São Paulo, Quinta-feira, 11 de Março de 1999
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PAINEL DO LEITOR

Apelo

"Presidente FHC: eu, como cidadã com muito amor pela minha pátria, tenho o dever de participar e ser otimista. Por isso, peço encarecidamente medidas de urgência contra o desemprego.
Não devemos ficar procurando culpados para mais esta crise e sim, soluções. Sei que os tempos são difíceis, mas para os desempregados a situação é dificílima."
Maria Luiza do C. Silva (Cotia, SP)

FMI

"Não deixa de ser curiosa a implicância do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) com o FMI. Até parece que é o FMI que precisa do Brasil e não o Brasil que precisa do FMI.
Se o objetivo é criticar FHC por ceder às exigências do Fundo, seria bom que, antes, o senador, ou quaisquer outros políticos que tenham exercido alguma influência no governo, façam uma autocrítica e verifiquem se não são igualmente responsáveis por tal situação."
Celso Balloti (São Paulo, SP)

Dolarização da economia

"Nos primeiros dias em que o real caiu em relação ao dólar, os argentinos que se encontravam passando férias no Brasil deram gostosas gargalhadas e muitos até aumentaram os dias de férias, pois o seu dinheiro, como em inúmeros outros países, tem valor de dólar, pois a economia argentina está dolarizada e está dando certo.
Agora, outro país da América Latina vislumbra a possibilidade de indexação de sua moeda ao dólar. Trata-se do Equador (Folha, 10/3).
Então, perguntamos: será que não está na hora de o Brasil seguir o exemplo e dolarizar também a sua economia?" Álvaro Ferreira de Paula (Uberlândia, MG)


Tudo pelo dólar

""FMI empresta US$ 8 bilhões para conter o dólar", estatais são vendidas para conter o dólar, países do Primeiro Mundo fazem de tudo para que o Brasil contenha o dólar, a indústria brasileira "exporta" 1,2 milhões de empregos para os países industrializados entre 1995 e 1998, com o dólar "contido".
Afinal, quem está governando este país? Nós ou "eles'?"
Osvaldo Matheus (São Paulo, SP)

Mar de corrupção

"Existe um só setor público honesto no país? Por que não criar uma Justiça específica e rápida para esses casos?
O Brasil se afunda em corrupção, mas foi espantosa a reação tapuia quando os EUA nos qualificaram de país corrupto, ano passado.
Se todo o dinheiro afanado fosse devolvido, a CPMF nem precisaria existir -aliás, outro confisco, apenas mudou de nome."
Ligia Valdrighi (São Paulo, SP)

Celso Pitta

"O colunista Josias de Souza, na edição de 8/3, foi muito infeliz. Ele tenta, de uma forma irônica, acusar o prefeito Celso Pitta por tudo o que acontece na cidade de São Paulo.
Pode até ser que todos esses acusados e até o prefeito sejam realmente culpados, o que realmente me decepcionará, pois o prefeito Celso Pitta parece-me ser um homem de bom caráter e tem honestidade estampada em seus olhos.
Porém não custa esperar a Justiça e evitar fazer uma tribuna de destruição da imagem de um homem público. E vamos separar as coisas: Câmara é uma coisa e prefeitura é outra."
Frederico Augusto de Oliveira Dias (Mogi das Cruzes, SP)

"Gostaria de que investigassem qual é a agenda do prefeito Celso Pitta, pois ocorrem enchentes, máfia dos fiscais, máfia do lixo e ele está alheio a tudo isso.
Somente quando um jornal sério como a Folha se faz presente é que o nosso prefeito acorda para os fatos e, sobressaltado, vai tomando decisões inócuas e ineficientes.
Acorda, sr. Celso Pitta. O senhor foi eleito como prefeito da maior cidade do Brasil. Honre os votos que recebeu, pelo menos descobrindo o próximo problema da cidade antes da Folha."
Ricardo Ramilli (São Paulo, SP)

Privilégio

"Qual é a justificativa para a Folha dar um espaço frequente a alguém que tem claras vantagens em opinar de acordo com os seus interesses, como o sr. Benjamin Steinbruch?
O espaço deveria ser concedido a quem verdadeiramente tem opinião, que, por definição, significa pensamento isento e imparcial."
José Maria Alves da Silva (Viçosa, MG)

Números

"Assisto programas jornalísticos da TV e vejo a importância que se dá à economia mundial e seus reflexos sobre o consumo.
Como estarão reagindo os cidadãos nas suas casas diante de um quadro em que somos apenas números?
É urgente trabalhar com sociologia na comunicação para humanizar a fria teoria econômica, que sequestrou o ser humano transformando-o em índices para engordar estatísticas de desemprego, criminalidade, fome e outras descobertas globais."
Alexandre Silva S. Lôbo (Rio de Janeiro, RJ)

Alberto Helena Jr.

"Apesar de tudo ter ocorrido na minha infância, lembro vivamente de dois grandes momentos de Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos e atleta do século: o milésimo gol contra o Vasco e a sua despedida da seleção com o Maracanã lotado gritando "fica, Pelé".
Agora, meu coração se entristeceu ao saber que não vou mais encontrar as crônicas do poeta, a opinião lúcida do crítico, os detalhes do historiador e as lições da experiência.
A Folha fica mais pobre. Fica, Helena!"
Tadeu Carlos da Silva (São Paulo, SP)

Insignificância

"Tenho notado a insignificância da Bolsa carioca. Em 1º/3, ela movimentou menos de 9% do que foi movimentado na Bolsa paulista.
O jornal continua publicando essa irrelevância econômica. É a não-notícia, ou algo que informam devido ser costume.
Há uma preguiça mental nisso ou falta de coragem jornalística de ofender os leitores do Rio."
Paulo Saturnino (Rio de Janeiro, RJ)

Esperanto

"Nelson Ascher, no artigo "A necessidade do bilinguismo" (7/3), propõe o uso do idioma inglês para a comunicação internacional.
Considero antidemocrática essa política linguística que privilegia apenas uma parcela da população do mundo (dos países anglófonos) e exige que o resto dos povos invista muito tempo e dinheiro para atingir um domínio nem sempre satisfatório de um outro idioma étnico.
Muito mais democrático é um bilinguismo no qual todos os povos usam um segundo idioma sem nacionalidade, evitando-se dessa maneira privilégios e discriminações.
O esperanto é um idioma planejado e já é usado justamente para essa finalidade."
João Manoel Aguilera Junior (Campinas, SP)


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