São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Timor Leste
"Li, com interesse, a entrevista concedida à Folha pela professora Kelly Silva, da Universidade de Brasília, a propósito do processo eleitoral em Timor Leste ("Portugal e Austrália "disputam" Timor" (Mundo, pág. A9, 10/4).
Sem querer retirar legitimidade à livre interpretação desenvolvida no texto sobre o posicionamento e motivações das diferentes forças em confronto, não posso deixar de discordar da alusão que nela é feita ao papel de Portugal nesse contexto -que o título escolhido sublinhou.
O meu país tem demonstrado, ao longo de décadas, um empenho inquestionável, unanimemente reconhecido, em favor do reforço das instituições democráticas timorenses. Isso pressupõe o natural respeito a quaisquer resultados que decorram do seu funcionamento.
Procurar ligar a posição oficial portuguesa a qualquer facção política em Timor Leste configura um processo de intenções que rejeitamos por não ter apoio em nenhum fato concreto."
FRANCISCO SEIXAS DA COSTA, embaixador de Portugal (Brasília, DF)

Congresso
"Nossos parlamentares surpreendem novamente.
A decisão de não trabalhar às segundas, em plena corrida pelo aumento salarial dos nobres deputados, acaba institucionalizando uma prática antiga: a de iniciar a semana na terça e terminá-la na quinta.
Quais serão os próximos passos?
Talvez eliminar oficialmente as sextas-feiras, depois oficializar também o abuso de recessos, emendar os feriados... Enfim, as prioridades são seus próprios interesses. Esse é o exemplo que vem dos nossos políticos."
SERGIO FAJARDO (Guarapuava, PR)

Cultura em SP
"Em sua coluna de 9/4, o jornalista João Batista Natali ("José Serra e a música", Opinião, pág. A2) menciona boatos sobre a mudança do perfil da programação do Theatro São Pedro por iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura.
Gostaria de informar que, por parte da SEC, não só apoiamos a excelente programação desse teatro e sua destinação à música lírica como propusemos ao diretor artístico que aumentasse o número de dias de espetáculos no ano.
Em relação à programação previamente planejada, informo que duas das óperas foram canceladas, uma por iniciativa do proponente e uma por nossa proposta, com o objetivo de oferecer mais atrações.
Ou seja, em vez dessas duas óperas de orçamento elevado, teremos pelo menos outras quatro de orçamento menor. Assim, mais pessoas poderão ir ao teatro, que oferecerá mais diversidade e mais dias de programação.
Reforço que não há nenhum fundamento nesses boato."
ANDRÉ STURM, coordenador da Unidade de Fomento e Difusão da Produção Cultural da Secretaria de Estado da Cultura (São Paulo, SP)

Bordel inglês
"A coluna de ontem de Carlos Heitor Cony ("Brasília" é um sucesso", Opinião) seria cômica se não fosse trágica. Não sei se devo rir ou chorar.
Como brasileiro, patriota e amante desta terra, eu deveria chorar. E penso que o colunista e todos os demais brasileiros sérios deste país também deveriam estar em prantos.
Infelizmente, este é o retrato do nosso país: um país enlameado.
Se tivéssemos um pouco de dignidade, pediríamos ao embaixador do Brasil na Inglaterra que exigisse do governo britânico um pedido de desculpas por permitir que tenha sido dado a um bordel o nome de Brasília. Que retifiquem o nome, chamem-no de Brasil!"
PIER GIORGIO SENESI FILHO (Belo Horizonte, MG)

"Sou obrigado a discordar do conceituado e respeitado cronista Carlos Heitor Cony. É uma grande ofensa às mulheres que trabalham naquele bordel chamá-lo de "Brasília", porque todos sabemos que em nossa capital ninguém trabalha -nem para vender o próprio corpo.
Para se sustentar, nos roubam de terça a quinta-feira."
JAIME BERTOLACCINI COSTA (São Paulo, SP)

CPIs
"Eu não consigo entender nossos políticos (na verdade, consigo sim). Em Brasília, os deputados tucanos querem de toda maneira criar a CPI do Apagão Aéreo, mas, em São Paulo, tentam de todas as formar barrar a CPI da Nossa Caixa. Dois pesos e duas medidas.
Incoerência, além da corrupção, é a marca de grande parte de nossos políticos."
MARCELO HOLTZ (Avaré, SP)

Aborto
"O deputado Luiz Bassuma, no artigo "Por um Brasil sem aborto" ("Tendências/Debates", 10/4), diz que a sociedade brasileira é contra a legalização do aborto. Eu não sou contra nem a favor do aborto e não dei a ninguém a liberdade de dizer algo em meu nome. Assustou-me também o ilustre deputado mencionar os "danos espirituais" do aborto, o que lembra os neoconservadores americanos, portadores da salvação e da verdade divina.
Sou a favor de que o Estado interfira menos na vida das pessoas, deixando de selar seus destinos. Que as pessoas decidam o impacto de suas próprias decisões."
FREDERICO PAIVA (Uberaba, MG)

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