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LUCIANO MENDES DE ALMEIDA
Assembléia Geral da CNBB
Terminou ontem, em Itaici, SP, a
41ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB), reunida de 30/4 a 9/5. Compareceram 305 bispos, que contaram
com a presença do Núncio Apostólico
dom Lorenzo Baldisseri e de 124 sacerdotes, além de diáconos, religiosos/as
e leigos/as.
Esses dez dias são a grande oportunidade dos bispos católicos do Brasil
de se encontrarem a cada ano para estreitar laços de união e de amizade,
trocar experiências pastorais em comum e avaliar, diante de Deus, o desempenho de seu ministério. São dias
dedicados à oração, a celebrações da
Eucaristia e ao ofício divino, intercedendo pelo bem espiritual do povo.
O tema central da pauta era a avaliação do quadriênio cessante e a definição das "Novas Diretrizes e Objetivo
Geral da Ação Evangelizadora" para o
período de 2003 a 2006. A assembléia
era também eletiva dos dirigentes da
CNBB.
Houve cinco assuntos considerados
prioritários: 1) a definição de dez comissões episcopais de Pastoral, leigos
presidentes serão membros do novo
Conselho Episcopal de Pastoral (Consep), 2) o estudo da vida e ministério
dos presbíteros, preparando o tema
da próxima assembléia, em 2004, 3)
incremento do Ano Vocacional em
curso em todas as dioceses, 4) a aprovação do Estatuto Civil da CNBB, 5) a
confecção do Relatório Econômico de
2002.
Uma série de questões foram escolhidas para exposição e análise: a) a
criação de um mutirão nacional para a
superação da miséria e da fome, b) a
análise da conjuntura nacional, c) a
atuação dos movimentos religiosos
autônomos que vieram multiplicando-se no Brasil, d) a posição da Igreja
Católica e das Evangélicas quanto à
atuação política, e) a programação da
4ª Semana Social Brasileira de 2005, f)
a elaboração da mensagem para o Dia
do Trabalhador, comemorado em 1º
de maio.
A pauta incluiu ainda importantes
comunicações: a principal referiu-se
ao 40º aniversário do primeiro documento publicado pelo Vaticano 2º:
"Sacrosanctum Concilium", que
orientou e promoveu as reformas litúrgicas destes decênios. Marcantes
foram as informações sobre "Diretrizes para o Diaconato Permanente", o
"Diretório Nacional de Catequese" e o
"Diretório de Pastoral Familiar", frutos de vários anos de trabalho. Chamou a atenção o excelente informe
elaborado pelos oito bispos da Comissão Episcopal da Amazônia, colocando em evidência o apelo de cooperação missionária na região que ocupa
quase metade do território nacional.
O relatório suscitou forte interesse.
Pode-se afirmar que essa assembléia
ficará na história da CNBB como selo
do pacto de apoio fraterno e concreto
às comunidades da Amazônia. Outros
temas completaram a pauta: informação sobre a Pastoral Carcerária, o Fórum Mundial Social e a lei nº 9840.
O dia 3 de maio foi dedicado ao retiro espiritual sobre "Misericórdia", sob
a orientação de dom Eduardo Koaik, e
se concluiu com o ato de devoção filial
e a peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe (Campinas). Na noite de 5 de maio, realizou-se a Celebração Ecumênica da Paz,
com a presença de vários irmãos de
outras igrejas, que nos honraram com
sua participação.
A eleição levou à escolha dos novos
dirigentes -presidente: dom Geraldo
Majella Agnelo (Salvador, BA), vice-presidente: dom Antonio Celso de
Queiroz (Catanduva, SP), secretário-geral: dom Odilo Scherer (bispo-auxiliar de São Paulo) e dos responsáveis
das dez comissões de Pastoral e do representante no Celam. Foram dias de
fraterna amizade entre os bispos e de
profunda união com o Papa João Paulo 2º. Dias de oração, trabalho e vontade intensa de evangelizar com o olhar
e o coração voltado para os desafios,
sofrimentos e alegrias do nosso povo.
Agradecemos a todos os que nos
acompanharam com suas preces.
D. Luciano Mendes de Almeida escreve aos sábados nesta coluna.
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