São Paulo, quarta-feira, 10 de setembro de 2008 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Leia mais cartas na Folha Online www.folha.com.br/paineldoleitor Mundo menos humano "Sou educadora e sempre aprendi que devemos reavaliar constantemente nossas atitudes pedagógicas. Digo isso porque, no caso da morte dos irmãos Igor Giovani e João Vítor, não é o que vejo por parte do Conselho Tutelar, do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e também da Justiça brasileira -na pessoa do desembargador Antonio Carlos Malheiros. Para eles, a atitude da senhora Edna Amante foi correta. Mas é óbvio que não foi. Se ao menos reavaliassem a atitude, a forma como trabalham... Mas não. Justificam tudo, lavam as mãos. Foi dito que os meninos "manipulavam a realidade", "inventavam coisas", "como estratégia de sobrevivência"... Meu Deus, é óbvio que teriam que lutar em benefício próprio, todos lutamos por nossa vida, nossa sobrevivência, ou não? Achar que não erraram e justificar a atitude é o que causa mais indignação, pois passa a impressão de que algumas pessoas nasceram apenas para sofrer, que ninguém pode fazer nada e que tudo se justifica -e tudo se repete e nada se modifica. Isso é mais horrível que o esquartejamento. É esquartejar a esperança de um mundo mais humano." MARIA JOSÉ SPEGLICH (Campinas SP)
Saúde
Resposta do jornalista Rogério
Pagnan - A juíza federal, em sua
sentença, considerou que o processo realizado pelo município
para contratação das OSs afrontou a legislação por realizar
contratos "sem licitação". "Como moradora da zona leste, parabenizo a juíza Maria Lucia Usaia por proibir as entidades privadas de gerenciarem as unidades de saúde pública. O perigo de OS ligadas a entidades religiosas limitarem as políticas de saúde com base em seus critérios religiosos já é realidade em São Paulo. O acesso a laqueadura, vasectomia, anticoncepção de emergência, entre outros itens da saúde pública, está sofrendo restrições nas unidades gerenciadas por OS ligadas a grupos religiosos. Cabe ao Estado garantir a saúde para todas as pessoas, sem distinção ou restrição, segundo os princípios de universalidade, integralidade e eqüidade que baseiam o Sistema Único de Saúde." EDNEIDE MARIA DIAS , estudante de direito, integrante do grupo Católicas pelo Direito de Decidir (São Paulo, SP)
Fumo
Educação
"Sou professora, pesquisadora da UFMG em temática ligada ao ensino superior, e visitei nos últimos tempos, para meu trabalho, sete universidades públicas de Minas Gerais. E não vi anacronismo por onde passei, diferentemente do que mostra o editorial "Inchaço acadêmico" (Opinião, 5/ 9). O que vi foi trabalho, muito trabalho. Professores lotados de compromissos, com várias reuniões acadêmicas, preocupados em produzir e publicar, atentos ao repertório cultural dos alunos, empenhados em torná-los mais críticos e conscientes. E, se não bastassem tantas atividades e preocupações, o que vi foi gente com garra, mais se assemelhando a operários de uma usina tamanho é o controle da Capes com seu sistema de avaliação. Portanto, não há como a universidade estar parada em tempos em que o trabalho do docente da educação superior se projeta segundo uma lógica de eficácia e produtividade ditada pelo mercado." MICHELINE MADUREIRA LAGE (Timóteo, MG)
Defensoria
Leia mais cartas na Folha Online |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |