São Paulo, sábado, 10 de novembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Energia
"Muito oportuno o artigo de Paulo Ludmer de 8/11 ("Energia: mesmo fruto", "Tendências/Debates'). Onde estão a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, e o Ibama, que tanto fazem para impedir o crescimento não só da agricultura mas do Brasil?
Como são defensores tão ferrenhos de nosso ambiente, por que não se manifestam em relação ao aumento da energia suja em nossa matriz? Ou estariam apenas defendendo interesses de índios e ONGs, sem interesse real pelo Brasil? Será que uns hectares a mais de pastagens, de soja e de lagos para hidrelétricas na Amazônia são piores do que a geração de energia suja pelo resto da vida?
Afinal, qual é o real interesse desse governo do PT?"
CIRO ANTONIO ROSOLEM, professor titular do Departamento de Produção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp (Botucatu, SP)

Gás e petróleo
"Na quinta-feira, tivemos duas grandes notícias. Uma boa: a Petrobras descobriu reservas estimadas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de petróleo e gás.
Outra ruim: devido às condições impostas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis nos seus leilões, a empresa teve que admitir dois sócios estrangeiros, que levaram 35% do negócio. Perdeu o país de 2 a 3 bilhões de barris a serem extraídos."
DIOMEDES CESÁRIO DA SILVA, vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras -Aepet (Rio de Janeiro, RJ)

Desigualdades
"É muito bom que, na mesma edição em que nosso presidente fez artigo dizendo que seu governo tem trazido crescimento econômico com redução da desigualdade, possamos ler a verdade: a concentração de renda continua no país ("Classes A e B têm a maior alta na renda média, diz pesquisa", Dinheiro, 9/11)."
BRUNO AUGUSTO SOUZA DE MEDEIROS (São Paulo, SP)

Desperdiçada
"O editorial "Chance desperdiçada" (Opinião, 8/11) contém dois lugares-comuns, uma controvérsia e uma omissão. Trata-se de unanimidade no país de que "o poder público precisa reduzir, paulatinamente, a fatia da renda que exige dos contribuintes".
Igualmente, não há discussão quanto à necessidade imperiosa de alcançar "progressos sistemáticos na produtividade e na qualidade dos serviços públicos".
Mas a "receita" desta Folha é controversa quando se trata de diminuir "a proporção das despesas de manutenção da máquina", leia-se gastos com a folha de salários dos servidores.
Em que pese ser um discurso grato ao neoliberal típico, a realidade mostra que, segundo a OCDE, o Brasil possui menos servidores para cada mil habitantes do que países como Alemanha, EUA, Espanha, França ou México. Não parece factível melhorar a "qualidade dos serviços públicos" apenas com ganhos de produtividade. Que o digam fiscais do Ibama e do Serviço de Inspeção Federal.
Mas o que dizer do escandaloso ralo das despesas com pagamento de juros? Por que a mídia em geral, e a Folha em particular, blinda esse assunto? Não seria o caso também de criar políticas que possibilitem a redução paulatina do que há de excesso nesses gastos?
Penso que a Folha tenha desperdiçado uma grande chance de discutir uma das maiores mazelas de nossa sociedade e a principal responsável pela fatia excedente de impostos que o governo "exige dos contribuintes"."
JORGE BREDER (Campinas, SP)

Amazônia
"A minha declaração "em região mais apta à soja, manter floresta por opção [econômica] seria burrice", publicada no texto "Mercado de CO2 reduz 70% do desmate" (Ciência, 7/11), merece esclarecimentos.
Na ocasião da entrevista, me referia ao ponto de vista do produtor que, tendo o direito legal de desmatar (20% da propriedade rural no caso da Amazônia), não deixaria de fazê-lo (para plantar soja), em função da ausência de valor ou de devida compensação pela opção em manter a floresta em pé. É exatamente essa falta de valor econômico para a conservação florestal que tem estimulado, em grande parte, a conversão de milhares de hectares de florestas na Amazônia em, por exemplo, pastagens extensivas e de baixa produtividade.
Derrubar florestas, na verdade, traz desvantagens enormes, principalmente neste momento em que o seu valor para o equilíbrio climático regional e planetário, para a conservação da biodiversidade e para a manutenção de chuvas está mais do que reconhecido. Além do fato de existir uma enorme área já desmatada e que se encontra abandonada e disponível ao setor agropecuário."
PAULO MOUTINHO, coordenador de pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia -Ipam (Brasília, DF)

CPI do Corinthians
"Esse sepultamento da CPI do Corinthians é, nada mais, nada menos, um trailer do que iremos assistir daqui a sete anos, com Ricardo Teixeira comandando a comissão que organizará a Copa 2014.
Podemos esperar durante a organização da Copa uma farta distribuição de benesses, compra de opiniões, desvio de recursos e falcatruas diversas, para, no final, caso alguém pretenda criar uma CPI para apurar os crimes cometidos, de novo não dar em nada.'
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)

Privatização do Besc
"É de lamentar que o articulista Marcos Nobre ("Lembretes", Opinião, 6/11) leia apenas a Folha. No dia 28/10, "O Estado de S. Paulo" publicou artigo do deputado Paulo Renato Souza contra a incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina pelo Banco do Brasil. O deputado voltou, então, a falar no assunto, que é um dos pilares do seu mandato: a defesa intransigente da privatização e o questionamento da reestatização de diversos segmentos da economia."
LUÍS JORGE NATAL, assessor de imprensa do deputado Paulo Renato Souza (Brasília, DF)

Reeleição
"O texto "Proposta sobre 3º mandato é desarquivada" (Brasil, 1º/11), incluiu uma proposição do deputado Valdemar Costa Neto no contexto de um desarquivamento que "permite a reeleição sem limites para cargos majoritários". A reportagem, no entanto, não informou que a PEC citada é contra a reeleição.
Além de não mostrar que o parlamentar defende o fim da reeleição, o texto não noticiou que a PEC de Costa Neto vem sendo reapresentada desde 1998.
A omissão da informação pode ter induzido a erro o bom jornalismo de "O Diário de Mogi", que, citando a Folha, noticiou que Costa Neto agora defende a reeleição."
VLADIMIR PORFÍRIO, assessoria de imprensa do Partido da República (Brasília, DF)

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