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São Paulo, terça-feira, 11 de março de 2003

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COMÉRCIO E INVESTIMENTO

A balança comercial brasileira acumulou um superávit de US$ 2,5 bilhões até a primeira semana de março. O resultado foi 147% superior ao obtido no mesmo período de 2002. A acentuada desvalorização cambial e a contenção da demanda interna têm favorecido as exportações e restringido as importações.
Todavia alguns setores -siderurgia, papel e celulose, química e petroquímica etc.- estão enfrentando limitações da capacidade instalada para compatibilizar o crescimento das exportações com o atendimento da demanda doméstica, com efeitos adversos sobre a taxa de inflação.
A ausência de perspectivas de rentabilidade para as empresas e as precárias condições de financiamento (elevada taxa de juro interna e instabilidade da taxa de câmbio) condicionaram os baixos níveis de investimento da economia brasileira entre 1995 e 2002.
No início do novo governo, as condições de financiamento ainda não foram modificadas. Pelo contrário, a taxa de juros básica foi elevada para 26,5% em fevereiro, uma das mais altas do mundo. O "spread" bancário -a diferença entre a taxa de captação e a de concessão dos empréstimos- atingiu níveis astronômicos. O custo médio do capital de giro para as corporações alcançou 42,5% em janeiro, de acordo com o Banco Central. O fluxo de capitais externos permaneceu sujeito a elevada aversão ao risco dos investidores.
Assim, para viabilizar um aumento sustentável ao longo do tempo das exportações, essencial para consolidar o ajuste das contas externas e, simultaneamente, viabilizar o crescimento econômico doméstico impõe-se a alteração dos mecanismos de financiamento do investimento. Nesse sentido, merece destaque o programa emergencial apresentado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). O programa procura articular uma política de estímulo ao investimento nas cadeias produtivas que hoje já estão operando perto da plena capacidade, com mecanismos de apoio fiscais e creditícios.


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