São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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União estável gay
Tive a grata satisfação de analisar a charge de Penett sobre a união estável de casais do mesmo sexo (Opinião, 8/5). A figura insta uma reflexão sobre o julgamento do STF, ao analisar a "união" entre a Justiça (cega e, portanto, impessoal) e a República, traduzindo a vontade popular e suas variantes.
Sou oficial da PM paulista e, como trabalho numa área em que a Parada Gay é uma das maiores operações anuais, nós, servidores da segurança, teremos tal fato (e tal charge) como tema a ser discutido. Tais atitudes revelam o verdadeiro e central papel do jornal: o estímulo à discussão e à formação própria da opinião pública, respeitando as diversidades.
WILLIAM THOMAZ (São Paulo, SP)

 

Não pude deixar de me sentir incomodado com a opinião do leitor Adalberto Fernando Santos a respeito da união estável homoafetiva ("Painel do Leitor", ontem). Dizer que esse tipo de acontecimento "não é bem-aceito" em nossa sociedade é ser retrógrado. Nosso Estado é laico e, além de laico, possui inúmeras religiões e crenças que não concordam em todos os aspectos.
GIOVANE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

 

À acertada decisão do STF sobre a união civil gay, segue-se o movimento conservador tentando resguardar o próximo "front" tido como sagrado: a adoção de crianças. A ideia de que um casal gay não possa criar adequadamente uma criança não tem respaldo algum.
ALAN DEMANBORO (Osasco, SP)

 

A união estável entre pessoas do mesmo sexo é um tema que está longe de ser consensual.
Sua regulamentação me parece exigir consulta popular, mediante plebiscito ou referendo. Afinal, vivemos numa democracia.
ION ARTUR MIRANDA DE ANDRADE (São Paulo, SP)

Bin Laden
É graças a leitores como Roldão Senger ("Painel do Leitor", ontem) que existem os "Bin Ladens da vida". O terrorista, que certamente se julgava "do bem", entendia estar vingando agressões à sua crença e, obviamente, não agiu como poltrão, pusilânime, pedindo justiça: foi à luta, da sua desastrosa maneira.
Em que difere a ação de uns e outros nessa "guerra do bem contra o mal", quando se sabe que muitos grupos terroristas foram financiados pelos EUA? O que diferencia o bem do mal é a aplicação da justiça (acusação formal, provas, julgamento imparcial e direito de defesa), ainda que para facínoras.
CELSO BALLOTI (São Paulo, SP)

 

A propósito do editorial "Recaída imperial" (Opinião, 8/5), creio que Osama bin Laden vivo levaria a uma série de atentados violentos como forma de pressionar pela sua libertação. A instabilidade no mundo seria infinitamente maior do que poderá ser numa reação à sua morte.
LUIZA F. MAIA (Salvador, BA)

Kassab
O prefeito faz política partidária com dinheiro público. Essa é a única explicação para o fato de Raul Jungmann e Marco Maciel serem nomeados para conselhos administrativos de empresas municipais. Esses políticos não têm nada a ver com os interesses dos paulistanos e têm tudo a ver com os interesses do prefeito. Injustificável.
FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)

 

Marco Maciel, ex-vice presidente e ex-senador, conta pontos no conselho de administração de qualquer empresa. A despeito da política partidária, ele tem cacife para integrar conselhos em SP e conselhos em multinacionais.
VALDEIR CELESTINO DE OLIVEIRA (Cotia, SP)

Copa 2014
O editorial "Fiasco em construção" (Opinião, ontem) alerta, com propriedade, para sinais cada vez mais evidentes de atrasos nas obras de infraestrutura para a Copa de 2014. O governo parece se fazer de cego, surdo e mudo em relação a isso, já que tem a medida provisória nº 521 pronta para ser usada, devendo pagar às empreiteiras preços exorbitantes para que entreguem as obras no prazo.
Enquanto isso, a infraestrutura do essencial vai ficando para depois, para uma data remota que talvez nunca chegue.
JAIME LUIZ LEITÃO RODRIGUES (Rio Claro, SP)

Código Florestal
O artigo do deputado Ivan Valente "Código Florestal: pressa é inimiga do futuro" ("Tendências/Debates", ontem) colhe projeções onde não semeou fatos.
Sugere que a isenção da reserva legal para propriedades de até quatro módulos, que eu defendo, aumentará o desmatamento em "até 70 milhões de hectares".
A aritmética quer saber como.
A área total dessas propriedades é de 80,2 milhões de hectares, segundo o IBGE. Se existissem 70 milhões de hectares de mata para derrubar, eles representariam cobertura vegetal de 87%, superior à reserva exigida para a Amazônia, que é de 80%.
A maioria das pequenas propriedades está sujeita a uma reserva de 20%. Pelo artigo, em vez de terras em uso há séculos, existiriam nestas áreas verdejantes parques florestais. O articulista parece seguir aquela orientação caipira: "Chuta pro mato, que o jogo é de campeonato".
ALDO REBELO, deputado do PC do B e relator da reforma do Código Florestal (Brasília, DF)

Propaganda oficial
Em relação à matéria "Propaganda oficial dobrou na eleição" (Poder, ontem), a Petrobras esclarece que o orçamento para investimentos em publicidade da companhia em 2011 é de R$ 250 milhões. Portanto não procede o valor de R$ 375 milhões informado por esse jornal.
LUCIO MENA PIMENTEL, gerente de imprensa da comunicação institucional da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

RESPOSTA DO JORNALISTA BRENO COSTA - O valor citado na reportagem consta do relatório atualizado da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) acerca de todos os contratos publicitários celebrados pelo Poder Executivo.

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