São Paulo, terça-feira, 11 de maio de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Violência
"Em vez de o governo paulista gastar tanto dinheiro em publicidade, inclusive afirmando que a segurança no Estado de São Paulo melhorou, deveria usar um pouco desse dinheiro para oferecer cursos para os policiais para que uma mãe não tenha mais que ver seu filho ser espancado e morto ao chegar do trabalho ("PMs são presos acusados de matar mais um motoboy", Cotidiano, ontem)."
FÁBIA REGINA DE BRITTO WANDERLEY (São Paulo, SP)

Eleições
"Fernando de Barros e Silva foi injusto ao investir contra minha honra com expressões violentas e preconceituosas ("Pedra no caminho", Opinião, 5/5). De forma pejorativa, me chama de "fiel servidor da Rede Globo". Em 22 anos como jornalista da empresa, fui um funcionário leal.
Mas, como ministro das Comunicações, minha atuação foi pautada pela lealdade ao país e às determinações do presidente Lula. Sempre dentro dos limites legais, dei um tratamento igualitário a todos os veículos de comunicação.
O colunista também coloca em dúvida a minha ética. Em 24 anos de vida pública, minha conduta e honra nunca foram contestadas.
Dizer que sou atrasado é outra injustiça. No governo Lula, liderei o processo de implantação da TV digital e implantei o maior programa de inclusão digital da América Latina, levando acesso à internet a milhares de escolas e comunidades carentes, entre outros projetos modernizantes.
Quanto à dúvida em relação ao apoio da militância petista à minha candidatura ao governo de Minas Gerais, quero informar ao colunista que o PT e o meu partido, o PMDB, seguem unidos tanto no campo federal (situação) como no local (oposição ao governo do PSDB).
Assim, petistas e peemedebistas estarão juntos, sim, nesta eleição para manter os ideais do presidente Lula e propor um novo modelo de governança para Minas."
HÉLIO COSTA, senador pelo PMDB-MG (Brasília, DF)

 

"Li, com surpresa, a interpretação equivocada da colunista Eliane Cantanhêde a respeito de minha conduta em relação aos e-mails encaminhados do gabinete da segunda vice-presidência atacando a pré-candidada do PT à Presidência ("Jogo sujo e infantil", Opinião, 9/5). Antes de mais nada, quero deixar claro que nunca compactuei com esses métodos e, logo que tomei conhecimento do fato, determinei a imediata demissão do servidor responsável pelo envio das mensagens. Ou seja, apliquei a pena mais dura que os servidores podem tomar em sua carreira.
Ressalto que não posso e não tenho condições de monitorar as mensagens encaminhadas e recebidas por todos os servidores que trabalham na segunda vice-presidência ou em meus gabinetes (em Brasília e em Salvador). Vivemos em um regime democrático, e nunca fui favorável à censura prévia.
Jamais -e a colunista pode perguntar a qualquer servidor que trabalha comigo, direta ou indiretamente- pedi para que agissem com falta de ética e respeito ou utilizassem instrumentos públicos com fins eleitoreiros.
Portanto, ao classificar de "infantilidade" um fato que condeno e sobre o qual tomei decisão severa, Eliane Cantanhêde comete, sem dúvida, uma injustiça do tamanho de minha admiração por ela."
ACM NETO , deputado federal -DEM-BA (Brasília, DF)

Produção científica
"Baseado em dois casos particulares, o texto de Renato Mezan ("O fetiche da quantidade", Mais!, 9/5) certamente será útil para engrossar a já conhecida cantilena choramingueira daqueles que pouco ou nada produzem de relevante e para quem o estabelecimento de metas de produtividade científica enfraquece o potencial das pesquisas.
É um equívoco imaginar que a ciência avança somente com as grandes descobertas, mesmo porque os cientistas geniais sempre se utilizaram do conhecimento anterior produzido por pessoas não tão geniais. Portanto, cobrar a divulgação dos resultados de pesquisas científicas é apenas uma necessidade para o próprio desenvolvimento da ciência. Da pesquisa se esperam resultados. Se não os houver, ou não houve pesquisa ou os resultados são pífios."
OSCAR HIPÓLITO, ex-diretor do Instituto de Física e química de São Carlos-USP (São Carlos, SP)

 

"Ao ler o artigo de Renato Mezan de domingo, "lavei a alma".
Sou professora universitária há muitos anos e, nos últimos tempos, tenho sido confrontada com a necessidade de publicar mais e mais, sem ver chances de explorar novos campos do saber dentro da minha área de atuação. Isso decorre da política de produção científica imposta pelo governo, única e exclusivamente voltada para a quantidade.
Nos períodos em que pesquiso no exterior, constato que meus colegas europeus dispõem do tempo que for necessário para a pesquisa e o consequente amadurecimento de suas ideias, para só depois pensarem na publicação de seu trabalho.
Que o comentário de Renato Mezan faça com que o nosso país comece a ser repensado e garanta aos pesquisadores a possibilidade de competirem em igualdade de condições nesse mundo globalizado. "
DÉBORA GOZZO KNUDSEN, doutora pela Universidade de Bremen-Alemanha (São Paulo, SP)

Imprensa
"A Folha e "O Estado de S. Paulo" ainda mantêm uma linha editorial retrógrada e ultrapassada, como se a população de São Paulo fosse hoje como era há 60 anos, composta por pessoas mais cultas.
Hoje, infelizmente, 80% da população é semianalfabeta -e não gosta de ler. Mas ambos os jornais continuam usando colunistas para omitir opiniões tendenciosas, que não esclarecem nada. E o povão não está nem aí para ler reportagens ou análises.
Que os diretores das redações leiam e releiam o que escreveu a senhora Suzana Singer, ombudsman da Folha, sobre o que foi exposto acima. Parabéns a Suzana Singer pelo puxão de orelhas dado."
FRANCISCO DE ALMEIDA FERRAZ (São José dos Campos, SP)

Drogas
"Parabenizo esta Folha pelo espaço dado ao especialista James Gierach sobre a proibição das drogas ("Mirando facilitadores da guerra às drogas", 10/5). Talvez agora fique mais claro o quão inútil é a política existente hoje, que só fortalece o tráfico. Não é tarefa fácil contestar a opinião conceituada de quem já fez parte dessa guerra de ambos os lados.
O Volstead Act é um exemplo perfeito da fragilidade de tal política, pois mostra que, enquanto houver mercado consumidor, não há lei que tire um produto de circulação."
IAN PELLEGRINI MONTES (São Bernardo do Campo, SP)

Petróleo
"O terrível vazamento de petróleo no golfo do México torna obrigatório ao Brasil pensar, antes de mais nada, na segurança tecnológica que deve presidir a prospecção de óleo em nossos mares profundos. Um desastre que importe em derramar milhões de litros de petróleo cru traria efeitos deletérios e irreversíveis para o ecossistema brasileiro e de todo o continente.
Portanto, no bojo das candentes discussões que se travam em torno da exploração do pré-sal, não podem ficar esquecidas as salvaguardas de nossas águas marítimas, sob pena de este sofrido planeta se tornar ainda mais frágil."
AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)

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