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Violência
"Em vez de o governo paulista
gastar tanto dinheiro em publicidade, inclusive afirmando que a segurança no Estado de São Paulo melhorou, deveria usar um pouco desse dinheiro para oferecer cursos para os policiais para que uma mãe
não tenha mais que ver seu filho ser
espancado e morto ao chegar do
trabalho ("PMs são presos acusados
de matar mais um motoboy", Cotidiano, ontem)."
FÁBIA REGINA DE BRITTO WANDERLEY (São Paulo, SP)
Eleições
"Fernando de Barros e Silva foi
injusto ao investir contra minha
honra com expressões violentas e
preconceituosas ("Pedra no caminho", Opinião, 5/5). De forma pejorativa, me chama de "fiel servidor
da Rede Globo".
Em 22 anos como jornalista da
empresa, fui um funcionário leal.
Mas, como ministro das Comunicações, minha atuação foi pautada pela lealdade ao país e às determinações do presidente Lula. Sempre
dentro dos limites legais, dei um
tratamento igualitário a todos os
veículos de comunicação.
O colunista também coloca em
dúvida a minha ética. Em 24 anos
de vida pública, minha conduta e
honra nunca foram contestadas.
Dizer que sou atrasado é outra
injustiça. No governo Lula, liderei o
processo de implantação da TV digital e implantei o maior programa
de inclusão digital da América Latina, levando acesso à internet a
milhares de escolas e comunidades
carentes, entre outros projetos
modernizantes.
Quanto à dúvida em relação ao
apoio da militância petista à minha
candidatura ao governo de Minas
Gerais, quero informar ao colunista
que o PT e o meu partido, o PMDB,
seguem unidos tanto no campo federal (situação) como no local
(oposição ao governo do PSDB).
Assim, petistas e peemedebistas
estarão juntos, sim, nesta eleição
para manter os ideais do presidente
Lula e propor um novo modelo de
governança para Minas."
HÉLIO COSTA, senador pelo PMDB-MG (Brasília, DF)
"Li, com surpresa, a interpretação equivocada da colunista Eliane
Cantanhêde a respeito de minha
conduta em relação aos e-mails encaminhados do gabinete da segunda vice-presidência atacando a pré-candidada do PT à Presidência ("Jogo sujo e infantil", Opinião, 9/5).
Antes de mais nada, quero deixar
claro que nunca compactuei com
esses métodos e, logo que tomei conhecimento do fato, determinei a
imediata demissão do servidor responsável pelo envio das mensagens. Ou seja, apliquei a pena mais
dura que os servidores podem tomar em sua carreira.
Ressalto que não posso e não tenho condições de monitorar as
mensagens encaminhadas e recebidas por todos os servidores que trabalham na segunda vice-presidência ou em meus gabinetes (em Brasília e em Salvador). Vivemos em
um regime democrático, e nunca
fui favorável à censura prévia.
Jamais -e a colunista pode perguntar a qualquer servidor que trabalha comigo, direta ou indiretamente- pedi para que agissem com
falta de ética e respeito ou utilizassem instrumentos públicos com
fins eleitoreiros.
Portanto, ao classificar de "infantilidade" um fato que condeno e sobre o qual tomei decisão severa,
Eliane Cantanhêde comete, sem
dúvida, uma injustiça do tamanho
de minha admiração por ela."
ACM NETO , deputado federal -DEM-BA (Brasília, DF)
Produção científica
"Baseado em dois casos particulares, o texto de Renato Mezan ("O
fetiche da quantidade", Mais!, 9/5)
certamente será útil para engrossar
a já conhecida cantilena choramingueira daqueles que pouco ou nada
produzem de relevante e para
quem o estabelecimento de metas
de produtividade científica enfraquece o potencial das pesquisas.
É um equívoco imaginar que a
ciência avança somente com as
grandes descobertas, mesmo porque os cientistas geniais sempre se
utilizaram do conhecimento anterior produzido por pessoas não tão
geniais. Portanto, cobrar a divulgação dos resultados de pesquisas
científicas é apenas uma necessidade para o próprio desenvolvimento
da ciência. Da pesquisa se esperam
resultados. Se não os houver, ou
não houve pesquisa ou os resultados são pífios."
OSCAR HIPÓLITO, ex-diretor do Instituto de Física e química de São Carlos-USP (São Carlos, SP)
"Ao ler o artigo de Renato Mezan
de domingo, "lavei a alma".
Sou professora universitária há
muitos anos e, nos últimos tempos,
tenho sido confrontada com a necessidade de publicar mais e mais,
sem ver chances de explorar novos
campos do saber dentro da minha
área de atuação. Isso decorre da política de produção científica imposta pelo governo, única e exclusivamente voltada para a quantidade.
Nos períodos em que pesquiso no
exterior, constato que meus colegas
europeus dispõem do tempo que
for necessário para a pesquisa e o
consequente amadurecimento de
suas ideias, para só depois pensarem na publicação de seu trabalho.
Que o comentário de Renato Mezan faça com que o nosso país comece a ser repensado e garanta aos
pesquisadores a possibilidade de
competirem em igualdade de condições nesse mundo globalizado. "
DÉBORA GOZZO KNUDSEN, doutora pela Universidade de Bremen-Alemanha (São Paulo, SP)
Imprensa
"A Folha e "O Estado de S. Paulo"
ainda mantêm uma linha editorial
retrógrada e ultrapassada, como se
a população de São Paulo fosse hoje
como era há 60 anos, composta por
pessoas mais cultas.
Hoje, infelizmente, 80% da população é semianalfabeta -e não
gosta de ler. Mas ambos os jornais
continuam usando colunistas para
omitir opiniões tendenciosas, que
não esclarecem nada. E o povão não
está nem aí para ler reportagens ou
análises.
Que os diretores das redações
leiam e releiam o que escreveu a senhora Suzana Singer, ombudsman
da Folha, sobre o que foi exposto
acima. Parabéns a Suzana Singer
pelo puxão de orelhas dado."
FRANCISCO DE ALMEIDA FERRAZ (São José dos Campos, SP)
Drogas
"Parabenizo esta Folha pelo espaço dado ao especialista James
Gierach sobre a proibição das drogas ("Mirando facilitadores da guerra às drogas", 10/5). Talvez agora fique mais claro o quão inútil é a política existente hoje, que só fortalece
o tráfico. Não é tarefa fácil contestar a opinião conceituada de quem
já fez parte dessa guerra de ambos
os lados.
O Volstead Act é um exemplo
perfeito da fragilidade de tal política, pois mostra que, enquanto houver mercado consumidor, não há lei
que tire um produto de circulação."
IAN PELLEGRINI MONTES (São Bernardo do Campo, SP)
Petróleo
"O terrível vazamento de petróleo no golfo do México torna obrigatório ao Brasil pensar, antes de
mais nada, na segurança tecnológica que deve presidir a prospecção
de óleo em nossos mares profundos. Um desastre que importe em
derramar milhões de litros de petróleo cru traria efeitos deletérios e
irreversíveis para o ecossistema
brasileiro e de todo o continente.
Portanto, no bojo das candentes
discussões que se travam em torno
da exploração do pré-sal, não podem ficar esquecidas as salvaguardas de nossas águas marítimas, sob
pena de este sofrido planeta se tornar ainda mais frágil."
AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)
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