São Paulo, segunda-feira, 10 de julho de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Correios
"Em face de reportagem que vincula meu nome ao preenchimento de cargos nos Correios ("Sarney defende reeleição e elogia "presidente operário", Brasil, pág. A7, 8/7) quero esclarecer que não indiquei ninguém, não articulei nomes nem tive conhecimento antecipado do assunto. Meu discurso de apoio ao presidente -como declarei ao pronunciá-lo- estava para ser feito há uma semana, não o sendo por falta de tempo nas sessões, e era necessário, porque, sendo candidato a senador em coligação de candidatos diferentes, devia fixar minha posição oficial no PMDB. Não teve nenhuma outra correlação."

JOSÉ SARNEY (Brasília, DF)

Copa
"Quero expressar minha imensa alegria pela vitória da Itália. A equipe foi superior em campo o tempo todo, e mesmo tendo sofrido um pênalti no começo da partida, não baixou o moral e marcou um gol. Foi para a prorrogação e ganhou lindamente nos pênaltis. Mostrou que tem garra, nada a ver com a seleção do Parreira. Viva a Itália, quatro vezes campeã do mundo, e que vingou a derrota do Brasil contra a França."

LENICE MACHADO (Paris, França)

"Comecei a ver o jogo no exato momento em que se reprisava Zinedine Zidane cabeceando um jogador italiano. Cartão vermelho, indignação, raiva, assombro. Zidane, o grande jogador, que tanto fez bonito nesta Copa, em seu último jogo, na prorrogação, agir assim? Mas um ato pontual costuma ser fruto de todo um processo; parece um pouco cínico acusar Zidane, sozinho, de violento sem considerar a situação, aquilo a que os jogadores são submetidos, os xingamentos, os treinos mesmo quando estão sentindo dor, a infinita cobrança de performance. Foi um ato imoral de Zidane, não é mentira, assim como não é toda a verdade."

ANA FLÁVIA TAVARES (São José do Rio Preto, SP)

"Será que Zidane ainda será "endeusado", após a agressão da qual foi protagonista na partida final da Copa do Mundo, vista por mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo? Essa Copa foi de resultados pífios e o marketing faz as pessoas acreditarem que jogadores sejam deuses."

DENIS SCHAEFER (São Paulo, SP)

"Procurando ver o lado bom da derrota do Brasil para a França e a conseqüente eliminação da Copa: ao menos a conquista do hexacampeonato não poderá servir de narcótico para a população brasileira em véspera de eleições."

BERNARDO BICALHO CARVALHAES (Belo Horizonte, MG)

Cotas
"Sou bisneta de escravos e índios; afrodescendente? A resposta pouco me importa. Acho um absurdo o Congresso tentar votar, sem debater, o Estatuto da Igualdade Racial. Que igualdade é essa? Concordo quando se afirma que nunca houve um amplo debate sobre a discussão do racismo. O racismo está aí e precisa ser combatido diariamente por todos nós brasileiros, brancos, amarelos, negros, índios. Ano passado fui obrigada a responder um questionário do Ministério da Educação, na escola de meus filhos, em que deveria classificá-los como: brancos, amarelos, pretos, índios, entre outros itens de que não lembro. Achei a providência o maior ato de racismo; classificar crianças para que fim? Qual o objetivo da pesquisa? Incentivar o racismo entre eles? Qual a diferença da criança carente negra ou branca? Que tal começarmos uma ampla campanha para discutir a igualdade de todos?"

RACHEL ROCHA (São Paulo, SP)

"Sou amplamente contrário ao estabelecimento de cotas para qualquer coisa e por qualquer motivo. Concordo com os argumentos que sublinham a discriminação implícita e oficial que se está a construir. Contudo, creio que esta consideração só é realista em países que alcançaram um sistema público efetivamente democrático. Não é o nosso caso. Sempre usufruí do sistema público de educação e, na medida em que avancei, pude perceber a diminuição, gradativa e constante, de negros entre meus colegas. Já lecionei em uma instituição pública de ensino superior e hoje leciono em uma particular: raríssimos eram os negros na pública, poucos os são na particular. Portanto, mesmo contrário à política de cotas, se esta é a única solução possível no curto prazo, até que se construa uma efetiva e democrática política educacional (o que não se faz no curto prazo), apóio tal política emergencial."

DANIEL D. BARBOSA (Belo Horizonte, MG)

Distribuição de renda
"O destaque na pesquisa Datafolha divulgada domingo por este jornal é que, pela primeira vez na história recente deste país, os eleitores da classe C são maioria em relação aos das classes D/E. Parece-me óbvio que o processo de distribuição de renda neste governo está sendo mais eficiente em relação aos governos anteriores."

JOSÉ RODRIGUES JÚNIOR (Uberlândia, MG)

Ensino médio
"Ainda bem que o ensino de filosofia e sociologia passaram a ser obrigatórios, como mostra a reportagem no caderno Cotidiano (8/7, pág. C6). Com tantos escândalos de corrupção e de falta de ética em geral, essa medida possibilita a formação de cidadãos mais críticos e conscientes, fazendo com que nós, brasileiros, acreditemos em um futuro diferente. Estranho, apenas, o fato de as aulas já serem obrigatórias em São Paulo, pois quase todas as escolas de que tenho conhecimento não as oferecem."

MAX LUIZ GIMENES (Santo André, SP)

Hipertensão
"A reportagem "Além do 12 por 8" (Equilíbrio, 29/6), baseada na viagem da repórter Flávia Mantovani a Nova York a convite da empresa farmacêutica Novartis, trata do tema da pressão arterial com uma abordagem favorável ao tratamento da hipertensão por meio de medicamentos em detrimento da mudança de hábitos e do estilo de vida das pessoas. Estamos numa época em que a medicina é cada vez mais guiada pelo poder econômico das grandes empresas farmacêuticas. Colocam-se em circulação remédios que não foram objeto de estudos de médio e longo prazo -ou foram, mas sob patrocínio de empresas. Mais tarde, descobrem-se grandes prejuízos para a saúde da população -vide os casos do Vioxx e da terapia de reposição hormonal. A reportagem peca ao tratar um único estudo como novo paradigma. A repórter até cita contrapartidas ao estudo, e dicas de mudanças de hábitos, mas o leigo, lendo todo o texto, fica com a impressão de que deve tratar-se. Pior, a repórter indica o nome do novo medicamento que a Novartis vai lançar. Mais propaganda, impossível."

PRISCILA BAPTISTÃO (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Flávia Mantovani: A reportagem tratou das novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Hipertensão e destacou a polêmica em torno do uso de remédios, com a opinião de especialistas que sugeriram mudanças de hábito e criticaram a medicamentação excessiva. Diferentemente do que escreve a missivista, a reportagem cita apenas a substância ativa do novo medicamento.

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