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MORTE NAS ESTRADAS
É preocupante o resultado do
levantamento do Departamento de Estradas de Rodagem (DER)
acerca de acidentes fatais ocorridos
nas estradas paulistas. De acordo
com a pesquisa, o número de mortes
e acidentes nas rodovias do Estado
vem crescendo, apesar dos investimentos feitos pelo governo de São
Paulo na fiscalização eletrônica.
De 2003 a 2004, o número radares
para controle de velocidade nas rodovias paulistas mais que dobrou,
passando de 79 para 163. No mesmo
período o volume de multas também
aumentou. Em 2003 eram 754 mil;
em 2004 saltaram para 1,4 milhão.
Não obstante, a quantidade de acidentes cresceu cerca de 9%, sendo
que as ocorrências com vitimas fatais
tiveram um aumento 4%. No primeiro semestre deste ano, verificou-se a
mesma tendência. A média de acidentes por dia já chega a quase 200.
Seria precipitado ver nesses números a prova cabal de que a fiscalização eletrônica não produz bons resultados. Há outras estatísticas que
demonstram o contrário. De acordo
com técnicos do setor, sem os aparelhos de monitoramento, a situação
provavelmente seria ainda pior.
É difícil determinar com precisão
por que o aumento da quantidade de
radares não tem sido acompanhado
pela queda do número de acidentes e
mortes. Especialistas levantam algumas hipóteses para explicar o fenômeno: a distribuição de radares pode
estar sendo feita de maneira imprópria, a quantidade de equipamentos
seria insuficiente e a velocidade talvez tenha perdido importância como
causa de acidentes fatais.
São possibilidades que precisam
ser mais bem averiguadas pelos responsáveis pelo setor para que se estabeleça um diagnóstico mais preciso
e se tomem as medidas necessárias
para reverter essa tendência.
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