Habite-se, um registro imobiliário de lote urbano? O Estado do Rio virou uma verdadeira terra sem lei."
CARLOS ALBERTO M. FRANCO SANTOS (Belo Horizonte, MG)

Voto de presos
"Sobre a negação do voto a presos, torna-se clara a intenção dos que defendem essa ideia de aplicar uma pena segregadora. É pura vingança? Então, além de não haver nenhuma possibilidade de humanização no sistema prisional, não se aplica uma obrigação que é direito de todos os brasileiros?
Por que não somos mais honestos sobre o que realmente queremos para os presos?
A sociedade que se sente tão insegura não pode esperar nada mesmo dos governos, nem mesmo redução da violência e ressocialização do preso."
ADERLAN CRESPO (Rio de Janeiro, RJ)

Peru
"No artigo "As emendas e o soneto" ("Tendências/Debates", 7/4), José Paulo Cavalcanti Filho faz afirmações falsas com respeito à relação do Peru com três países vizinhos. O senhor Cavalcanti Filho faz menção de que "o Chile duela com o Peru pelo deserto de Atacama, na Corte Internacional de Haia" e de que "o Peru litiga com o Equador na cordilheira do Condor e no vale do Cenepa, e com a Colômbia na zona do rio Putumayo".
Considero necessário fazer as seguintes aclarações: Em relação ao litígio com o Equador, devo assinalar que o Peru não tem nenhuma discrepância limítrofe com essa nação desde o acordo definitivo de paz assinado pelos dois países, precisamente em Brasília, em 28 de outubro de 1998.
A respeito da afirmação do autor em relação à Colômbia, cabe destacar que não existe nenhuma disputa fronteiriça entre o Peru e a Colômbia desde o Tratado de Limites e Navegação Fluvial, assinado em Lima, em 24 de março de 1922.
Finalmente, esclareço que a demanda apresentada pelo Peru na Corte Internacional de Haia com o Chile se refere unicamente à delimitação marítima."
RICARDO GHIBELLINI , embaixador do Peru (Brasília, DF)

Ficha limpa
"Em resposta à não votação do projeto ficha limpa, o leitor Wilson Nascentes Queiroz ("Painel do Leitor" on-line, ontem) sugere que os eleitores devem dar o troco não votando em "safardana nenhum nas próximas eleições".
Discordo do leitor, pois acho que nunca devemos votar em políticos safados, em hipóteses nenhuma.
Aliás, até acho uma perda de tempo o empenho que se está fazendo para aprovar projeto de lei que impede a candidatura de políticos que estão respondendo a processo.
O povo mesmo pode decidir isso, mediante o voto. Afinal, é pelo voto que a vontade do povo se manifesta diretamente. Não há razão para temer que esses candidatos sejam submetidos diretamente ao crivo popular.
Ou será que a vontade do povo só é legítima quando se manifesta mediante políticos e magistrados?"
GERALDO MAGELA DA SILVA XAVIER (Belo Horizonte, MG)

 

"No Brasil, o senhor Paulo Maluf está para a probidade e a decência como o finado delegado Fleury esteve para os direitos humanos.
Na ditadura, houve uma "Lei Fleury". Corre-se o risco agora, na democracia, de uma "Lei Maluf" ("Maluf age em causa própria, diz Procuradoria", Brasil, 7/4).
O Ministério Público é a instituição que vela ao pé dos interesses indisponíveis da sociedade, como está na Constituição. Qualquer projeto de lei que pretenda coibir a ação do Ministério Público deveria ser fulminado na própria Comissão de Constituição e Justiça."
FLAVIO FLORES DA CUNHA BIERRENBACH , ministro aposentado do Superior Tribunal Militar (São Paulo, SP)

 

"O leitor Newley S. Amarilla ("Painel do Leitor", 8/4) diz que o projeto de lei 265/2077, de Paulo Maluf, é inútil porque há dispositivos legais para responsabilizar membros do Ministério Público que atuem em desconformidade com a lei.
Mas, se o projeto é inútil, por que certos promotores e procuradores são contrários a ele e tanto se mobilizam para não aprová-lo?"
ADILSON LARANJEIRA , assessor de imprensa de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Aposentadoria
"Um servidor público do Poder Executivo federal que cometa crime grave é punido com a demissão.
Basta ver as expulsões aplicadas pela Controladoria-Geral da União aos servidores daquele Poder nos últimos tempos. Nessas, não há direito nenhum por parte de quem foi punido, tendo esse que se virar para manter o próprio sustento.
Já no caso dos juízes, quando são pegos com a boca na botija, são aposentados compulsoriamente, com direito a provimentos, como se no exercício da função estivessem ("Desembargador acusado de vender sentença é aposentado", Brasil, ontem).
É uma espécie de férias permanentes, em que podem desfrutar dos vencimentos da aposentadoria e, em muitos casos, daqueles obtidos ilegalmente no exercício da função."
GREGÓRIO DINIZ (Brasília, DF)

 

"Aposentar um juiz ou desembargador por ele ter cometido um crime não é punição, é premiação.
Isso é um incentivo ao crime. A pessoa sabe que, se o crime der certo, ficará milionário; se falhar, ela será aposentada com altos benefícios."
RADOICO CÂMARA GUIMARÃES (São Paulo, SP)

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